Para a imprensa tomar conhecimento e parar de mentir
июля 5, 2012 21:00 - no comments yetConvocan a elecciones generales en Cuba
El Consejo de Estado, conforme a lo establecido en la Constitución de la República y en la Ley Nº 72, de 29 de octubre de 1992, “Ley Electoral”, acordó convocar a los electores de la República a elecciones generales para elegir a los delegados a las asambleas municipales y provinciales del Poder Popular y a los diputados a la Asamblea Nacional del Poder Popular.
Las elecciones para elegir por el término de dos años y medio a los delegados a las asambleas municipales del Poder Popular se celebrarán el domingo 21 de octubre de 2012, y en segunda vuelta, el domingo 28 de octubre, en aquellas circunscripciones en que ninguno de los candidatos haya obtenido más del cincuenta por ciento de los votos válidos emitidos.
La fecha en que tendrán lugar las elecciones para elegir, por el término de cinco años, a los delegados a las asambleas provinciales y a los diputados a la Asamblea Nacional del Poder Popular será dispuesta posteriormente.
No CubaDebateDe areia
июля 5, 2012 21:00 - no comments yetO homem estava caminhando na praia e passou por um garoto que fazia uma construção de areia. Parou para olhar. Lembrou-se do seu tempo de garoto, quando também gostava de fazer aquilo.
— Bonito, o seu castelo de areia — disse o homem para o garoto.
O garoto olhou para o homem. Depois falou:
— Não é castelo.
— O que é então?
— Condomínio fechado.
Mais tarde, no grupo que se reunia para um papo à beira-mar, todos mais ou menos da mesma idade, o homem contou que o que lhe parecera serem as torres do muro do castelo na verdade eram guaritas para os guardas do condomínio, segundo o garoto.
— Vejam vocês. Que fim levaram os castelos de areia da nossa infância?
— A realidade do garoto é essa — disse alguém. — No outro dia minha neta quis saber por que a Cinderela não deu o número do celular dela pro príncipe.
— O curioso é o pulo, de castelo para condomínio fechado. Do feudalismo para a paranoia contemporânea, sem etapas intermediárias. Quinhentos anos de arquitetura ignorados.
— Mas os castelos feudais não deixavam de ser condomínios fechados. E os condomínios fechados não deixam de ser fortalezas medievais.
— Portanto o garoto, na verdade, é um gênio da síntese.
No dia seguinte o homem avistou o garoto no mesmo lugar da praia. Viu com satisfação que ele dava os retoques finais na sua obra, fazendo escorrer areia molhada da mão nos pontos mais altos da sua construção. Talvez ele tivesse decidido fazer um castelo, afinal. Castelos eram irresistíveis, seu fascínio atravessava o tempo e as gerações. O homem perguntou se o que o garoto estava fazendo eram ornamentos para os torreões do castelo.
— Não — disse o garoto.
— O que é então?
— Antenas parabólicas.
O homem seguiu seu caminho, suspirando.
Luís Fernando Veríssimo
O Foro de São Paulo e a Revolução Bolivariana
июля 4, 2012 21:00 - no comments yetAssume grande significado para as esquerdas latino-americanas e de todo o mundo a realização, a partir desta quarta-feira (4), em Caracas, até a sexta-feira (6), do 18º Encontro do Foro de São Paulo.
O cenário de hoje é muito diferente daquele em que esta articulação de forças de esquerda foi criada, há 22 anos. Naquela altura, tinha lugar a contrarrevolução que levou de vencida a primeira experiência de construção do socialismo no mundo e abriu caminho para a hegemonia neoliberal e conservadora no plano mundial, ao estabelecimento de uma ordem unipolar, em que o imperialismo, nomeadamente o estadunidense, pôs em prática uma política ainda mais agressiva, truculenta, militarista e belicista.
O momento em que o Foro de São Paulo foi criado era marcado pela dispersão, pelo recuo e até pela manifestação de formas novas de oportunismo e liquidacionismo. Por isso, uma avaliação da trajetória das forças de esquerda na América Latina não pode deixar de assinalar o valor da iniciativa, que teve entre os seus principais protagonistas o Partido Comunista de Cuba e o Partido dos Trabalhadores, do Brasil. Lula, líder máximo desse partido, desempenhou destacado papel.
O Foro de São Paulo tem resistido à prova do tempo e às intempéries da luta política e ideológica. Consolidou-se como polo unitário da esquerda, conservando a característica do pluralismo e da diversidade. Não é isento de contradições e em seu seio produzem-se embates de ideias, o que é salutar.
O grande mérito do Foro de São Paulo é ter-se afiançado como ponto de convergência entre amplas forças anti-imperialistas, antineoliberais, progressistas, de esquerda – em que atuam em unidade comunistas, socialistas, trabalhistas, patriotas e democratas.
O Foro de São Paulo resistiu a pressões internas e externas e se firmou na defesa de posições de combate aos planos hegemonistas do imperialismo estadunidense, às políticas neoliberais, ao conservadorismo das classes dominantes locais, aos golpes, à militarização e às guerras.
Esta articulação das forças de esquerda latino-americanas e caribenhas tem desempenhado papel importante na solidariedade a Cuba e demais processos revolucionários na região. Para ele convergem hoje os defensores da integração soberana do continente e todos aqueles que se encontram empenhados na consolidação dos governos democráticos, populares, patrióticos, progressistas e revolucionários que têm lugar em numerosos países da região.
De maneira especial, o 18º do Foro de São Paulo está chamado a manifestar total solidariedade com a Venezuela bolivariana e sua revolução democrática, popular e anti-imperialista encabeçada pelo presidente Chávez, sobretudo agora que o mandatário inicia a campanha pela sua reeleição.
Vista de uma perspectiva global, a eleição presidencial na Venezuela, em 7 de outubro, é a principal batalha política na América Latina e Caribe no ano de 2012. A vitória do presidente Chávez com votação e maioria expressivas constituem um passo fundamental para consolidar o caminho revolucionário no país vizinho e assegurar a continuidade dos processos democráticos, independentistas e de integração em toda a região.
O imperialismo e a direita apoiam o candidato da oposição neoliberal e conservadora, Henrique Capriles, que posa de moderninho e renovador. É preciso denunciar essa farsa e derrotá-lo em toda a linha.
Nesse contexto, a realização do encontro do Fórum de São Paulo em Caracas é um grande reforço ao “candidato da Pátria”, como tem sido designado Chávez na batalha eleitoral em curso.
As forças de esquerda sabem que na Venezuela, como em toda a região, estão confrontadas com uma direita apátrida, que não pestanejará se a concertação de acordos com o imperialismo for a condição necessária para ir adiante na perseguição dos seus intentos. Por seu turno, as forças imperialistas, principalmente os Estados Unidos, não deixarão de conspirar contra os governos democráticos, populares e patrióticos que estão mudando a face da América Latina e Caribe.
No Vermelho
Eduardo Campos vira pivô da sucessão de Dilma
июля 4, 2012 21:00 - no comments yetDe uma semana para outra, as eleições municipais viraram apenas pano de fundo para os atores que se movimentam no palco já pensando na sucessão de Dilma Roussef em 2014.
Entre eles, ganha cada vez mais destaque o governador pernambucano Eduardo Campos, presidente nacional do PSB. Campeão de votos nas eleições de 2010, Campos rapidamente ganhou projeção nacional e se tornou peça-chave no tabuleiro da sucessão presidencial.
Até a presidente Dilma, candidata natural à reeleição, que pretendia se manter distante da campanha eleitoral deste ano, viu-se obrigada a entrar no jogo.
O racha do PT com o PSB em Belo Horizonte, a exemplo do que já havia acontecido no Recife e em Fortaleza, foi a gota d´água para deflagrar um processo previsto para acontecer só após as eleições de outubro.
Em Belo Horizonte, entraram em cena os principais personagens que se movimentam para 2014, levando Dilma a agir com rapidez para não perder o controle do jogo sucessário.
Ao rifar o PT da chapa de vereadores e provocar o rompimento com seu tradicional aliado, o socialista Eduardo Campos, de um lado, e o senador tucano Aécio Neves, de outro, com a prestimosa ajuda de Ciro Gomes, procuraram isolar o partido de Dilma e Lula em Minas.
Estava tudo certo para se repetir este ano em Belo Horizonte a dobradinha do prefeito Márcio Lacerda, político do PSB ligado a Ciro Gomes, com um vice do PT numa coligação com o PSDB de Aécio Neves, mas a disputa de 2014 precipitou o desenlace.
Dilma chamou ao Palácio do Planalto a responsabilidade de bancar a candidatura petista do ex-ministro Patrus Ananias, convocando vários ministros para montar uma aliança competitiva capaz de derrotar ao mesmo tempo Eduardo Campos e Aécio Neves, dois possíveis adversários, juntos ou separados, em 2014.
Até outro dia, o nome de Campos aparecia muito como provável vice de Dilma nas próximas eleições presidenciais, cacifando-se para ser o candidato dela e de Lula em 2018. Atento às circunstâncias e às mudanças do vento, o governador pernambucano resolveu alçar vôo próprio desde já ao se desfazer da aliança com o PT em algumas importantes capitais do país.
Em outra frente, ele articula há tempos uma parceria com o PSD de Gilberto Kassab com o objetivo de se fortalecer na região sudeste, já que o seu PSB tem maior expressão no norte-nordeste.
Como uma coisa puxa a outra, a turma de José Serra, da qual faz parte o mesmo Kassab, que estava só na espreita do rolo em Belo Horizonte, aproveitou para colocar o bico de fora e, numa penada só, tenta agora derrubar do poleiro o PT, o PSB e Aécio Neves, o principal adversário no ninho tucano. Para derrotar Aécio, vale tudo, até o PSD se aliar ao PT em Belo Horizonte.
Um dos porta-estandartes de Serra, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), resolveu abrir o jogo sobre os objetivos do grupo em matéria de Catia Seabra, publicada na "Folha" desta quinta-feira:
"PSB e PSD, dois planetas viajando pelo espaço público em órbitas independentes do PT, que se arvora em centro do sistema polar: esse poderá ser um dos reflexos mais importantes das eleições municipais sobre o quadro nacional".
Os partidos de Campos e Kassab tornaram-se o objeto de desejo dos tucanos paulistas para enfrentar o PT em 2014. Eleições municipais? Ninguém mais fala nisso. Todo mundo agora só pensa na sucessão de Dilma, que acabou de completar apenas 18 meses de governo. Serra, por exemplo, nunca pensou em outra coisa.
A disputa municipal é apenas um detalhe. Da mesma forma, o PT de Lula joga todas as suas fichas na capital paulista, fazendo alianças complicadas e abrindo mão de outras cidades importantes, já pensando na sucessão estadual em 2014.
Quem sai ganhando com tudo isso, por enquanto, é Eduardo Campos, o neto de Miguel Arraes, que se tornou o pivô da sucessão de Dilma.
Como se vê, o jogo é complicado, briga para cachorro grande.
Ricardo Kotscho