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Daniela

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14 de Junho de 2012, 21:00 , por Daniela - | No one following this article yet.

Primeira candidatura de Serra, em 1988, nasceu por acaso

23 de Setembro de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Campanha para prefeito de São Paulo, 1988: após um comício noturno que reuniu poucas pessoas, na zona oeste, José Serra deixa o palanque improvisado e passa indiferente por três repórteres de jornais que tentavam entrevistá-lo: "Cadê a TV? Cadê a TV?" Ao perceber que não havia nenhuma emissora de televisão no local, ele volta e decide atender os jornalistas.
Na época a campanha já não ia bem. Foi uma disputa "realmente difícil, pela falta de estrutura do partido", recorda a candidata a vice na chapa, a então deputada Guiomar Namo de Mello.
O PSDB havia sido fundado cinco meses antes da eleição: não estava organizado na cidade e tinha pouco tempo no horário eleitoral. Diante disso, nenhum de seus líderes queria se arriscar.
"Na verdade ninguém queria ser candidato. Era um partido recém-criado", diz Getúlio Hanashiro, ex-secretário de Transportes da cidade.
Serra nunca figurou entre os três primeiros colocados nas pesquisas. Terminou em quarto lugar, com 6,9% dos votos válidos, atrás de Luiza Erundina (PT), com 36,8%; Paulo Maluf (PDS), 30,1%, e João Leiva (PMDB), 17,5%.
O peemebista tinha o apoio do presidente José Sarney, do governador Orestes Quércia e do então prefeito, Jânio Quadros - todos desgastados. Como não havia segundo turno, Erundina venceu.
Mas Serra não foi vítima só da falta de estrutura partidária: diferentemente de hoje, ele era relativamente pouco conhecido, a despeito de sua passagem pela Secretaria de Planejamento no governo Franco Montoro (1983-1987). Em 1986, ainda no PMDB, ele tinha sido eleito deputado federal com 160.868 votos, mas 70% deles vieram do interior.
Um episódio recolhido pela cientista política Judith Muszynski ("Eleições e Malufismo na Voz dos Motoristas de Táxi", 1989) é revelador.
Ao entrevistar um taxista sobre as razões de seu apoio a Serra - já que tinha colocado no carro um adesivo com o slogan do candidato e o desenho de um tucano -, o motorista ficou muito surpreso.
"Se estou apoiando Serra? Eu? Por quê? Ah! O plástico! Isso eu pus aí por causa do tucano, que é bem bonitinho, e por causa do que está escrito aí, que é engraçado: 'Serra essa mamata' [slogan do tucano, que prometia acabar com a corrupção]. É por causa da mamata... Não tô ligando muito para essas coisas, não. Acho que vou votar no Maluf, que é o menos pior."
Apesar de tudo, Serra manteve sua candidatura até o fim, sempre insistindo que seria eleito e negando ter recebido apelos de Montoro para apoiar Erundina e assim evitar a vitória de Maluf: "É uma mentira descarada", dizia.
Candidato por acaso
Tucanos nem gostam de falar daquela campanha. O próprio Serra lhe dedica apenas duas linhas de sua biografia, "O Sonhador que Faz": "Para a Prefeitura de São Paulo, em 1988, o Montoro era candidato e ficou doente. Eu entrei candidato em agosto, quase setembro, não tive tempo de fazer a campanha".
Sua candidatura surgiu por acaso. Fundado em junho daquele ano por dissidentes do PMDB liderados pelo senador Mario Covas, o PSDB avaliou que precisava marcar posição na capital paulista, base eleitoral de seus fundadores.
Cotado para disputar a Presidência em 1989, Covas queria se preservar e rejeitou todos os convites nesse sentido. Já o senador Fernando Henrique Cardoso, derrotado em 1985, temia concorrer de novo em condições ainda mais difíceis: "Nem pensar".
Restavam assim os nomes do ex-governador Franco Montoro e do ex-ministro Dilson Funaro (que lançou o Plano Cruzado), que aceitava concorrer, mas sofria, desde 1982, de câncer linfático.
A cúpula do PSDB decidiu pressionar Montoro. Este resistia à indicação porque ainda alimentava a esperança de ser o candidato do PSDB ao Planalto - e sugeriu Serra.
Sondado, Serra criticou Funaro - não unia o partido - e disse que aceitava ser candidato. Enfrentava, porém, fortíssima resistência de Covas.
Após muitas discussões, Montoro aceitou concorrer em 23 de julho, com a condição de que Serra fosse o seu vice, pois queria deixar a prefeitura com alguém de confiança, caso deixasse o cargo.
Contrário à indicação de Serra, Covas ainda tentou emplacar vários nomes de seu grupo. Mas acabou cedendo.
"Achava que talvez, eventualmente, se pudesse ter uma chapa eleitoralmente mais forte. O ideal seria um homem que não fosse tão próximo ao ex-governador Franco Montoro", disse Covas na convenção, em 7 de agosto. Serra evitou polemizar: "Esse episódio já está superado".
A campanha de Montoro durou só uma semana: em 15 de agosto ele deixou de ir a um comício alegando ter contraído uma gripe. Dois dias depois, o PSDB revelou que o ex-governador, com 72 anos, estava com pneumonia.
Recomeçaram as discussões. A maioria do partido insistia agora em lançar Covas, que tentava convencer o PSDB a bancar Funaro. O ex-ministro, porém, estava cada vez mais debilitado - e morreria oito meses depois.
Montoro finalmente desistiu em 18 de agosto, levando ao desespero os candidatos a vereador do PSDB, que já tinham gastado Cz$ 60 milhões (cerca de R$ 1 milhão hoje).
Covas reiterou, no dia 24, que não iria concorrer. No mesmo dia, Serra surpreendeu o PSDB e anunciou que também desistia da disputa.
Sem candidato, os tucanos passaram então a buscar uma aliança com o PT, sugerindo a troca da "radical" Luiza Erundina pelo "moderado" Plínio de Arruda Sampaio.
Porém o PSDB logo constatou que o PT não abriria mão de Erundina só "para resolver um problema nosso", como disse o então deputado federal Geraldo Alckmin.
Com o fracasso das negociações, a direção fez novo apelo a Serra, que aceitou concorrer em 31 de agosto. A eleição de 1988 foi a primeira em que ele só concordou em ser candidato após várias recusas - o que se repetiria em 1996, quando demorou 173 dias para se decidir: "Serra não gosta de enfrentar disputas, ele gosta de ser aclamado", diz Getúlio Hanashiro.

Editoria de Arte/Folhapress
Mauricio Puls
No Falha



Charge online - Bessinha - # 1483

23 de Setembro de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda



Joaquim pune e sorri

23 de Setembro de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Por descuido de assessores de gabinete, vazaram para o site do Supremo Tribunal Federal cerca de 30 páginas onde estão alinhavadas as penas que o ministro Joaquim Barbosa planejou, nesta nova etapa, para os réus da Ação Penal 470, identificada pela imprensa como “mensalão”. A distração foi retirada do ar.
Foi exibido por tempo suficiente, no entanto, o rigor das punições projetadas pelo relator. Para o publicitário Marcos Valério, por exemplo, propõe 12 anos e 7 meses de reclusão pelo crime de lavagem de dinheiro, além de 340 dias-multa. A esse tempo vão se juntar as punições anteriores e as que ainda virão.
Barbosa. Talvez lhe conviesse ouvir o ex-colega Peluso ou ler o Marquês de Beccaria.
Foto: Gervásio Baptista / SCO / STF
A tendência de Joaquim Barbosa é a de punir com dureza. Segue, nestes momentos, o principio dura lex sed lex. (Anotou o latinista Paulo Rónai, que a expressão ficou popular no Brasil por um pitoresco anúncio comercial: “Dura lex sed lex, no cabelo só Gumex”.)
Respeitadas as decisões do magistrado, deve ser considerada, porém, a advertência de Beccaria sobre a relação entre os delitos cometidos e as penas aplicadas: “Toda severidade que ultrapasse os limites se torna supérflua e, por conseguinte, tirânica”.
Poucas semanas atrás, ao se aposentar, o se­vero ministro Cezar Peluso generalizou equivocadamente um sentimento pessoal: “Nada constrange mais o magistrado do que condenar o réu em uma ação penal”.
Joaquim Barbosa, no entanto, tem exibido sor­risos irônicos e meneios de cabeça ao desmanchar argumentos dos réus. Não mostra constrangimento. Esses gestos, esgares, dão um toque cruel ao poder soberano do julgador.
Os ilícitos chamados “mensalões”, do PT, do PSDB, do DEM, juntados à “CPI do Cachoeira”, envolvendo parlamentares, criminalizam a política como um todo e acirram o moralismo maniqueísta da sociedade. Nesse contexto ocorre o julgamento da Ação Penal 470 e, assim, o ministro relator ganha o papel de personagem principal do enredo, apoiado pela maioria do tribunal.
Barbosa, aplaudido pela mídia, é tratado como herói em restaurantes e outros ambientes fechados e privilegiados. Um heroísmo sem riscos. O ministro navega a favor do vento e em mar sem procelas.
Barbosa chegou ao STF, no governo Lula, beneficiado pelo princípio da cota racial e por indicação de Frei Betto, que tinha, então, trânsito fácil e grande influência junto ao presidente. É verdade, porém, que esse ex-procurador da República tem currículo robusto. Tem, também, uma história pessoal que mostra fôlego de maratonista em trajeto especial. Saltou obstáculos sociais e materiais.
De onde partiu, acertaria quem previsse que não iria longe. Ele frustrou as expectativas. Essa corrida de longa distância, porém, deixa marcas.
Na segunda quinzena de novembro, Joaquim Barbosa assumirá a presidência do STF. Não é fácil colar rótulos no perfil do magistrado que chega ao apogeu. A fé católica, por exemplo, não impede que declare com firmeza sua posição a favor da legalização do aborto. Na pequena biografia dele registrada na Wikipédia, pode-se ler: “No mais polêmico julgamento desde que tomou posse no tribunal, votou a favor da tese de que políticos condenados em primeira instância poderiam ter sua candidatura anulada”.
Foi voto vencido. Mas a manifesta aversão ao mundo político, que o favoreceu com uma cadeira no STF, é um caminho para compreender Joaquim Barbosa. Esse rancor faz dele vítima preferencial da política.
Mauricio Dias
No CartaCapital



Marco Maia - Vote Lúdio, Vote 13!

23 de Setembro de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda



As previsões certeiras do Ibope para Recife

23 de Setembro de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

O candidato a prefeito do Recife pelo PSB, Geraldo Julio, se distanciou ainda mais dos seus concorrentes na nova nova pesquisa realizada pelo Ibope e encomendada pela TV Globo e Folha de Pernambuco, divulgada nesta segunda-feira (24). O socialista, que na pesquisa anterior, realizada no último dia 3, contabilizava 33%, subiu para 39% das intenções de voto.
Em segundo, de acordo a pesquisa, está agora Daniel Coelho, do PSDB, que inverteu de posição com o candidato Humberto Costa, do PT.
Daniel, que tinha 15% no levantamento anterior, saltou para 24%, enquanto Humberto, que possuía 25%, despencou para 16%.
Mendonça Filho, do DEM, se mantém na quarta colocação na intenção de voto dos recifenses, porém caiu mais: de 8% para 4%.
A candidata Edna Costa, do PPL, teve 1%. Já Roberto Numeriano (PCB) e Jair Pedro (PSTU) não pontuaram.
Os votos brancos e nulos somaram 9%, enquanto o percentual de quem não sabe e não respondeu foi de 6%.
No NE10