Перейти к контенту

Daniela

Full screen

Com texto livre

июня 14, 2012 21:00 , by Daniela - | No one following this article yet.

Soninha, o palavrão e a deriva da civilização

октября 20, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

Soninha Francine espetou um palavrão em seu blog, em caixa alta, ao final do debate desta semana entre Fernando Haddad e José Serra.
O exclamativo vai além do insulto pedestre e por isso - somente por isso - merece atenção.
O disparo dirigido ao petista, a quem se referiu como filho da puta, foi um grito de fracasso de quem sentiu a corda comprimir o costado, num duelo em que Serra tinha a obrigação de vencer.
Soninha é responsável por aquilo em que se transformou.Mas o que ela deixou de ser envolve questões mais sérias do que a irrelevância de um palavrão.
Soninha quer andar de bike; acha que a melhor ciclovia da praça é aquela desenhada com três pistas à direita formada pelo tridente Serra, Kassab & Roberto Freire.
Ela costura por aí. Defende que o trio, e tudo o que ele representa no país, é 'do bem'. Já Haddad mereceria, na sua visão, o adjetivo que sapecou no primeiro impulso, atenuado depois para 'sujo', com a variação 'imundo', algumas linhas mais adiante.
Para quem deixou o PT em 2007 alegando intolerância ao pragmatismo feito de alianças amplas, e se propunha a resgatar os ideais pelos quais ingressara no partido em 2003, é uma contradição nos seus próprios termos.
Soninhas, Gabeiras e equivalentes emergem no cenário político de forma recorrente. Chegam associados (nem sempre de verdade) ao precioso ideário geracional - jovem, idealista & libertário -, que encerra um esforço sincero de buscar harmonia entre valores, modo de vida e ação política.
É necessário, hoje mais que nunca, que essa lufada se renove para sacudir a calcificação institucional que enrijece estruturas partidárias e reduz plataformas de mudança a escoras de permanência sistêmica.
Existe um prazo de validade, porém, para transformar esse impulso em uma travessia consequente de longo curso, que dê densidade histórica ao embate contra estruturas que sonegam essa coerência à sociedade.
O prazo de validade de Soninha esgotou.
Aos 44 anos ela não é mais uma colegial. Andar de bike e falar 'pô, meu' lhe renderam menos de 3% dos votos nas eleições deste ano. Ter jogado a toalha ao final do debate da Band deu-lhe mais audiência. O problema é que ela se arremessou junto para uma posteridade sem passado relevante.
Seu maior patrimônio político, a grife 'oi pessoal, eu saí do PT', terá cada vez menos demanda no mercado de aluguel de trajes usados.
A juventude idealista que talvez não encontre expressão satisfatória nas estruturas partidárias niveladas pelo ciclo neoliberal merece vocalizadores melhores.
Sobretudo que preservem a disposição de ir além da polaridade enviesada que a trajetória de Soninha sugere ser a única possível.
Entre o pragmatismo insatisfatório no qual patinam algumas alas da esquerda e o conservadorismo beligerante da decadência tucana, existem caminhos à espera de um ator político que não restrinja sua busca a uma ciclovia orientada pelo tenebroso espólio da desordem neoliberal.
Carta Maior recomenda vivamente a seus jovens leitores - e aos demais também - a leitura do manifesto dos economistas da Unicamp, 'Em Defesa da Civilização', publicado em sua página neste fim de semana.
Repousa ali a prova consistente de que o leque de escolhas da juventude pode - deve - ser maior do que o labirinto abafado no qual Soninha Francine encerrou a sua.
Saul Leblon
No Blog das Frases



A quem interessa criminalizar a Política

октября 20, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

O número de votos brancos, nulos e de abstenções foi anormal no primeiro turno.
Em São Paulo, se aproximou de 30%.
A experiência dos Estados Unidos, onde o voto não é obrigatório e a abstenção em eleições presidenciais chega a 50%, mostra que quem menos vota é quem mais precisa da rede de proteção do Estado.
É quem desiste, quem não sabe como usar o Estado para se proteger.
E, a esses, a elite – lá e aqui – oferece o menosprezo e a insensibildade.
Virem-se!
A criminalização da Política, a desmoralização do jogo político – no Supremo e na Globo – e a satanização dos políticos não beneficiam quem precisa da rede de proteção do Estado.
A criminalização da Política enfraquece o Estado – porque enfraquece o governante.
Desarma o governante.
E quem substitui o governante e ocupa o Estado?
Os “intelectuais organicos” da classe dominante - diria um político encarcerado na Italia do século passado.
Quem são eles?
Os “especialistas” da Globo.
Os economistas dos bancos.
O membros do Judiciário.
Clique aqui para ler “por que os juízes que o Lula e a Dilma nomearam votam contra o Lula e a Dilma e os que o FHC nomeou votam contra a Dilma e o Lula?”
A criminalização sistemática da Política – antes, durante e depois do julgamento do mensalão (o do PT), no e fora do Supremo – só interessa à elite.
Quanto menos o poder for exercido por quem tem voto, melhor.
Voto é arma do fraco.
O forte prefere os especialistas da Globo, os economistas dos bancos e o Judiciário: quanto mais ” nas instâncias superiores”, melhor.
Por isso, a defesa do voto facultativo.
Por isso, o combate ao horário eleitoral na TV.
Por isso, a defesa do parlamentarismo, a única convicção que o Cerra jamais abandonou.
Por isso, o Moralismo udenista.
Porque tenta desmoralizar o Governo e a Política – com uma cajadada só.
Embora, como demonstrou o Maurício Dias, seja baixo “o teto da Ética tucana”.
Por isso, última ratio, a defesa do Golpe.
Ou seja, a supressão da vontade popular.
É o “mal necessário” da espantosa declaração do Ministro (Collor de) Mello.
Como, segundo o PiG, só o PT cresce, a elite tentará desmoralizar a política, cada vez mais.
E fazer política na Globo e na Justiça.
Até que alugue uma outra barriga, tal a inutilidade do PSDB.
Paulo Henrique Amorim
No Conversa Afiada



O mensalão tucano

октября 20, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

Angeli



Com Haddad, Lula humilha Serra em SP

октября 20, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

lula haddad OK Com Haddad, Lula humilha Serra em SP
Como Heródoto Barbeiro antecipou no Jornal da Record News, quinta-feira à noite (18) , num belo furo de reportagem da sua equipe, o novo Datafolha confirmou o Ibope: com Haddad abrindo uma vantagem de 17 pontos sobre Serra (49% a 32%) , a fatura está praticamente liquidada a dez dias da eleição na maior cidade do País.
"A pesquisa foi encomendada pela Folha em parceria com a TV Globo", informa o jornal em sua edição desta sexta-feira, mas muito estranhamente o resultado não foi divulgado pela rede de televisão.
A se confirmarem nas urnas as previsões dos dois institutos de pesquisa, o que só um inédito tsunami eleitoral poderia evitar, a virada do petista Fernando Haddad sobre o tucano José Serra será acima de tudo uma vitória pessoal do ex-presidente Lula, que lançou e bancou sozinho a candidatura do seu ex-ministro da Educação dentro do PT.
Em votos válidos, Haddad abriu 20 pontos de vantagem (60% a 40%), mas o que mais chamou a atenção neste Datafolha foi o índice de rejeição alcançado pelo ex-ministro, ex-prefeito, ex-governador e ex-candidato a presidente da República.
Pela primeira vez, Serra ultrapassou a barreira dos 50% de eleitores que não votariam nele de jeito nenhum: antes da eleição do primeiro turno, o tucano tinha 42% e agora chegou a 52% de rejeição.
Mesmo apelando para mensalão, kit gay e a desqualificação do adversário, José Serra corre o risco de sair da eleição devendo. Com 32% de intenções de voto e 52% de rejeição, ele tem um saldo negativo de 20% _ ou seja, Serra perde para ele mesmo.
Contra todas as previsões em contrário de 11 entre 10 analistas, incluindo este blogueiro e muitos dirigentes do PT, Lula tirou o desconhecido Haddad, que começou com 3% nas pesquisas, e o levou ao segundo turno, impondo agora a Serra a mais humilhante das surras em seu próprio reduto, depois de levar Dilma à vitória contra o mesmo adversário de dois anos atrás.

..
Ricardo Kotscho



Quem não tem voto diz que eleitor está cansado

октября 20, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

Pergunto o que leva nossos coveiros de sorriso amarelo a produzir tantas análises e raciocínios sofisticadíssimos para esconder o dado óbvio desta eleição municipal.
Apesar do julgamento do mensalão, apesar do tratamento ora irônico, ora pedante, que a maioria dos meios de comunicação dispensa ao ex-presidente Lula, está cada vez mais difícil esconder o bom desempenho do PT neste pleito.
Quem profetizou um fiasco de Lula precisa improvisar teorias para justificar verdades óbvias.
Quem chegou ao exagero de anunciar um duelo entre Lula e Geraldo Alckmin, em São Paulo, precisa fazer um curso supletivo de liderança política.
O mais novo argumento é dizer que o eleitor está desanimado, cansou-se da polarização entre PT e PSDB.
É preocupante. Nem faz muito tempo assim que os brasileiros recuperaram o direito de votar para prefeito de capital, que fora suprimido pela ditadura, e já tem gente que acha que esse tipo de coisa é cansativa e tediosa. É a mesma turma que, em dia de eleição, só consegue olhar para os santinhos na calçada e dizer que eles emporcalham a cidade. Eu acho que nada emporcalha mais uma cidade do que o autoritarismo, a falta de eleição, os prefeitos escolhidos de forma indireta.
E eu acho que a boca-de-urna ajuda a ampliar o debate numa eleição. E quem é a favor de proibi-la poderia dar uma chance ao próprio QI e perguntar-se se ela não tem a ver com a liberdade de expressão.
Voltando ao cansaço dos eleitores.
A teoria da baixa representatividade se apoia num fato real mas interpretado de forma interesseira.
É certo que o número de brancos e nulos nunca foi tão alto. O problema é usar este dado como prova de que nosso sistema político não expressa a vontade dos brasileiros e blá-blá-blá
Nós sabemos muito bem onde esse tipo de conversa sobre falta de representatividade da democracia começa e onde costuma terminar, não é mesmo?
Estrela principal do pleito que centraliza as atenções no segundo turno, Fernando Haddad não enfrenta o menor problema com sua representatividade. Ilustre desconhecido há seis meses, já conquistou 49% das intenções de voto e lidera a eleição com uma diferença de 17 pontos. Falta de representatividade?
Se você comparar com outras eleições, municipais, estaduais e federais, verá que a ordem de grandeza é a mesma.
E se você se interessar pela temperatura da campanha, verá que Haddad tem empolgado a juventude e mesmo antigos militantes que pareciam ter pendurado a chuteira da luta política.
Estes números ajudam a mostrar que não há crise nenhuma com o regime democrático nem com o eleitor.
A doença envolve um candidato específico, José Serra, que exibe um desempenho muito abaixo daquilo que seus aliados prometiam no inicio da campanha.
O grande número de nulos e brancos, em São Paulo, expressa sua dificuldade para atrair apoio junto a eleitores do PSDB e mesmo adversários do PT. São estes nulos e brancos que deixaram de ir para Serra, o que é natural num candidato com uma rejeição que chegou a 52%.
Lançado como última esperança para salvar a pátria do PSDB, o problema real da campanha de Serra não é a perpectiva de derrota. É o tamanho da diferença a favor de Haddad. Superior a qualquer previsão de nossos sábios, a vantagem do candidato do PT mostra um adversário que sequer tem-se mostrado competitivo.
Esta é a crise, o susto de 2012.
Temos uma oposição sem representatividade, inclusive em São Paulo, que sempre considerou como sua fortaleza.
Após a terceira derrota na sucessão presidencial, não é uma boa notícia para o PSDB.
Paulo Moreira Leite
No Vamos combinar