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Daniela

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14 de Junho de 2012, 21:00 , por Daniela - | No one following this article yet.

O Zé e o BIS

4 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Meu compadre Zé, sujeito arretado, trabalhador honesto e temente a Deus, ganha com seu trabalho duro cerca de R$ 1.200 por mês. Pagava R$ 200 de aluguel. Cuidadoso, não tinha qualquer dívida. Não constava nas estatísticas dos bancos e muito menos na de devedores duvidosos.
Foi tentado pelo Diabo. Comprou uma residência no programa Minha Casa, Minha Vida e hoje paga R$ 200 de prestação. De acordo com a mistificação estatística a que todos somos sujeitos, o Zé está agora altamente endividado! Num fechar de olhos, passou de virtuoso não devedor a um suspeito inadimplente potencial que deve 20% da sua renda! Pobre do Zé. Quem mandou ser ambicioso!
Isso não é uma parábola. Há milhares de Zés "exagerando" no crédito porque essa é a sua "riqueza"! Isso impressionou alguns economistas locais e acabou sendo ouvido em Basileia. Foi expresso no relatório anual do Bank of International Settlements, o famoso BIS.
O assunto causou comoção. Os economistas do BIS contam-se entre os mais bem apetrechados do mundo. E justamente. Sempre mantiveram distância da vertigem cientificista. De fato, em 2005/2006, seus trabalhos deixavam claro que a aparente calmaria que o Fed atribuía às virtudes da sua política monetária escondia perigos insuspeitados.
Eles e mais meia dúzia de bons profissionais alertaram para a crise que se construía num sistema financeiro cuidadosamente desregulado em nome de uma suposta "ciência". É preciso, portanto, ouvi-los quando falam.
O aumento do endividamento das famílias no Brasil é mencionado ligeiramente nas págs. 26 a 30 do relatório, sempre com muito cuidado. Não há qualquer observação com conotação negativa. Aliás, a comparação das taxas de crescimento da relação crédito/PIB é tratada corretamente: "O rápido crescimento do crédito não é necessariamente ruim. Os sistemas financeiros de alguns países emergentes ainda são relativamente subdesenvolvidos e muitas famílias e empresas estão fora deles. Assim, o rápido crescimento do crédito pode refletir tanto um desenvolvimento financeiro quanto um excesso" (pág. 28).
Como deveria ser óbvio, o aumento da relação crédito/PIB de 25% para 50% em poucos anos no Brasil não pode e não deve ser considerado um "excesso", porque ainda temos uma das menores bancarizações do mundo. E como aumentá-la senão fazendo o crédito crescer mais do que o PIB?
Houve, seguramente, algum excesso no setor de automóveis que foi agravado pela imbecilidade que atingiu o sistema de leasing. O que ninguém falou é que na pág. 30 do relatório (gráfico III.7) o BIS mostra a higidez do sistema bancário brasileiro.
Antonio Delfim Netto
No Falha



Justiça cumpre mandado de busca e apreensão na casa de Sarkozy

3 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Ex-presidente é investigado em casos de doações eleitorais irregulares para sua campanha de 2007
Policiais da brigada financeira da França cumpriram na manhã desta terça-feira (03/07) um mandado de busca e apreensão na residência do ex-presidente Nicolas Sarkozy e na sede do escritório de advocacia do qual é sócio. A ordem para a operação foi concedida pelo juiz da cidade de Bordeaux Jean-Michel Gentil, que, acompanhado de dez oficiais, busca evidências da participação da herdeira do grupo L’Oréal, Liliane Bettencourt, em um suposto esquema de financiamento ilícito da campanha que elegeu o político de direita em 2007.
Nicolas Sarkozy, cuja imunidade presidencial se encerrou no último dia 16 de junho, é investigado por duas supostas fraudes eleitorais. Em uma, Claire Thibout, antiga contadora da família Bettencourt, teria coordenado uma remessa de 150 mil euros a Eric Woerth, na época tesoureiro da campanha do ex-presidente. Na outra, diversos depoimentos recolhidos pela justiça indicam que o próprio Sarkozy, em meio a sua campanha de 2007, visitou a residência dos Bettencourt portando somas de dinheiro em espécie.
O juiz Jean-Michel Gentil já indiciou diversas pessoas diretamente ligadas a Liliane Bettencourt, inclusive os responsáveis pela gestão de sua fortuna. De acordo com Thierry Herzog, advogado da família Sarkozy, o ex-presidente encontra-se de férias no Canadá ao lado de sua esposa, a ex-primeira-dama Carla Bruni, e de seus filhos. O magistrado pretende convocar Sarkozy o quanto antes para um depoimento.
Em setembro de 2011, Thibout confirmou que a milionária fez doações não declaradas à campanha presidencial de 2007. À época, ela confirmou ao juiz declarações que já havia feito à imprensa. Seu advogado, Antoine Gillot, reforçou o vínculo entre Liliane e Sarkozy, reafirmando seu "envolvimento neste caso desde o início”.
Gillot acusou o presidente francês de se reunir duas vezes com Liliane Bettancourt no Palácio do Eliseu, sede do governo francês, desde que as investigações começaram. Sarkozy teria sido informado “quase em tempo real” sobre as decisões dos juízes.
O caso veio chegou ao público em um livro escrito por dois repórteres do jornal Le Monde, que, citando declarações de juízes sobre a investigação, relataram como o presidente da França teria recebido caixa-dois na campanha em que derrotou a socialista Segoléne Royal.



Ligação com Cachoeira corta cabeça na Globo

3 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

“Os filhos do Roberto Marinho – eles não tem nome próprio – demitiram em silêncio para não passar recibo.”
A corrupção impera na Globo
O Conversa Afiada reproduz comentário de amigo navegante:
Flagrado em interceptações telefônicas da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, o diretor da revista Época em Brasília, Eumano Silva, foi demitido do cargo nesta terça-feira, dia 3 de julho. No grampo da PF, divulgado pela revista CartaCapital, (aqui para ler) Silva, usando o codinome “Doni”, aparece negociando com o araponga Idalberto Martins, o Dadá, matéria contra uma empresa concorrente da Delta, empreiteira que está no centro dos negócios da quadrilha do bicheiro Carlinhos Cachoeira. O jornalista Diego Escosteguy, que estava em Nova York, irá assumir o cargo de diretor da sucursal de Época na capital federal.”
E PHA, olha em anexo, que interessante a tese defendida no mestrado, no mês passado, por Diego Escosteguy na Universidade da Columbia, em NY. Como é que vc acha que será a linha editorial da Época, daqui por diante?
Em tempo: os filhos do Roberto Marinho – eles não tem nome próprio – demitiram em silêncio para não passar recibo.
Como se sabe, eles mandaram o Michel Temer seguir uma linha na CPI: quando ouvir falar em Veja, leia imprensa; quando ouvir falar em imprensa, leia Globo.
Bendita CPI.
Desmoraliza os aloprados a serviço do "Cerra"; TV Record mela o mensalão; e até o PiG, o Valor, chega à conclusão do Mino: o mensalão não se prova.
Em tempo2: Do Facebook do novo chefe da Globo em Brasilia, esse da “corrupção impera”. É um “ousado”:
Diego Escosteguy
há 15 horas
Pequena novidade: assumi a direção da sucursal de Brasília da revista ÉPOCA. Vou ajudar o time a somar três pontos, ao lado dos intrépidos Andrei Meireles, Murilo Ramos, Leandro Loyola, Marcelo Rocha e Leonel Rocha. Contamos com a colaboração — e a cobrança — de vocês. Do nosso lado, não faltará trabalho, empenho, vibração. E, ouso dizer, bom jornalismo.
Paulo Henrique Amorim



O Instituto Lula e o fator África

3 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula cumprimentam Boni Yayi, presidente do Benin e da União Africana Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
O foco principal do Instituto Lula será a África, segundo informou na época do seu lançamento.
Nos 8 anos de governo, apoiado pela visão diplomática do chanceler Celso Amorim, Lula jogou pesado em favor da África. Primeiro, como estratégia de diversificação dos parceiros comerciais. Sem reduzir o comércio com Europa e Estados Unidos, aumentou a participação da África, Oriente Médio, América Latina e Ásia.
* * *
A diplomacia revestiu-se, também, de inúmeros lances simbólicos.
Na posse da Ilha de Goré, na Porta do Nunca Mais - monumento que saudava as vítimas do tráfico negreiro - em nome do Brasil Lula pediu desculpas pela escravidão. E anunciou o lançamento de uma Universidade em Redenção, Ceará, para acolher alunos de países de língua portuguesa.
Gradativamente, consolidou-se a imagem da potência amiga, em contrapartida ao estilo bastante duro da China.
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Ao lado dos lances simbólicos, as ações efetivas.
A Embrapa instalou um escritório em Maputo, Moçambique - assim como uma fábrica de anti-retrovirais, da Farmanguinhos. Houve uma revoada de países africanos a Brasilia, solicitando o mesmo tipo de apoio.
Foram abertas embaixadas brasileiras em quase todos os países da África. E de 2003 para cá o número de embaixadas africanas no Brasil saltou de 30 para 54 países.
* * *
Terminado o mandato, Lula sai do Palácio para São Bernardo, passa no Sírio-Libanes para visitar o vice José Alencar e, em seguida, em comício na sua casa, anuncia que irá se dedicar à África.
* * *
A aproximação foi cuidadosa. Para opinar sobre a América Latina, nunca foi necessário pedir licença. No caso da África, havia a necessidade de bater à porta, apresentar-se e pedir licença.
O primeiro ponto da estratégia foi estabelecer relações com organizações que articulam países africanos. Uma delas foi a União Africana.
No ano passado, Lula foi convidado para uma reunião da União Africana em Malabo, Guiné Equatorial, único país de fala espanhola.
Havia 54 países. Lula discursou como convidado especial, traduzido em quatro línguas: árabes, francês, inglês e espanhol.
No discurso, bateu no bordão de que a África deveria assumir como o continente é visto. Sempre são americanos e ingleses mostrando sua visão do continente, agora é a vez dos africanos, foi a tônica. A reação foi imediata. Em um dos países da União, um dos hits musicais foi uma música falando de Lula e Mandela.
* * *
Em janeiro passado, a União Africana iria aprovar o PIDA (o PAC da África), programa de infraestrutura e dedsenvolvimento.
Celso Marcondes, um dos membros do Instituto, foi ao encontro com a missão de convidar coordenadores a virem ao Brasil apresentar o projeto às empresas brasileiras. Resultou em um grande evento no BNDES.
Do encontro participaram a presidente da Petrobras, Graça Foster, da Vale, Murilo Ferreira e do Pactual, André Esteves, que montou um fundo para África.
* * *
O Instituto consolidava seu papel, de se transformar em facilitador entre interesses brasileiros e africanos.
Junto aos investidores, Lula passou a enfatizar a visão da importância do investimento se legitimar, agregando emprego, tecnologia, respeito às tradições africanas etc.
Luis Nassif
No Advivo



A peleja entre Alckmin e Serra de olho em 2014

3 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Geraldo e Serra A peleja entre Alckmin e Serra de olho em 2014
Imagem: Marcello Casal Jr/ABr
O parto da indicação do vice de José Serra foi apenas mais um lance na peleja disputada pelo ex-governador tucano com Geraldo Alckmin, o atual governador - os dois com um olho nas eleições de 2014 e o outro nas sequelas da última disputa municipal paulistana, em 2008.
Estava tudo mais ou menos previsto desde que Serra decidiu se lançar candidato a prefeito de São Paulo pela quarta vez, depois de negar mil vezes esta possibilidade.
Para entender as dificuldades mais uma vez encontradas na formação da chapa liderada pelos tucanos é preciso recuar um pouco no tempo.
Em 2008, quando era governador, Serra rifou a candidatura de Geraldo Alckmin a prefeito, e apoiou Gilberto Kassab, que era do DEM, seu parceiro preferido. Alckmin não  foi nem para o segundo turno e pegou bronca da dupla Serra & Kassab, o vencedor de 2008.
Agora, a situação se inverteu. O discreto Akckmin, que não esquece e não perdoa as traições, sem nunca dar muita bandeira sobre o que está sentindo, não tinha como impedir a candidatura de Serra em 2012, até por falta de outro nome viável no PSDB, mas queria pelo menos definir o nome do vice.
No começo do ano, antes do "sim" de Serra, enquanto se dedicava à formação do seu novo partido, o PSD, para o qual levou vários tucanos desgarrados - entre eles, Alexandre Schneider, agora confirmado como candidato a vice-prefeito -, Gilberto Kassab chegou a propor uma aliança ao PT de Lula.
Alckmin ficou assistindo de longe e em silêncio a esta dança de Serra e Kassab, esperando a hora de dar o troco. A ala tucana que o apóia resolveu então defender uma chapa tucana puro-sangue, descartando qualquer indicação feita pelo partido do atual prefeito.
Afinal, quem pode garantir que, desta vez, Serra, caso eleito, vá cumprir até o final o mandato de prefeito e não queira dar um salto mais alto já em 2014? Em princípio, Alckmin gostaria de ser candidato à reeleição como governador, com o apoio de Serra, mas não se pode descartar seu nome desde já da lista dos presidenciáveis tucanos.
A lista, por enquanto, tem apenas o nome do senador mineiro Aécio Neves, declarado candidato "natural" do PSDB por Fernando Henrique Cardoso, pelo presidente do partido, Sérgio Guerra, e por outros tucanos de bico grande. Aécio, no entanto, até agora não assumiu o papel, com uma atuação bastante discreta no Senado, sem arriscar vôos mais federais.
Pode parecer confuso este tabuleiro, mas o jogo é complicado mesmo. Prefeitura, governo estadual e Presidência da República: para Serra, Alckmin e Kassab, cada movimento pode influir no próximo, um está intimamente ligado ao outro.
Ao mesmo tempo em que apóia seu amigo Serra em São Paulo, Gilberto Kassab tenta viabilizar sua candidatura ao governo do Estado, em 2014. Para isso, anda fazendo alianças do PSD com o PT em importantes cidades paulistas.
Ao ser contemplado esta semana pelo Supremo Tribunal Federal com um bom tempo de TV e grana gorda do fundo partidário, o PSD do prefeito Gilberto Kassab ganhou força para impor o nome de Alexandre Schneider, ex-secretário municipal de educação, escalado no sábado como vice da chapa de José Serra.
Repete-se, assim, a dobradinha que Serra e Kassab formaram em 2004. Um ano e três meses depois, o prefeito Serra abandonaria o cargo para disputar o governo do Estado, deixando em seu lugar Gilberto Kassab, que se reelegeria com o apoio do então governador.
Os alckmistas, mais uma vez perdedores na queda de braço com a dupla, esperam não ver o mesmo filme de novo em 2014. O desfecho da história é imprevisível.
Ricardo Kotscho