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Daniela

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июня 14, 2012 21:00 , by Daniela - | No one following this article yet.

Revolução Bolivariana

октября 3, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

Confira abaixo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre evolução social na América Latina e Caribe. O relatório "Estado de las ciudades de América Latina y el Caribe 2012”, lançado em agosto, reúne dados ao longo de vários anos (o estudo completo pode ser baixado aqui).
Apesar da oposição neoliberal, os números mostram evolução social na Venezuela de Chávez; Caracas é a cidade que mais reduziu o índice Gini em relação a todas as outras grandes cidades do continente - o índice mede a distribuição de renda e, quanto mais perto do zero, melhor é a distribuição; tem desemprego urbano menor que no Brasil.
Em comparação, a vizinha Colômbia, de governo neoliberal, não obteve evolução e, em alguns casos, piorou, como no índice Gini - o que significa aumento na concentração de renda nas mãos de poucos.
Confira outros dados nos gráficos abaixo.

Venezuela-ONUPobrezaIndigencia

Venezuela-ONUIndiceGini

Venezuela-ONUIndiceGini-2
No Caros Amigos



Capas esquecidas

октября 3, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

Veja outra capa aqui



Lewandowski resume trabalho do Prevaricador Geral

октября 3, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet



Indústria oceânica se consolida no RS e projeta três décadas de investimentos

октября 3, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

Estaleiro Rio Grande
Além do Estaleiro Rio Grande, estado do RS já anunciou criação do Polo Naval do Jacuí
Foto: Agência Petrobras
Quando o ciclo de investimentos na indústria oceânica teve início no Rio Grande do Sul, em 2005, com a construção da plataforma P-53, na cidade de Rio Grande, pelo consórcio Quip (formado pelas empresas Queiroz Galvão, UTC Engenharia e IESA Óleo e Gás), ainda era uma incógnita se o setor teria um impacto passageiro ou duradouro no Estado. Hoje, não há mais este clima de incerteza, garante o presidente da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), Marcus Coester. “Havia a dúvida se não seria um negócio esporádico, que depois deixaria trabalhadores desempregados. O RS já superou esta fase. Entramos em uma fase de continuidade de negócios”.
Coester conta que o setor oceânico tem US$ 9 bilhões contratados atualmente. “Isto vai puxar uma série de outros setores, como hotelaria e infraestrutura”, projeta. O presidente da AGDI, que também coordena o Comitê Gestor do Programa de Estruturação, Investimento e Pesquisa em Gás Natural, Petróleo e Indústria Naval do Rio Grande do Sul (PGPIN), qualifica a indústria offshore como a “melhor novidade” da economia gaúcha e afirma que ainda haverá décadas de investimentos no setor. “Há pelo menos 30 anos pela frente. O projeto de investimentos em óleo e gás da Petrobras é um dos maiores do mundo. O RS tem conseguido uma parcela importante destes negócios”.
"Entramos em uma fase de continuidade de negócios”,
comemora Marcus Coester, presidente da AGDI
Foto: Divulgação
O consultor Maurênio Stortti, que realizou um estudo para a FIERGS sobre as possibilidades da indústria oceânica no Rio Grande do Sul, também projeta bons resultados. “Em um prazo de oito anos, o setor deve gerar 64 mil empregos diretos e 236 mil indiretos. Deve haver um incremento de R$ 3,4 bilhões na renda dos gaúchos. Na cidade de Rio Grande, o PIB deve triplicar”, conta. Hoje, o segmento já corresponde a 5,6% do PIB gaúcho.
Dentre os negócios que impulsionam o setor, pelo menos dois chamam atenção: a contratação pela Petrobras de oito plataformas flutuantes (FPSOs) no valor total de US$ 4,5 bilhões (metade de todo montante contratado no RS) que serão construídas pelo Grupo Engevix e entregues entre 2013 e 2018; e os investimentos da IESA Óleo e Gás no novo polo naval, às margens do Rio Jacuí, em Charqueadas. Esta contratação merece destaque porque marca o fim da concentração da indústria naval apenas na região de Rio Grande e São José do Norte. O setor começa a levar desenvolvimento também para outras localidades.
“Região do Jacuí deve gerar 10 mil empregos em um futuro não muito distante”
A IESA Óleo e Gás assinou com a Tupi BV e a Guará BV – empresas constituídas pela Petrobras e suas parceiras BG Group, Petrogal Brasil e Repsol Sinopec – contratos para fornecimento de 24 módulos de compressão de gás, a serem instalados nas primeiras seis plataformas FPSO que operarão no pré-sal da Bacia de Santos. Os contratos têm valor total de US$ 720 milhões e preveem ainda a opção de fornecimento de oito módulos adicionais para outras duas FPSO, o que pode elevar o valor total dos contratos a US$ 911 milhões. A IESA prevê a geração de 1,2 mil empregos diretos.
Os investimentos na unidade industrial da empresa em Charqueadas chegam a R$ 100 milhões. A obra está em fase de terraplanagem e instalação da infraestrutura, com o cais já totalmente implantado, e as operações devem iniciar ainda no primeiro trimestre de 2013. À IESA devem se juntar outras empresas da cadeia produtiva. Uma delas já está confirmada, a METASA, que produz estruturas metálicas.
A fornecedora conta que, em uma primeira fase, vai receber os componentes que compõem as estruturas de sua matriz, que fica em Marau, no Noroeste do Estado, e apenas montá-las em Charqueadas. Mas só para realizar este trabalho já contratará 200 funcionários e investirá R$ 35 milhões. A expectativa da METASA é passar, em um segundo momento, a fabricar os componentes em Charqueadas e dobrar a produção, ampliando o investimento para R$ 120 milhões.  Isto geraria, segundo a companhia, “centenas de novos empregos”.
Antonio Roso, da Metasa
Medidas de Petrobras e governo federal sinalizam bons tempos
 para fornecedores locais, afirma Antônio Roso, da METASA
Foto: Metasa / Divulgação
O presidente do Conselho de Administração da METASA, Antônio Roso, ressalta a importância de medidas para privilegiar os fornecedores locais. “As medidas anunciadas recentemente pelo Governo Federal e pela Petrobras sinalizam bons tempos para os fornecedores locais. E, nós, que já somos fornecedores da Petrobras há mais de dez anos, estamos otimistas com isso”, comenta. Ele afirma ainda que as perspectivas no Rio Grande do Sul são excelentes pela existência de “grandes estaleiros em funcionamento ou confirmados no Estado e vultosos investimentos anunciados pela Petrobras para o Rio Grande do Sul”.
Além da IESA e da METASA, outras quatro empresas pretendem produzir no local conteúdo para a indústria naval. A Intecnial já está estabelecida em Charqueadas, mas deve realizar novos investimentos para poder ser competitiva no mercado offshore. UTC, Tomé Engenharia e Engecampo devem produzir em Charqueadas. “No Jacuí estimamos 10 mil empregos diretos, num período não muito distante”, afirma Marcus Coester.
Polo do Jacuí nasceu para evitar colapso em Rio Grande e beneficiar mais regiões
Marcus Coester explica que a ideia de encontrar um novo polo naval partiu da constatação de que Rio Grande não poderia dar conta de tantos investimentos. “Nasceu em função das limitações que vieram com a consolidação do polo naval de Rio Grande. Não havia mais área de cais disponível e a cidade não tinha capacidade para absolver os investimentos da indústria oceânica na velocidade em que estão acontecendo. Acabaria dando um colapso”, conta.
A partir desta constatação, o Governo passou a trabalhar com a ideia de que era possível aproveitar o sistema de hidrovias do Estado para expandir a indústria oceânica — que depende das águas para produzir e transportar seus equipamentos – para as margens de rios, lagos e lagoas. Foi feito, então, um mapeamento de toda a hidrovia que liga Rio Grande à região central do Estado, da Lagoa dos Patos até o Rio Jacuí.
A Lagoa foi afastada porque sua hidrovia fica do lado leste, onde há apenas municípios muito pequenos, como Mostardas e Tavares, e nenhuma infraestrutura.  Porto Alegre e Guaíba, que oferecem área muito reduzida, não estão totalmente descartadas para receber empreendimentos de menor porte. Continuando a subir há o Delta do Jacuí que é uma área de preservação e depois a região de Charqueadas que apresentou um calado muito bom para a construção de módulos e outros equipamentos para a indústria oceânica. Cidades vizinhas, como São Jerônimo,Triunfo e General Câmara também poderão receber empreendimentos.
Anúncio oficial da criação do Polo Naval de Jacuí contou com presença de Graça Foster, presidente da Petrobras
Foto: Ramiro Furquim/Sul21
“Nesta região, o Jacuí tem um calado de 5 metros, que só não permite construir as plataformas de grande porte e sondas, mas no processo de fabricação há outras etapas, como os módulos, que vão ser construídos em Charqueadas. Para eles é preciso apenas 2,5 metros de calado, então temos um calado muito bom”, afirma Coester. Entre as vantagens da região de Charqueadas, também estão a proximidade com a Região Metropolitana, com sua abundância de mão-de-obra e acesso à educação.
“A facilidade de acesso – por rodovia, à unidade de Charqueadas, e por hidrovia, ao polo naval de Rio Grande e ao Oceano Atlântico – foi um fator decisivo para a escolha daquele município, por atender aos requisitos de logística de transporte de grandes módulos. A disponibilidade de mão de obra qualificada na região e a existência de várias escolas técnicas revelaram-se outros dois fatores de diferenciação”, afirma a IESA Óleo & Gás, por meio de sua assessoria de imprensa.
A empresa também destaca o apoio do Poder Público. “O apoio do Governo do Estado do Rio Grande do Sul e da Prefeitura de Charqueadas nas questões de obtenção da área, equacionamento das necessidades de infraestrutura e licenciamento das instalações foi fundamental no processo decisório da IESA Óleo & Gás”.
Em março, governo gaúcho incentivou 1ª Feira do Polo Naval do RS,
com produtos focados na indústria naval
Foto: Claudio Fachel/Palácio Piratini
O Governo do Estado ajudou a instalação dos empreendimentos em Charqueadas com obras de infraestrutura, incentivos fiscais, financiamentos e agilizando os licenciamentos ambientais. “A FEPAM tem dado alta prioridade aos investimentos na indústria oceânica”, afirma Marcus Coester. Nos protocolos assinados pelas empresas, elas se comprometem a dar preferência a matéria-prima local.
A Prefeitura de Charqueadas atuou na desapropriação das áreas e também com incentivos fiscais. Agora, o município está cheio de boas perspectivas, mas também de desafios. “Vão aumentar o emprego e a renda. Vai haver crescimento muito grande em todos os setores, principalmente para o comércio, serviços e moradia. Mas precisaremos melhorar a mobilidade urbana, a qualificação”, afirma a secretária de Indústria e Comércio de Charqueadas, Roselaine Berbigier.
Ela relata que a Prefeitura está fazendo um mapeamento de todas as atividades em que haverá crescimento de demanda. “Desde padarias até instituições escolares sofrerão impacto. Estamos tentando financiar a qualificação de mão-de-obra local, incentivar microempresários a ampliarem seus serviços para atender à demanda crescente”, explica. Para os 1,2 mil empregos diretos que vai gerar, a IESA prevê treinamentos em Charqueadas. “Serão treinados na região engenheiros, montadores, soldadores, eletricistas e encanadores, entre outras funções profissionais”, explica a empresa.
De uma maneira geral, o Governo do Estado tem ajudado os empresários da indústria oceânica de maneira articulada, por meio do PGPIN, que reúne diversas secretarias, de Educação a Meio-Ambiente. O Estado busca divulgar as vantagens dos investimentos em solo gaúcho, viabilizar parcerias para qualificação, destravar os licenciamentos ambientais, incentivos fiscais e financiamentos, por meio do Badesul e Banrisul. Só este último banco já financiou R$ 220 milhões para empresas que atuam diretamente na indústria naval, sem contar os financiamentos para fornecedores.
estaleiro rio grande
Ecovix já investiu R$ 140 milhões desde que arrendou o Estaleiro Rio Grande, em 2010
Foto: Agência Petrobras
Engevix chegará a contar com cinco mil trabalhadores em Rio Grande
Recentemente, Rio Grande vivenciou uma situação em que o bordão “nunca antes na história deste país” – repetido pelo presidente Lula de maneira, muitas vezes, exagerada – poderia perfeitamente ser utilizado. Em julho deste ano, foi concluído o içamento de 17 mil toneladas para juntar o deque (parte superior) com o casco (parte inferior) da plataforma P-55. Uma empresa da Holanda precisou ser contratada para realizar o feito, até então inédito no Brasil.
Enquanto finaliza a P-55, a Ecovix – subsidiária da Engevix na indústria naval – já está com outras tarefas pela frente. Além dos contratos para construir oito plataformas para a Petrobras, já referidos no início da reportagem, vai produzir também três navios-sonda para a Sete Brasil.
Em 2010, a Ecovix arrendou o Estaleiro Rio Grande, da Petrobras, por dez anos, onde já investiu R$ 410 milhões. Entre os investimentos, está a aquisição de um guindaste do tipo pórtico com capacidade para içar 2 mil toneladas. A empresa já está construindo o Estaleiro Rio Grande (ERG) 2 e planejando a construção do ERG 3.  A segunda fase de investimentos da empresa em Rio Grande deve custar em torno de R$ 300 milhões e vai permitir que a Ecovix dispute o mercado de sondas de perfuração.
Ao final de 2012, a companhia terá 3,2 mil trabalhadores na cidade do litoral sul do Estado. No ano que vem, chegará o empreendimento chegará ao pico de 5 mil colaboradores, se estabilizando nesta faixa. Para ter mão-de-obra qualificada, a Ecovix iniciou em fevereiro de 2011 uma parceria com o SENAI que já formou 700 trabalhadores. A companhia planeja treinar mais 2 mil pessoas. Há também uma parceria com a UNISINOS para engenheiros e gestores realizarem MBA na própria companhia.
Além da Ecovix, o consórcio Quip também tem boas perspectivas em Rio Grande, onde está atuando na produção das plataformas P-58 e P-63. Segundo a companhia, a P-63 será a primeira vez em que uma empresa brasileira faz uma plataforma desde o projeto básico até a operação dos três primeiros anos. A contratação foi feita pela PPTBV, uma joint venture formada por Petrobras e Chevron. A construção tem o custo de US$ 1,3 bilhão e está sendo feita em parceria entre a Quip, que tem 75% do contrato, e a norueguesa BW Offshore, e gera cerca de 1,5 mil empregos diretos. A plataforma será utilizada no Campo de Papa-Terra, na Bacia de Campos, Rio de Janeiro.
Dilma Rousseff visita Polo Naval de Rio Grande
Dilma Rousseff em visita ao Estaleiro Rio Grande: "Este país não podia continuar exportando emprego e oportunidades para o resto do mundo. O que nós pudéssemos fazer no Brasil, nós faríamos no Brasil"
Foto: Agência Petrobras
A economista da Fundação de Economia e Estatística (FEE), Beky Morón de Macadar, alerta que, para a indústria naval ser duradoura é necessário justamente superar a dependência dos investimentos da Petrobras, que exigem conteúdo local, conseguindo competir internacionalmente. “É preciso investimentos em tecnologia e centros de pesquisa. Os estaleiros têm que investir bastante para poder competir internacionalmente, se não podem ter vida efêmera”, afirma.
Beky acredita que pelo menos os próximos dez anos já estão garantidos com os investimentos da Petrobras, mas que depois será preciso diversificar a produção. O transporte hidroviário de cargas ainda patina no país, por exemplo, e um eventual crescimento desta atividade, com melhorias nas hidrovias, pode beneficiar a indústria naval. Para a economista, as dificuldades do país em infraestrutura também significam oportunidades. “Ainda faltam muitos investimentos em infraestrutura no país. Que bom que ainda temos coisas por fazer”.
Recentemente, a presidenta Dilma Rousseff visitou os locais de construção das plataformas P-55, P-58 e P-63 em Rio Grande e ressaltou que o crescimento da indústria naval foi fruto da visão de que os equipamentos necessários à extração de petróleo deveriam ter conteúdo local. “Este país não podia continuar exportando emprego e oportunidades para o resto do mundo. O que nós pudéssemos fazer no Brasil, nós faríamos no Brasil. E aqui estão vocês, que demonstram que isso não só é possível, mas que isso aconteceu. Milhões de reais foram colocados aqui. Esses milhões de reais vão servir para nós voltarmos a ter uma indústria naval de alta qualidade, uma indústria naval que nasceu aqui, no Rio Grande do Sul. Eu estive aqui quando não tinha nada disso. Nada disso tinha, era areia”.
Felipe Prestes
No Sul21



Pesquisas na Reta Final

октября 3, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

Nestes últimos dias antes das eleições, a mídia está sendo inundada por pesquisas.
No conjunto do País, menos que em anos anteriores. Por opção editorial da TV Globo, as pesquisas eleitorais contratadas por ela e suas retransmissoras são agora noticiadas somente nos telejornais locais.
Como é, de longe, a maior compradora de pesquisas destinadas à divulgação, sua decisão tem consequências relevantes. Implica uma municipalização da informação a que tem acesso a maioria da população, para a qual a TV é (ainda) a fonte de notícias primordial.
Os paulistas ficam apenas sabendo sobre São Paulo, os cariocas sobre o Rio de Janeiro e os manauaras sobre Manaus. (Sem esquecer que o sinal de televisão gerado em um município pode alcançar outros.)
Mesmo assim, é muita informação de pesquisa que o cidadão vai receber de hoje a domingo.
Para atravessar sem sobressaltos a enxurrada, alguns lembretes:
1) As pesquisas refletem situações de opinião momentâneas
É um velho chavão, mas verdadeiro: as pesquisas retratam a situação da opinião pública no momento em que são realizadas.
Sua capacidade preditiva depende da disponibilidade de séries históricas mais completas e do grau de cristalização da decisão dos eleitores.
Nas eleições gerais, especialmente presidenciais, a maioria das pessoas decide cedo, o que torna possível identificar, até com grande antecedência, o provável vencedor. Ainda assim, como vimos em 2010, muitos só se resolvem na última hora, o que pode provocar surpresas - como o desempenho de Marina Silva.
Nas eleições municipais, acontece o contrário. A decisão é tardia. Pelo que temos visto, é grande a proporção dos que escolhem a caminho da urna.
Ou seja: não seria estranho que as pesquisas da véspera apontassem números diferentes dos resultados reais da eleição. É assim mesmo.
2) As pesquisas têm margem de erro
Quem as acompanha sabe que toda pesquisa possui algo chamado “margem de erro”. Que os números publicados não são exatidões aritméticas, mas probabilidades.
O problema é esquecer disso na hora de avaliar resultados. A famosa variação, de tantos pontos percentuais “para cima” e “para baixo”, é para ser sempre lembrada.
3) Esta eleição está sendo anormalmente afetada por fatores políticos externos
A desnecessária e totalmente indesejável coincidência do “julgamento do mensalão” com o processo eleitoral cria um ambiente de desconfiança generalizada no sistema político.
Quem apostava que o único prejudicado seria o PT, se enganou. O que estamos vendo é o descrédito da política e dos partidos de maneira geral. É a ideia de representação, a mais importante na democracia, que sofre.
E não adiantam as vagas perorações em favor dos “bons políticos”, que ouvimos de alguns ministros do Supremo Tribunal Federal, para remendar o estrago que estão causando.
Não sabemos em quanto isso poderá afastar da urna o eleitor, diminuindo o comparecimento ou aumentando os votos brancos e nulos. Por isso, as pesquisas podem ficar ainda mais incertas.
4) Sempre haverá controvérsia a respeito das pesquisas
Por mais institucionalizadas que sejam as pesquisas eleitorais na cultura politica de um país, ainda assim elas geram polêmicas.
Nas atuais eleições nos Estados Unidos, berço de tudo que se faz no mundo nessa matéria, por exemplo, elas estão sendo questionadas pelos conservadores. Acreditam que a “grande imprensa liberal e progressista” (Pasme-se! Isso existe por lá!) prejudica seu candidato, o republicano Mitt Romney.
Não é verdade. Como não é verdade, aqui, que os institutos “errem” de propósito em benefício de alguém.
Podem não “acertar” sempre, mas tentam.
Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi