A Direita que ri
октября 9, 2012 21:00 - no comments yetTenho acompanhado nas redes sociais, desde cedo, e sem surpresa alguma, o êxtase subliterário de toda essa gente de direita que comemora a condenação de José Dirceu como um grande passo civilizatório da sociedade e do Judiciário brasileiro. Em muitos casos, essa exaltação beira a histeria ideológica, em outros, nada mais é do que uma possibilidade pessoal, física e moral, de se vingar desses tantos anos de ostracismo político imposto pelas sucessivas administrações do PT em nível federal. Não ganharam nada, não têm nada a comemorar, na verdade, mas se satisfazem com a desgraça do inimigo, tanto e de tal forma que nem percebem que todas essas graças vieram – só podiam vir – do mesmo sistema político que abominam, rejeitam e, por extensão, pretendem extinguir.
José Dirceu, como os demais condenados, foi tragado por uma circunstância criada exclusivamente pelo PT, a partir da posse de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002, data de reinauguração do Brasil como nação e república, propriamente dita. Uma das primeiras decisões de Lula foi a de dar caráter republicano à Polícia Federal, depois de anos nos quais a corporação, sobretudo durante o governo Fernando Henrique Cardoso, esteve reduzida ao papel de milícia de governo. Foi esta Polícia Federal, prestigiada e profissionalizada, que investigou o dito mensalão do PT.
Responsável pela denúncia na Procuradoria Geral da República, o ex-procurador-geral Antonio Fernando de Souza jamais teria chegado ao cargo no governo FHC. Foi Lula, do PT, que decidiu respeitar a vontade da maioria dos integrantes do Ministério Público Federal – cada vez mais uma tropa da elite branca e conservadora do País – e nomear o primeiro da lista montada pelos pares, em eleições internas. Na vez dos tucanos, por oito anos, FHC manteve na PGR o procurador Geraldo Brindeiro, de triste memória, eternizado pela alcunha de “engavetador-geral” por ter se submetido à missão humilhante e subalterna de arquivar toda e qualquer investigação que tocasse nas franjas do Executivo, a seu tempo. Aí incluída a compra de votos no Congresso Nacional, em 1998, para a reeleição de Fernando Henrique. Se hoje o procurador-geral Roberto Gurgel passeia em pesada desenvoltura pela mídia, a esbanjar trejeitos e opiniões temerárias, o faz por causa da mesma circunstância de Antonio Fernando. Gurgel, assim como seu antecessor, foi tutelado por uma política republicana do PT.
Dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal, seis foram indicados por Lula, dois por Dilma Rousseff. A condenação de José Dirceu e demais acusados emanou da maioria destes ministros. Lula poderia, mas não quis, ter feito do STF um aparelho petista de alto nível, imensamente manipulável e pronto para absolver qualquer um ligado à máquina do partido. Podia, como FHC, ter deixado ao País uma triste herança como a da nomeação de Gilmar Mendes. Mas não fez. Indicou, por um misto de retidão e ingenuidade, os algozes de seus companheiros. Joaquim Barbosa, o irascível relator do mensalão, o “menino pobre que mudou o Brasil”, não teria chegado a lugar nenhum, muito menos, alegremente, à capa de um panfleto de subjornalismo de extrema-direita, se não fosse Lula, o único e verdadeiro menino pobre que mudou a realidade brasileira.
O fato é que José Dirceu foi condenado sem provas. Por isso, ao invés de ficar cacarejando ódio e ressentimento nas redes sociais, a direita nacional deveria projetar minimamente para o futuro as consequências dessas jurisprudências de ocasião. Jurisprudências nascidas neste Supremo visivelmente refém da opinião publicada por uma mídia tão velha quanto ultrapassada. Toda essa ladainha sobre a teoria do domínio do fato e de sentenças baseadas em impressões pessoais tende a se voltar, inexoravelmente, contra o Estado de Direito e as garantias individuais de todos os brasileiros. É esperar para ver.
As comemorações pela desgraça de Dirceu podem elevar umas tantas alminhas caricatas ao paraíso provisório da mesquinharia política. Mas vem aí o mensalão mineiro, do PSDB, origem de todo o mal, embora, assim como o mensalão do PT, não tenha sido mensalão algum, mas um esquema bandido de financiamento de campanha e distribuição de sobras.
Eu quero só ver se esse clima de festim diabólico vai ser mantido quando for a vez do inefável Eduardo Azeredo, ex-governador de Minas Gerais e ex-presidente do PSDB, subir a esse patíbulo de novas jurisprudências montado apenas para agradar a audiência.
Reeleição de Chávez diminuirá presença imperialista dos EUA
октября 9, 2012 21:00 - no comments yetLa reelección de Hugo Chávez ofrece seis años de nuevas oportunidades de desarrollo para Venezuela y la opción de "minar la permanencia imperialista de Estados Unidos en la región", consideró Arelene Ramírez Uresti, profesora mexicana del Tecnológico de Monterrey. Además, dijo, la participación de los ciudadanos en las urnas el pasado domingo ha consolidado la democracia en el país sudamericano.
Agressões via Twitter
октября 9, 2012 21:00 - no comments yet![]() |
André Uzêda estuda medidas a serem tomadas Foto: Arquivo Pessoal |
Na noite de sexta-feira (28/9) estava na redação, fechando uma das últimas páginas do caderno de esporte que viria a rodar no domingo seguinte, quando começo a receber mensagens na conta que mantenho no Twitter. A primeira delas veio do sr. Bruno Brizeno, funcionário do Departamento de Futebol do Esporte Clube Bahia, mandando eu tirar “a cara de viado”.Outras foram se sucedendo em um curto espaço de tempo. Uma delas, sem me citar diretamente na rede social, do sr. Sérgio Queiroz Bezerra, conhecido como Kabrocha, braço direito do presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho (ex-deputado federal pelo PMDB), e espécie de “faz tudo” dentro do clube, que me xingava de “maconheiro mirim”.O irmão do presidente, sr. Marcos Guimarães, que, entre íntimos, também atende pelo apelido de Telefunken, escreveu que eu fumava maconha para curar o “corno da namorada”.
Neste ínterim, entre absorver as agressões virtuais e indagar, também via Twitter, aos meus detratores se aquilo seria uma ameaça, criaram um perfil falso com meu nome, no qual continuaram a atacar minha honra. Na própria definição do perfil falso isso já ficava bem claro: “Fake do jornalista do A Tarde. Usuario de entorpecentes. Fã da erva. E não apenas mais um rostinho bonito! Um usuario felizz! legalize jaaaa!”
As ofensas passaram então a ser encaminhadas para meu perfil falso. Com o sr. Brizeno dizendo até que “o doce dele ta guardado. Vai cair no meu colo. Essa boneca” e mesmo que “Ousadia, o viadinho tem muita, eu quero vê é depois, qdo tiver largado. O q é q vai fazer”.
Matérias de bastidores
O que mais me espantou na história, porém, partiu de dois outros personagens que preferi guardar para este momento do relato. Participou também das agressões verbais o sr. José Eduardo, conhecido como Bocão, radialista da Itapoan FM e apresentador do programa policial Se Liga, Bocão!,na TV Itapoan(afiliada da Record na Bahia). Assim escreveu ele, ainda naquela longa noite de sexta-feira, sem direcionar a mensagem: “Odeio jornalista esportivo vagabundo! Esse mané vai aparecer na minha e vai levar piau”. Depois lançou um trocadilho barato com meu sobrenome (Uzêda): “O que fazer com jornalista maconheiro? Prende ou deixa Azedar?”Mais alguns segundos e o sr. Luis Gustavo Alves, irmão de José Eduardo e um dos diretores do site de notícias Bocão News, também passou a dirigir palavras pouco simpáticas a meu respeito: “Só anda no Rio Vermelho queimado fumo”, disse ele.
Achei logo estranho que um profissional da imprensa participasse de um conluio para prejudicar outro colega que milita na mesma profissão. Há alguns meses venho publicando matérias que trazem à tona os bastidores do Esporte Clube Bahia. Em junho deste ano, o jornal A Tarde divulgou, em matéria assinada em parceria minha com o jornalista Daniel Dórea, uma reportagem investigativa levantando pontos na negociação de um jogador da base do clube, que teve, de forma pouco transparente, 20% do seu passe destinado a um empresário que recentemente entrou para o mundo do futebol. Com a transferência deste jogador para Portugal, o empresário recebeu mais de R$ 1 milhão pela transação.
Uma semana antes de começarem as agressões, tive acesso às contas do clube, referentes ao ano de 2011, e veiculei uma notícia revelando que o Bahia tinha fechado a temporada com débito de R$ 18 milhões no caixa, o que depois foi confirmado pela própria diretoria em seu site oficial. Fui autor também de matérias, ano passado, que mostravam problemas na formação do conselho que reelegeu Marcelo Guimarães – apontando a escolha de conselheiros irregulares, de acordo com o próprio estatuto do clube, e substituição de 58 outros nomes por suposta preferência política.
Dúvidas não respondidas
Isso talvez explique a fúria dos funcionários do Bahia que atacaram minha honra, embora não justifique a ação. O que não se entende e nem se compreende é a cólera de dois profissionais da imprensa neste mesmo caso. Naquela mesma sexta, consegui o celular do radialista José Eduardo e liguei para ele, a fim de que respondesse à mesma pergunta levantada aqui neste texto. A conversa foi nervosa, recheada de palavrões por parte do radialista, que afirmou que “resolvia as coisas pessoalmente e se quisesse poderíamos nos encontrar naquele exato momento para nos entender”. Quando rebati dizendo que só uso dos meios legais para solucionar qualquer tipo de pendência, ele debochou: “Tenho mais de 180 processos. Um a mais não fará a diferença.”
O ponto mais importante da conversa – qual seria a razão de um profissional da imprensa ofender um colega que publica informações que envolvem diretamente a vida de clube de massa – não chegou a ser respondido. O radialista limitou-se a dizer que eu “estava me achando muito estrelinha”... Não, não acho que a imprensa deva ser corporativista e apoiar qualquer material publicado por outro veículo, até por questão de concorrência e diferentes ideologias do campo jornalístico, mas entendo que existem formas de se fazer qualquer tipo de contestação. Apresentar uma matéria levantando outro enquadramento, outro ponto de vista, cobrir eventuais buracos deixados na apuração da empresa concorrente, enfim... Ofender a honra e atacar covardemente um colega, em conchavo com funcionários de um clube, não parece ser a opção mais ética, além de levantar dúvidas sobre a estreita proximidade que um profissional da imprensa pode vir a manter com um cartola e seus asseclas.
No intuito de ter alguma de minhas dúvidas respondidas, seja pelo presidente do Bahia, pelos funcionários detratores ou mesmo pelo radialista e seu irmão, aqui escrevo ocupando este nobre espaço.
André Uzêda, jornalistaNo Observatório da Imprensa
Ambientalismo: imprensa brasileira bate recorde de desinformação e parcialidade
октября 9, 2012 21:00 - no comments yet
O IOP estudou a atitude dos grandes jornais desses países durante dois períodos.
O primeiro foi em 2007, por ocasião da publicação do relatório do IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change ou Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, da ONU) sobre a evolução do clima.
O segundo foi entre o fim de 2009 e início de 2010, durante o “climategate” que abalou a credibilidade de dito relatório e de muitos cientistas apóstolos do alarmismo climático.
No total, o IOP analisou perto de 3.300 artigos de imprensa.
O resultado foi considerado inapelável pelo diário parisiense “Le Monde”, ele próprio caixa de ressonância do alarmismo climático e que se saiu muito mal nesta prova.
34% dos artigos publicados pelos jornais americanos “The New York Times” e “The Wall Street Journal”, ao informar sobre fatos polêmicos como o “aquecimento global” e questões climáticas, em geral concediam espaço aos cientistas tratados não sem certo menosprezo de “céticos”.
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Pior do que na China: unilateralismo do "Estado de S.Paulo" e da "Folha de S.Paulo" nas informaçoes ambientais, supera o 97% dos artigos, constatou o Institute of Physics - IOP da França |
Dos 511 artigos estudados na imprensa britânica – jornais “The Guardian”, “The Observer”, “Daily Telegraph” e “Sunday Telegraph” – 19% concediam algum espaço aos “céticos”.
Já na imprensa altamente censurada da China, só 7% dos artigos publicados nos diários “People's Daily” e “Beijing Evening News” mencionaram os que denunciavam as estrepolias do catastrofismo ambientalista.
Na Índia, a porcentagem foi ainda pior: só 6% – “The Hindu” e “Times of India”.
A França ficou no baixíssimo patamar indiano. Jornais analisados: “Le Monde” e “Le Figaro”.
Mas a imprensa brasileira venceu o ranking: menos de 3%! É preciso esclarecer que o trabalho do IOP se limitou à “Folha de S.Paulo” e ao “Estado de S.Paulo” como representantes da mídia nacional.
James Painter e Teresa Ashe, pesquisadores do IOP e autores do estudo, destacaram a importância das páginas de Opinião nos EUA e na Grã-Bretanha, em que os contribuintes não são discriminados com tanto viés ideológico.
Nos países de língua inglesa, nas páginas de livre opinião, os comentários “céticos” representam 79%. Mas nos de língua francesa caem para o 21%.

O trabalho do IOP confirma uma realidade que estamos experimentando há vários anos.
O público brasileiro precisa ser informado equilibradamente, e não de modo enviesado, a respeito de “aquecimento global”, mudanças climáticas, etc.
Esses temas atingem de cheio a vida nacional – por exemplo, a propósito do desmatamento e do Código Florestal.
Mais uma razão de encômio do livro de D. Bertrand de Orleans e Bragança “Psicose ambientalista – Os bastidores do eco-terrorismo para implantar uma religião ecológica, igualitária e anticristã”.
Ele vem a preencher a espantosa desinformação espalhada no Brasil sobre o tema.
No Verde: a cor nova do comunismo