Polícia Federal prende pai e irmão do Índio de Serra
22 de Outubro de 2012, 22:00 - sem comentários ainda
A Polícia Federal prendeu, na tarde desta segunda-feira, o banqueiro Luis Octavio Índio da Costa, presidente do banco Cruzeiro do Sul. O banco sofreu intervenção do Banco Central em junho deste ano, após a autoridade monetária ter identificado um rombo de 1,5 bilhão de reais na instituição. De acordo com a PF, Índio da Costa foi detido em um condomínio na cidade de Cotia, Grande São Paulo. Ele está na sede da instituição em São Paulo, no bairro da Lapa.
A prisão ocorreu em cumprimento a um mandado de prisão preventiva expedido pela 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo, em razão de um inquérito policial que tramita na Delegacia de Repressão aos Crimes Financeiros.
Em setembro, o executivo havia sido indiciado, juntamente com seu pai, Luís Felippe Índio da Costa. São apurados crimes contra o sistema financeiro, crimes contra o mercado de capitais e lavagem de dinheiro. Por solicitação da PF, a Justiça Federal decretou, à época, o sequestro de imóveis, veículos e investimentos dos investigados. Luís Felippe também teve a prisão decretada, mas em regime domiciliar.
Na última sexta-feira, o ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do Superior Tribunal de Justiça, negou a liberação dos bens de Índio da Costa, que estavam congelados. O banqueiro havia pedido a liberação de alguns títulos de investimento em renda fixa, alegando que o congelamento havia "extrapolado os limites legais", e que estava comprometendo gravemente "a sua subsistência e a de sua família". Índio da Costa também argumentou que o banco era sua única atividade de subsistência - e que, por isso, se encontrava, atualmente, desempregado.
O outro Índio da Costa foi candidato a vice presidente de José Serra na eleição presidencial de 2010 e, atualmente, é presidente do PSD - partido de Kaddab - no Rio de Janeiro
Os sem-lancha, os sem-lanche e os sem-noção
22 de Outubro de 2012, 22:00 - sem comentários ainda- De onde você é?
- De antanho – ela respondeu.
- E onde é isso?
- É um lugar que não existe mais.
Eu tinha uns 10 anos e ela já passava dos 70. Chamava-se Ana Perez e vendia amendoim na esquina da minha rua. Viúva e sem filhos, pobre e digna, atendia a todos nós, crianças, com delicadeza e bom humor. E era apaixonada por livros.

“Vendo amendoim para comprar livro”, ela dizia, “o alimento mais nutriente do espírito”. Lia para a gurizada contos e outras histórias curtas – algumas ela mesma inventava. Foi a primeira grande contadora de histórias que conheci na vida.
O tempo corria diferente naquela época. Mesmo com milhares de tarefas escolares, a gente passava horas ouvindo dona Ana e jogando futebol nos terrenos baldios do bairro. Ninguém tinha medo de bandido ou de bala perdida, de sequestros ou de policiais ensandecidos. Ninguém tinha medo de perder aquele campinho de futebol.
Lembrei-me disso ao esbarrar com a matéria “Os sem-lancha da cidade Classe A”, publicada no jornal O Globo de 14 de outubro. Surpreso, percebi que o texto era sobre Florianópolis, cidade onde nasci. O título não era um deboche, apenas um erro de informação.
Um grave erro de informação. De acordo com algumas pesquisas, entre elas a realizada pela Data Popular, divulgada no ano passado, Florianópolis é uma cidade classe C, com 48,5% da população ganhando de três a dez salários mínimos.
Segundo a matéria de O Globo, o grande drama social da capital catarinense é a falta de marinas, o que acarreta uma insatisfação entre a população que gostaria de ter iates, mas não os tem pela ausência de locais adequados para deixá-los.
Na reportagem, a proprietária de uma loja de luxo, de um bairro de luxo, reclama: “Tem muita coisa aqui que parece do interior (...), tem coisa que parece favelinha. Precisávamos ter tudo chique, branco e dourado, poderíamos ter uma Beverly Hills aqui”.
Tudo bem branquinho, sem negros, sem pobres, sem nada que nos lembre que vivemos no Brasil, ainda um dos países mais desiguais do mundo. Tudo branco e dourado, como uma capa de proteção para esconder a pobreza que se propaga e a desesperança que cresce.
Em 2005, estudo coordenado pela professora Maria Inês Sugai revelou que 14% da população de Florianópolis vivia em favelas. A pesquisa mapeou 171 áreas de informalidade e pobreza.
De lá para cá, com o aumento da população e sem uma política habitacional séria, este cenário piorou. Os índices de violência também pioraram – em 10 anos, o número de homicídios na “Ilha da Magia” cresceu 121%.
De tudo isso, uma coincidência me deixou intrigado: o nome da entrevistada, fã de Beverly Hills, do branco e do dourado, é Marraiana Perez, parecido com o nome da vendedora de amendoim, a grande contadora de histórias do Planeta de Antanho.
Já adulto, descobri que antanho e passado são sinônimos. Era o modo de dona Ana nos dizer que vinha de um tempo distante, no qual o valor da pessoa se media pelo caráter e não pelo bolso ou pela aparência. Nativa de Florianópolis, ela se sentia – já naquela época – desterrada de uma cidade que se perdeu.
Outra entrevistada da matéria, a empresária Andrea Druck, contente por viver na Ilha da ostentação, se diz orgulhosa da garotada brasileira, que tem como ídolo Eike Batista. “O problema não é ser rico”, afirmou Andrea, “o problema é ser pobre”.

Eu desconfio, aqui com os meus botões, que o problema não é ser rico ou pobre ou classe média. O problema mesmo, nosso calcanhar de Aquiles, é o preconceito, é a cegueira social, é a falta de cultura de quem teve tudo para se educar, mas não o fez. O problema é ver Florianópolis, tão bonita, nas mãos de uma elite brega, inculta e extremamente ignorante.
Nestas três mulheres – Ana, Andrea e Marraiana – a metáfora de uma cidade que, sem perceber, foi perdendo seus campinhos de futebol e seus contadores de histórias, foi perdendo a simplicidade para ficar mais esnobe e também mais tacanha. Ao mesmo tempo em que se multiplicam lojas chiques e restaurantes caros, prédios altos e carros importados, academias de ginástica e clínicas de cirurgia plástica, vai rareando o encanto e a delicadeza.
Caminho pelo Centro pensando nestas coisas, atento para não tropeçar nos moradores de rua, gente sem-teto e sem-lanche, deitados no chão pobre da cidade rica.
Ao longe, ouço uma música do Gilberto Gil, cantada pelos sambistas locais no vão do Mercado Público: Os lucros são muito grandes, grandes... ie, ie. E ninguém quer abrir mão, não. Mesmo uma pequena parte, já seria a solução. Mas a usura dessa gente, já virou um aleijão. Ôôô, ôô, gente estúpida. Ôôô, ôô, gente hipócrita.
Fernando Evangelista é jornalista, diretor da Doc Dois Filmes. Cobriu três guerras no Oriente Médio e conflitos na Europa e América do Sul. Mantém a coluna Revoltas Cotidianas, publicada toda terça-feira.
Manezinhos reacionários
22 de Outubro de 2012, 22:00 - sem comentários ainda
Sou da laia de Genoíno e Dirceu!!! Sou da quadrilha também!!!
22 de Outubro de 2012, 22:00 - sem comentários aindaSó estou digitando com um dedo apenas e isso me rói por não poder escrever aqui tudo o que me dói na alma!!!
Mas da mesma forma como RESISTO e INSISTO em VIVER sem poder dispor das forças físicas suficientes, meus valores socialistas e humanitários são tão fortes que nada me demoverá de continuar sonhando os nossos sonhos de um Brasil cada vez mais feliz, humano, igualitário, solidário e JUSTO!!!
Em qualquer tempo e lugar na história da humanidade, governos que privilegiaram os mais pobres em detrimento dos mais ricos sofreram guerras civis e sanguinárias. O Brasil é um país formado de um povo pacífico, aqui não corre sangue, mas aqui ocorre uma outra forma de ferimento que é a hipocrisia covarde de uma nossa elite podre e perenemente derrotada. Ficará na nossa história como pagina infeliz e vergonhosa esse julgamento de exceção praticado de forma tão vil e vexaminosa pelos tais 11 "árbitros" do STF mancomunados com meia dúzia de "barões" de uma mídia golpista e fuleira juntados ainda com os cacos de uma oposição medíocre, odiosa e vingativa que não perdem por esperar.
SIM !!! São árbitros e não Juízes os "togas pretas" que perambulavam até outro dia de gabinete em gabinete do Governo Lula implorando para serem nomeados neste agora manchado STF, posto que só os árbitros condenam baseados em suas próprias interpretações das leis. É daí que vem o termo arbitrariedade.
Juiz não!!! Juiz julga baseado em provas!!! Condena ou absolve de acordo com as provas constadas nos autos e NUNCA com as suas divagações, deduções ou adivinhações advindas de suas convicções ideológicas, religiosas ou políticas. O que os "togas pretas" fizeram agora foi tentarem limpar suas sujeiras anteriores ( aqueles "habeas porcus" concedidos a banqueiros, assassinos e estupradores ) posando-se de "neo guardiões da ética" para assim justificarem seus votos futuros sempre em defesa dos que tem mais dinheiro e ou mais poder de informação.
Os "togas pretas" são mesquinhos e ordinários!!!
Desferiram a sua vingança no PT pela simples razão de que tanto o Presidente do Povo Lula quanto a Presidenta Dilma não lhes aumentaram mais ainda como queriam os seus já vultuosos e assombrosos salários!!!
É ESSA A RAZÃO DELES!!!
É ESSE O VERDADEIRO "DOMÍNIO DOS FATOS"!!!
Os "togas pretas" são mesquinhos e ordinários!!!
Desferiram a sua vingança no PT pela simples razão de que tanto o Presidente do Povo Lula quanto a Presidenta Dilma não lhes aumentaram mais ainda como queriam os seus já vultuosos e assombrosos salários!!!
É ESSA A RAZÃO DELES!!!
É ESSE O VERDADEIRO "DOMÍNIO DOS FATOS"!!!
A Justiça só será plena entre nós quando desferir sua mão forte e pesada além dos "quatro Ps": Pobre, preto, puta e ... petista!!!
Enquanto isso que fazem persistir afirmo que AINDA NÃO HÁ JUSTIÇA NO BRASIL!!!
MAS A LUTA POR ELA CONTINUA!!! ... SEMPRE!!!
VIVEMOS UMA GUERRA EM NOSSO PAÍS E EU SOU COMO SEMPRE FUI E SEREI SOLDADO DESTA GUERRA!!!
Ainda que "amputado" dos membros, me arrastarei até morrer se preciso for para estar ao lado na luta dos meus companheiros e defendê-los SEMPRE!!!
Meus dois Josés!!! GENOÍNO E DIRCEU com muito orgulho e honra...
ESTAMOS JUNTOS!!!
Ênio Barroso
No PTrem das Treze
No PTrem das Treze