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Daniela

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14 de Junho de 2012, 21:00 , por Daniela - | No one following this article yet.

“Enquanto estiver na margem de erro, eles não vão anunciar”

19 de Setembro de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Na segunda-feira 17, a jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna na Folha de S. Paulo, manchetou: “Eu não vou fugir do Brasil”, diz Dirceu.
Ontem, 18, reportagem de Cátia Seabra, também na Folha, afirmou: Abatido, Genoino, se prepara para enfrentar prisão.
Nesta quarta 19, matéria de Daniela Lima, de novo na Folha, assegurou: Haddad diz que é degradante ser ligado a Dirceu, Delúbio e Maluf.
Que a Folha de S. Paulo é visceralmente pró-PSDB e antipetista, até as águas de esgoto do rio Tietê sabem. Só que nos últimos dias forçou mais a mão.
Por que será?
A entrevista que fiz no final desta tarde com o vereador Antonio Donato (PT-SP), coordenador-geral da campanha de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo, ajuda a explicar.
Viomundo — Como o senhor interpreta as matérias que saíram na Folha nos últimos dias?
Antonio Donato — Na verdade, a grande mídia se alinha com a única bala que ela tem para tentar salvar o Serra nessa eleição: é dar uma super-dimensão à questão do chamado mensalão.  Mas eles perderam duas vezes a eleição falando de mensalão [Lula,em 2006, Dilma, em 2010] e vão perder a terceira.
Viomundo – Em relação à matéria que cita o Haddad, o que achou?
Antonio Donato — A Folha distorceu totalmente a informação. Primeiro que não é o Haddad que fala. É uma peça na Justiça que fala. E o que a peça na Justiça diz é que a maneira como a questão foi abordada é que é degradante.
Na verdade, degradante é ter um jornal que se presta a distorcer, mentir…
Viomundo – Seria desespero da grande mídia com a candidatura Serra?
Antonio Donato — A ligação Serra-mídia é antiga e umbilical. O desespero da campanha do Serra contamina a mídia. O Serra, por sua vez, é realimentado pelo desespero da mídia que tenta salvá-lo. Mas o Serra não estará no segundo turno.
A grande mídia está tentando mostrar uma realidade sobre o PT e a candidatura Haddad que a população não enxerga dessa maneira.
Eles [a grande mídia] tentam manter um núcleo duro de antipetismo, que é forte na cidade de SP. Nós sabemos disso. Mas esse núcleo duro está se desagregando graças ao governo Kassab, ao Serra, ao cansaço, ao enjôo — ou seja lá o nome que se dê – a um político que a cidade quer virar a página.
São Paulo decidiu virar a página em relação ao Serra e isso os deixa [grande mídia] muito atordoados.
Viomundo – E as pesquisas?
Antonio Donato – No trackking de hoje, 19 de setembro, nós estamos 2 pontos na frente do Serra. Mais precisamente nós estamos com 18 e o Serra com 16.
Viomundo – E o Russomanno?
Antonio Donato – 35.
Viomundo – Será que os grandes institutos vão acusar a passagem do Haddad sobre o Serra já na próxima pesquisa?
Antonio Donato – Se acusarem a ultrapassagem, a campanha do Serra termina. Você pode ter um voto útil contra o PT que pode ir para o Russomanno. E, aí, desfazer ainda mais a campanha do Serra nesse núcleo duro aqui em São Paulo.
Acredito que vão empurrar ao máximo com a barriga a divulgação dessa ultrapassagem, a menos que a gente consiga abrir uma vantagem muito grande. Enquanto estiver na margem de erro, eles não vão noticiar. Nós não podemos ter essa ilusão. O DataFolha, como o próprio nome diz, é da Folha. É o patrão.
Viomundo – Isso não desanima a militância petista?
Antonio Donato — Eles [os grandes institutos] sabem que a pesquisa tem impacto na militância, também por isso “seguram” os resultados. Mas a nossa militância está muito animada.
Quem está indo para rua fazer campanha, está se animando. É a realidade que nos anima. Independentemente da pesquisa, a gente está muito confiante.
Os números da pesquisa são o velho chavão: o retrato do momento. Mas há outros indicadores mais profundos  que nos dão garantia de que a gente vai crescer na reta final.
Viomundo – Que indicadores?
Antonio Donato – Por exemplo, tem todo um eleitorado de periferia que ainda está muito mal informado sobre eleição.
E na periferia, o Serra tem hoje 10% , 12%.  Uma parte grande desses votos que vai se definir nas próximas semanas, vai se definir por nós. Ou até pelo Russomanno, mas não pelo Serra.
O Serra sumiu hoje na cidade.
Você tem duas eleições na cidade de São Paulo hoje. Uma envolve a gente e o Serra. Mas a eleição real, no povo, na periferia que corresponde a 63% do eleitorado, é entre nós e o Russomanno. É outra eleição. É isso que nos mostram as pesquisas.
Viomundo — O Serra estaria emparedado?
Antonio Donato — O Serra está emparedado. A menos que aconteça uma catástrofe, que o voto conservador que  hoje está com o Russomanno passe para ele…
O Russomanno é um fenômeno que tem três vertentes.  Tem o voto dele próprio.  Ele já foi candidato a governador, foi deputado, tem a história profissional. Então, o Russomanno tem 10% que são dele mesmo. Tem outros 10%, 12%, que votavam no Serra e não querem mais saber do Serra. E tem uns 8% a 10%, que são voto de gente que se diz petista.
Viomundo – Petista que diz que vai votar no Russomanno?!
Antonio Donato – Uma parte, influenciada pelas pesquisas, acha que para derrotar o Serra é melhor votar no Russomanno.
Viomundo – Mas é petista mesmo?!
Antonio Donato — É. Conversando com o povo de bairro, você vê isso. Na hora da pesquisa, 27% do eleitorado paulista se declara petista, quando perguntado qual o partido da sua preferência.
Pedindo voto na rua, eu já encontrei isso. A pessoa diz vai votar no Russomanno porque ele vai ganhar do Serra.  Aí, geralmente, converso:
– Como você sabe que o Russomanno vai ganhar do Serra?
– Quer apostar? – ela me devolve.
– Mas pra eleição ainda tem tempo. E, no primeiro turno, a gente tem que votar no melhor, você não acha?
– O melhor é o candidato do PT.
– Então por que você não vota nele?
– Porque eu odeio o Serra, o do PT ainda está fraco nas pesquisas e eu vou votar no Russomanno para derrotar o Serra.
A pessoa é petista. Não é o petista de carteirinha, que já assistiu uma reunião. É um petismo difuso, que é muito forte, que gira em torno dos 30%.
Então tem um setor que quer derrotar o Serra e por isso, agora, está dizendo que vai votar no Russomanno. Mas na hora em que a gente passar o Serra, o debate não será mais sobre quem vai derrotar o Serra, mas sobre qual o melhor projeto para a cidade, qual é o nome em quem eu confio. Aí, será outra discussão.
Viomundo – Em que momento acha que isso vai acontecer?
Antonio Donato – Na reta final, faltando uns 10 dias para a eleição. A eleição está morna. O eleitor não está se ligando nela ainda.
PS do Viomundo: Em pesquisa Datafolha anunciada horas depois desta entrevista, Russomano tem 35%, Serra 21% (+1), Haddad 15% (-2).
Conceição Lemos



Datafalha falha. Golpe paraguaio

19 de Setembro de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Quando o Cerra mais precisa, lá está o Datafalha, firme e forte
A Folha expõe uma das etapas do Golpe Paraguaio do Brasil:

Russomanno segue à frente e Serra se descola de Haddad

Segundo o Datafalha, Cerra disparou: foi de 20% para 21%.
Haddad desabou: de 17% para 15%.
(Russomano continua na ponta, tranquilo: foi de 32 para 35%.)
A rejeição a Cerra desabou dramaticamente: caiu de 45% para 44%.
(Vai ser interessante o Cerra ganhar uma eleição com 44% de rejeição.
Ou, daqui até o fim do processo eleitoral, os paulistanos descobririam que ele é uma cruza de Papai Noel com Madre Tereza de Calcutá?
Que ele é do bem – como passou a dizer na tevê ?)
Até a última pesquisa, a margem de erro do Datafalha era de 3 pontos.
Ou seja, Haddad estaria na frente, como demonstrou ontem o Nassif: um ponto de vantagem sobre Cerra.
Um tréquin do próprio PT mostrava que o Haddad estava, ONTEM, dois pontos na frente.
Nos últimos dias, Haddad tem estado, consistentemente na frente de Cerra, um ou dois pontos.
O Datafalha registra nessa embromação de quinta-feira uma guinada sem precedentes na História Eleitoral do País.
A margem de erro apertou para dois pontos, e não dá a chance de Haddad estar, de fato, à frente de Cerra.
Cerra inverteu a queda fulminante e agora dispara celeremente: subiu um ponto (dentro de qualquer margem de erro).
O Zezinho Trinta caiu desabadamente de 30 para 20 – e agora se recupera de forma vigorosa: um ponto!
O Datafalha não falha.
Quando o Cerra mais precisa, lá está ela, firme e forte.
As pesquisas eleitorais no Brasil – dominadas pelo duopólio Golpista, o Datafalha e o Globope – fazem parte do Golpe paraguaio em curso.
Com provas tênues e “domínio do fato”, como o do FHC sobre a Privataria, o Supremo degola o Dirceu (e, breve, segundo o Ataulfo de Paiva Merval, o Lula).
E a opinião pública ou “publicada”, como diria o Paulo Moreira Leite – Datafalha e Globope – referendam.
Sem povo!
Viva o Brasil!
O Brasil da Casa Grande, diria o Mino Carta!
Quem manda não ter feito a Ley de Medios?
Paulo Henrique Amorim



À Sociedade Brasileira

19 de Setembro de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

 O PT, PSB, PMDB, PCdoB, PDT e PRB, representados pelos seus presidentes nacionais, repudiam de forma veemente a ação de dirigentes do PSDB, DEM e PPS que, em nota, tentaram comprometer a honra e a dignidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Valendo-se de fantasiosa matéria veiculada pela Revista Veja, pretendem transformar em verdade o amontoado de invencionices colecionado a partir de fontes sem identificação.
As forças conservadoras revelam-se dispostas a qualquer aventura. Não hesitam em recorrer a práticas golpistas, à calúnia e à difamação, à denúncia sem prova.
O gesto é fruto do desespero diante das derrotas seguidamente infligidas a eles pelo eleitorado brasileiro. Impotentes, tentam fazer política à margem do processo eleitoral, base e fundamento da democracia representativa, que não hesitam em golpear sempre que seus interesses são contrariados.
Assim foi em 1954, quando inventaram um "mar de lama" para afastar Getúlio Vargas. Assim foi em 1964, quando derrubaram Jango para levar o País a 21 anos de ditadura. O que querem agora é barrar e reverter o processo de mudanças iniciado por Lula, que colocou o Brasil na rota do desenvolvimento com distribuição de renda, incorporando à cidadania milhões de brasileiros marginalizados, e buscou inserção soberana na cena global, após anos de submissão a interesses externos.
Os partidos da oposição tentam apenas confundir a opinião pública. Quando pressionam a mais alta Corte do País, o STF, estão preocupados em fazer da ação penal 470 um julgamento político, para golpear a democracia e reverter as conquistas que marcaram a gestão do presidente Lula.
A mesquinharia será, mais uma vez, rejeitada pelo povo.
Rui Falcão, PT
Eduardo Campos, PSB
Valdir Raupp, PMDB
Renato Rabelo, PCdoB
Carlos Lupi, PDT
Marcos Pereira, PRB.
Brasília, 20 de setembro de 2012"



Desemprego foi de 5,3% em agosto

19 de Setembro de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

A taxa de desocupação de agosto de 2012 foi estimada em 5,3% para o conjunto das seis regiões metropolitanas. Na comparação com julho (5,4%), não ocorreu variação estatisticamente significativa. Frente a agosto de 2011, quando a taxa foi de 6,0%, verificou-se declínio de 0,7 ponto percentual. O contingente de desocupados foi estimado em 1,3 milhão de pessoas em agosto no agregado das seis regiões investigadas, apresentando estabilidade em relação ao mês anterior e queda de 10,6% frente a agosto de 2011 (menos 153 mil pessoas nessa condição, em 12 meses). A população ocupada atingiu 23 milhões para o conjunto das seis regiões, assinalando variação de 0,7% frente ao mês de julho. No confronto com agosto de 2011, foi verificado aumento de 1,5%, o que representou um adicional de 328 mil pessoas nesse contingente em 12 meses. O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado, em agosto desse ano, foi de 11,4 milhões no agregado das regiões pesquisadas. Este resultado não apresentou variação frente a julho, entretanto, verificou-se crescimento de 3,2% na comparação com agosto de 2011, o que representou um adicional de 356 mil postos de trabalho com carteira assinada no período de um ano. O rendimento médio real habitual dos trabalhadores, apurado em agosto de 2012 em R$ 1.758,10, para o conjunto das seis regiões, aumentou 1,9% em relação a julho. Na comparação com agosto de 2011 esta estimativa aumentou 2,3%. A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados, estimada em 40,7 bilhões em agosto de 2012, apresentou alta de 2,3% frente a julho. Em comparação com agosto de 2011 esta estimativa cresceu 3,6%.
O IBGE também divulga hoje os dados completos dos meses de junho e julho, incluindo as Regiões Metropolitanas do Rio de Janeiro (resultados de junho e julho) e de Salvador (resultados de julho). A Pesquisa Mensal de Emprego é realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página
www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/default.shtm.
Taxa de desocupação (%)
Desocupação fica estável em todas as regiões metropolitanas na comparação com julho
Regionalmente, na análise mensal, não foi verificada variação na taxa de desocupação em nenhuma das regiões pesquisadas. No confronto com agosto de 2011, a taxa recuou em Salvador (2,5 pontos percentuais) e Porto Alegre (1,7 ponto percentual). Nas demais regiões o quadro foi de estabilidade.
Em relação a julho último, a análise regional mostrou que o contingente de desocupados não variou em nenhuma das seis regiões pesquisadas. No confronto com agosto do ano passado, verificou-se variação significativa no número de desocupados apenas nas Regiões Metropolitanas de Porto Alegre (queda de 33,1%) e de Salvador (queda de 27,2%). Nas demais regiões o quadro foi de estabilidade.
Nível da ocupação fica em 54,0%
O nível da ocupação (proporção de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade ativa) foi estimado em agosto de 2012 em 54,0% para o total das seis regiões. De julho para agosto esse indicador não variou. No confronto com agosto do ano passado, foi registrado comportamento semelhante. Regionalmente, na comparação mensal, esse indicador aumentou nas regiões metropolitanas de Salvador (1,4 ponto percentual), Porto Alegre (0,9 ponto percentual) e Rio de Janeiro (0,6 ponto percentual). Frente a agosto de 2011, ocorreu alta apenas em Recife (1,5 ponto percentual).
De julho para agosto de 2012, a análise do contingente de ocupados por grupamentos de atividade econômica, mostrou que apenas o grupamento da indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água registrou variação significativa (2,7%, mais 100 mil pessoas). No confronto com agosto de 2011, ocorreu movimentação apenas no grupamento dos serviços prestados à empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (3,7%, mais 133 mil pessoas).
Na comparação mensal, rendimento médio aumenta em quatro regiões metropolitanas
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores, na análise regional, em relação a julho último, aumentou nas Regiões Metropolitanas de Recife (5,2%), São Paulo (3,3%), Salvador (1,5%) e Rio de Janeiro (1,0%). Apresentou queda em: Belo Horizonte (0,6%) e em Porto Alegre (0,4%). Na comparação com agosto do ano passado o rendimento registrou alta em Recife (8,7%), São Paulo (5,7%), Belo Horizonte (5,3%) e em Porto Alegre (1,5%). Nas Regiões Metropolitanas de Salvador e do Rio de Janeiro o rendimento apresentou queda de 4,3% e 3,7%, respectivamente.
Na classificação por grupamentos de atividade, o maior aumento no rendimento médio real habitualmente recebido em relação a agosto de 2011 foi de 7,3% em Serviços Domésticos.
Já na classificação por categorias de posição na ocupação, o maior aumento no rendimento médio real habitualmente recebido, em comparação com agosto de 2011, foi para os empregados com carteira no setor privado (4,4%).
No IBGE



Prefeito de Londrina é preso em Balneário Piçarras (SC)

19 de Setembro de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

José Joaquim Ribeiro
O prefeito de Londrina, José Joaquim Ribeiro (sem partido), foi preso na manhã desta quinta-feira (20), por policiais do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Santa Catarina, durante operação em parceria com o Gaeco do Paraná. Ribeiro estava em Balneário Piçarras.
Os catarinenses do Gaeco têm uma unidade em Itajaí, no litoral do estado. Os policiais faziam diligências em Balneário Camboriú, mas Ribeiro foi encontrado a 33 km de distância, num hotel em Balneário Piçarras, também no litoral de Santa Catarina.
A prisão do prefeito foi decretada pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) na tarde de quarta-feira (19). O prefeito confessou em depoimento ao Gaeco ter recebido R$ 150 mil de propina de empresários que venceram a licitação dos kits escolares em Londrina.
Na segunda-feira (17), o Ministério Público (MP) denunciou ele e outras 18 pessoas, incluindo o ex-prefeito Barbosa Neto (PDT). Para este último, o órgão também fez pedido de prisão preventiva, mas o TJ-PR não acatou.
Prisão foi decretada na quarta-feira
O desembargador José Maurício Pinto de Almeida, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, decretou na quarta-feira (19) a prisão preventiva do prefeito de Londrina, José Joaquim Ribeiro (sem partido), que está licenciado do cargo há uma semana para tratamento de saúde.
Na mesma decisão, Almeida negou os pedidos de prisão contra o ex-prefeito Barbosa Neto (PDT), os ex-secretários Marco Cito e Lindomar dos Santos e o empresário Marcos Ramos. Ribeiro e outras 18 pessoas foram denunciados por supostamente terem participado de um esquema que desviou R$ 3,8 milhões de uma licitação de kit escolares.
A prisão foi acatada porque o desembargador entendeu que “os autos bem demonstram que ele (Joaquim Ribeiro) está causando uma inegável intranquilidade social, uma vez que confessou, inclusivamente em entrevista à imprensa, ter participado de alguns dos crimes mencionados na denúncia”.
Almeida classificou essa situação como “inusitada” e lembrou que o prefeito permanece “no comando absoluto da administração pública, com acesso pleno a documentos que possam ser imprescindíveis às investigações ou mesmo ao processo-crime”. O magistrado também levou em conta o fato de o prefeito “não ser encontrado sequer para ser intimado a prestar esclarecimentos de sua conduta ilícita à Câmara Municipal”.
O desembargador também afirmou que, ao convidar o filho da ex-secretária de Educação Karin Sabec para um cargo na administração municipal, Ribeiro “se utiliza do cargo para atenuar sua situação” e para “agradar uma importante testemunha e denunciada”. Todos esses fatos justificam a concessão da prisão preventiva contra o prefeito José Joaquim Ribeiro, pois a permanência dele no cargo poderia prejudicar o andamento das investigações.
Entenda o caso
1 – Em 2010 e 2011 a Prefeitura de Londrina comprou kits com uniformes escolares pegando “carona” numa licitação feita pela Prefeitura de São Bernardo do Campo. Segundo a CEI da Educação, foram R$ 20 milhões nesses dois anos. Em 2012 a compra seria licitada, mas o Ministério Público entrou na Justiça e o Judiciário segurou a licitação.
2 – A Câmara investigou a compra dos equipamentos. Uma das conclusões da CEI da Educação é de que houve um prejuízo de pelo menos R$ 2 milhões em um dos anos. Isso porque a Prefeitura pagou pela logística, que seria a entrega dos kits prontos em todas as escolas. As empresas entregaram num local único e servidores separaram os produtos para formar os kits.
3 – A ex-secretária de Educação, Karin Sabec, apontada no relatório da CEI como responsável pelas irregularidades, procurou o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) entregando as denúncias de irregularidades e atribuindo a responsabilidade ao ex-prefeito Barbosa Neto (PDT).
4 – Quatro empresários são presos, em cumprimento a mandato da 3ª Vara Criminal. Três deles confirmam o pagamento de propina e apontam o prefeito José Joaquim Ribeiro (PSC) como interlocutor e receptor de propina.
5 – Ribeiro admite ter recebido R$ 150 mil, repassando R$ 50 mil para Barbosa Neto (PDT), R$ 50 mil para Lindomar dos Santos e diz que ficou com R$ 50 mil. Barbosa e Santos negam.