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Daniela

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June 14, 2012 21:00 , par Daniela - | No one following this article yet.

Serra se distancia de apoio de Malafaia

October 11, 2012 21:00, par Inconnu - 0Pas de commentaire

O candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra (PSDB), se afastou nesta quarta-feira 10 do apoio do pastor Silas Malafaia, presidente Assembleia de Deus do Ministério Vitória em Cristo, a sua campanha. Malafaia, que atua no Rio de Janeiro, decidiu interferir na campanha de São Paulo para combater o candidato do PT, Fernando Haddad, por condenar o chamado “kit gay” que o Ministério da Educação cogitou lançar sob a gestão do petista.
“Não vou ficar repercutindo bobagens. Eu não assumi nenhum tipo de compromisso com o pastor Malafaia”, disse Serra segundo portal UOL durante um evento em Pirituba, zona oeste de São Paulo. “Ele me apoia, não pedi nada em troca. Várias coisas que ele coloca não são pauta da minha campanha”, afirmou o tucano.
Na terça-feira 9, Malafaia, conhecido por suas declarações homofóbicas, disse que iria “arrebentar” Haddad por conta do “kit gay”. Em agosto, o líder evangélico já havia afirmado que “a comunidade (evangélica), os líderes” não iriam “dar refresco a Haddad”. “Vamos cair em cima dele”, afirmou Malafaia.
A rejeição de Malafaia à Haddad se deve ao material contra a homofobia que seria distribuído em escolas durante a gestão do petista no ministério da Educação. O material foi criticado por grupos conservadores e apelidado de kit-gay. Diante da pressão, o governo desistiu de distribui-lo.
Em 2006, Malafia foi responsável por uma manifestação diante do Congresso Nacional contra a lei criminalizadora da homofobia. Na ocasião o pastor afirmou que relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo são a porta de entrada para a pedofilia. “Deveriam descer o porrete nesses homossexuais”, decretou, certa vez, em seu programa de tevê em rede nacional — ele alega que a frase tinha sentido figurado.
No CartaCapital



Serra: um pacto do além com o aquém. Um Termidor de Malafaias ameaça SP

October 10, 2012 21:00, par Inconnu - 0Pas de commentaire

Os primeiros passos de Serra na largada do 2º turno em São Paulo ilustram o ponto a que está disposto chegar para reverter o prenúncio da derrota que nem o Datafolha dissimula mais.
O tucano reuniu-se nesta 3ª feira com um interlocutor cirurgicamente escolhido para reforçar a musculatura do vale tudo na disputa: o bispo radialista, Silas Malafaia, que veio diretamente do Rio de Janeiro apresentar armas à campanha. Acompanhado do pastor Jabes Alencar, do Conselho de Pastores de São Paulo, teve um encontro fechado com Serra.
O pacto do além com o aquém foi festejado em manchete do caderno de política da 'Folha de SP'. Assim: "Líder evangélico diz que vai 'arrebentar' candidato petista - Silas Malafaia afirma que Haddad apoia ativistas gay".
O título em 3 linhas de 3 colunas, ladeado de um foto imensa de Serra (meia pág. em 3 colunas), empunhando uma criança adestrada em fazer o '45', inspira calafrios.
Deliberadamente ou não, o conjunto ilustra um conceito de harmonia que envolve arrebentar a tolerância, de um lado, para preservar a pureza, de outro. Concepções assemelhadas levaram o mundo a um holocausto eugênico de consequências conhecidas.
A hostilidade beligerante de Serra em relação a adversários - inclusive os do próprio partido - incorporou definitivamente uma extensão regressiva representada pela restauração do filtro religioso na política. Como recurso de caça ao voto popular, que escapa maciçamente ao programa do PSDB - liquefeito na desordem neoliberal -, é mais uma modernidade que devemos ao iluminismo dos intelectuais de Higienópolis.
O bispo Silas Malafaia foi importado do Rio de Janeiro exatamente com essa finalidade. Veio dizer aos fiéis de São Paulo em quem votar e a quem amaldiçoar. Os critérios escapam aos valores laicos da independência democrática em relação às convicções religiosas. Mas isso não importa à ética de vernissage de certa inteligência paulista. Faz tempo que em certos círculos incorporarou-se a licença do vale-tudo para vencer o PT, a quem se acusa de sepultar os princípios éticos de esquerda...
Serra aperfeiçoa, não inova na promoção do eclipse das consciências e dos valores laicos que sustentam a convivência compartilhada.
Na campanha presidencial de 2010, a água benta da sua candidatura foi o carimbo de 'aborteira' espetado contra Dilma Rousseff. A esposa do tucano, culta bailarina Mônica Serra, pregava nas ruas da Baixada Fluminense, como uma mascate da intolerância: 'Ela (Dilma) é a favor de matar as criancinhas'.
Não era uma voz no deserto. Recorde-se que Dom Bergonzini, um bispo de extrema direita, da zona sul de São Paulo, já falecido, encomendou então 20 milhões de panfletos com o mesmo calibre.
Os impressos falseavam a chancela da Igreja católica para atacar, caluniar e desencorajar o voto na candidata da esquerda nas eleições presidenciais.
Um lote do material foi descoberto na gráfica da irmã do coordenador de campanha de Serra.
A imprensa sem escrúpulos teve então, curiosamente, todo o escrúpulo, omitindo-se de perguntar: - De onde veio o dinheiro, Dom Bergonzini?
Tampouco se cogitou indagar se o bispo e os donos da gráfica tinham contato com outro personagem sombrio da campanha tucana, Paulo Preto - que o candidato da hipocrisia conservadora chamava de 'Paulo afro-descendente'.
Apontado como o caixa 2 da campanha, Paulo, fixemos assim, teria desviado R$ 4 milhões em doações para proveito próprio. Mas compartilhava segredos protegidos por recados ameaçadores: - 'Não se abandona um líder no meio do caminho'. A senha era enfática o suficiente para obrigar Serra a interromper a campanha e convocar os jornais, declarando-o um cidadão acima de qualquer suspeita.
A transformação do eleitor em rebanho, a manipulação do discernimento político pela mídia e o retorno das togas a uma simbiose desfrutável pelo estamento conservador, configuram hoje os requisito de uma sociedade capaz de dar a vitória a Serra neste 2º turno.
Não se trata de uma denúncia. São os ingredientes mobilizados pelo candidato tucano que arredonda assim a biografia com um toque de Tea Party tropical. O pacto da intolerância selado com o eloquente bispo Malafaia ilustra a travessia edificante de um quadro originalmente tido como um zangão 'desenvolvimentista' da colméia neoliberal.
A intelectualidade iluminista que ainda apoia José Serra tem condições de enxergar essa marcha batida que empurra São Paulo para um Termidor de malafaias.
A intelectualidade iluminista tem, sobretudo, a co- responsabilidade nos desdobramentos dessa distopia obscurantista que a candidatura tucana enseja, agrega, patrocina e encoraja. A tentativa algo desesperada de evitar a derrota desenhada em São Paulo tem um preço - os intelectuais honestos que orbitam em torno do PSDB vão rachar essa conta? A ver.
Saul Leblon
No Carta Maior



Aécio perde força em centros urbanos

October 10, 2012 21:00, par Inconnu - 0Pas de commentaire

Principal nome do PSDB para 2014, tucano está quase isolado em Belo Horizonte
Dados como vitoriosos em MG, Aécio e PSDB tiveram agora presença reduzida em cidades relevantes
Estatísticas do primeiro turno das eleições municipais de 7.out.2012 mostram que foi fraco o desempenho do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do seu partido em solo mineiro.
Em 2008, o PSDB e seus aliados venceram as disputas pelas prefeituras de 4 das 10 maiores cidades de Minas Gerais. Agora, aecistas levaram só a capital do Estado e Betim.
Além disso, informa Fabiano Angélico em artigo especial para o Blog, aecistas e PSDB estão fora das disputas de 2º turno em Minas Gerais. Eis a análise:

Tido como grande vitorioso, Aécio Neves perdeu força nas maiores cidades mineiras


Por Fabiano Angélico, pesquisador da FGV-SP

Logo após a divulgação dos resultados das eleições de domingo passado, comentaristas apontaram o senador Aécio Neves (PSDB), ex-governador de Minas Gerais, como um dos grandes vitoriosos.
É verdade que Aécio conseguiu reeleger seu candidato em Belo Horizonte sem a necessidade de segundo turno e contra um ex-ministro de Lula, Patrus Ananias (PT), que teve apoio de Dilma Rousseff. Mas a leitura de que houve um grande triunfo de Aécio Neves parece ter sido apressada.
Em entrevista à Folha publicada na segunda-feira, o cientista político Marcos Nobre já amenizava a vitória do neto de Tancredo: Aécio está acuado em Minas, disse o professor.
Os dados, porém, permitem uma leitura ainda mais desalentadora ao líder do PSDB de Minas: Aécio está acuado em Belo Horizonte.
Das 10 maiores cidades mineiras, que concentram 30% da população e 45% do PIB do estado apenas a capital mineira e Betim, cidade da região metropolitana, estarão no grupo aecista a partir de 2013. E nem mesmo será preciso esperar o 2º turno em Minas para se dimensionar o poder do PSDB e de seus aliados nas maiores cidades do estado: os tucanos e seus aliados estão fora das quatro disputas que ocorrerão no final deste mês.
A comparação do resultado de 20012 com a voz das urnas em 2008 e 2004 demonstra a redução da presença do aecismo nas dez maiores cidades mineiras.
A partir de 2013, os aecistas governarão 2,7 milhões de pessoas, novamente considerando-se as dez maiores cidades de Minas; enquanto os não aecistas administrarão cidades que somam uma população de 3,2 milhões, neste grupo.
Eis o quadro das 10 maiores cidades mineiras para as eleições de 2012:
Os dados, portanto, indicam para uma possibilidade de que o aecismo seja contido a partir de 2013 e que partidos de fora da órbita do PSDB  estejam mais bem posicionados para as eleições de 2014 em Minas.
No Fernando Rodrigues



Eleições: analistas erraram; e eleitores recusaram cabresto

October 10, 2012 21:00, par Inconnu - 0Pas de commentaire



A festa da condenação

October 10, 2012 21:00, par Inconnu - 0Pas de commentaire

Os principais jornais do país celebram na quarta-feira (10/10), com a sobriedade possível, sua vitória no julgamento do processo conhecido como “mensalão”. O ex-ministro José Dirceu, inimigo público número 2 da imprensa, foi condenado como articulador de um esquema de pagamentos a líderes de partidos aliados, nos termos exatos em que fora acusado, nove anos atrás, pelo então deputado Roberto Jefferson, do PTB.
A imprensa comemora a decisão como se representasse a afirmação da maturidade política do Brasil e transforma em heróis os magistrados que cumpriram da maneira que consideraram mais correta sua função institucional.
Entre os vários aspectos técnicos que a decisão jurídica apresenta, e que são selecionados pela imprensa para fundamentar a importância que se dá ao acontecimento, tem posição central a desobrigação do ato de ofício como condição para a condenação por corrupção. Basta que o agente público beneficiado pelo corruptor tenha condições de prestar o favor esperado, para que se configure o crime.
Na fila
Outro detalhe destacado por especialistas consultados pelos jornais se refere à consideração de que, para se configurar o delito de lavagem de dinheiro, basta que o agente suspeite da origem dos valores. A culpabilidade se forma no conjunto das evidências, considerando-se também depoimentos e até mesmo algumas subjetividades, como conversas de cujo teor ninguém, além dos interlocutores, teve conhecimento.
O argumento de que os repasses de dinheiro a dirigentes de partidos aliados nunca configurou um esquema que pudesse ser chamado de “mensalão” caiu por terra na análise desse conjunto, o que demonstra que amadureceu nos últimos meses, por parte da maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal, a predisposição para transformar esse caso num novo paradigma para o julgamento de denúncias envolvendo agentes públicos.
As consequências para a prática da Justiça são evidentes: deve-se esperar, daqui para a frente, que outros casos semelhantes sejam tratados com igual rigor, e que a condenação de personagens como José Dirceu e a banqueira Kátia Rabello seja um sinal de que figuras de grosso calibre não ficarão impunes no futuro.
Outros banqueiros estiveram nessa fila e receberam tratamento muito diferenciado da mesma corte.
Outros políticos e outro “mensalão” esperam sua vez.
Os jornais também discutem, ainda que superficialmente, as consequências da condenação do ex-ministro José Dirceu para o futuro do partido que ajudou a fundar e do qual foi presidente durante a campanha de 2002, que elegeu o ex-presidente Lula da Silva.
A maioria dos textos faz uma relação direta entre a decisão do STF e as chances do candidato petista à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, que vai disputar o segundo turno contra o candidato do PSDB, José Serra, que tem a preferência declarada dos dois principais jornais do estado. No entanto, qualquer coisa que se diga a respeito dessa questão ainda estará no campo subjetivo das opiniões.
Assim como os analistas e os institutos de pesquisa erraram ao prever que Serra disputaria o segundo turno com Celso Russomanno, candidato do PRB, muito do que se diz agora ainda terá que passar pelo teste de realidade. O problema é que a realidade social anda pregando surpresas nos profetas de todo tipo.
A hora dos palpites
A imprensa já dá repercussão a declarações irônicas do candidato tucano, relacionando a decisão do STF a Fernando Haddad. No entanto, essa estratégia pode se revelar inócua, ou, até mesmo, produzir o efeito contrário.
Evidentemente, ao lançar Haddad e conduzi-lo do quase anonimato para a disputa do segundo turno na eleição mais concorrida do país, Lula da Silva demonstra que ainda conta com a admiração da população de renda mais baixa, aquela que mais se beneficiou de suas políticas sociais.
Ao mesmo tempo, ao sacar um candidato que não tem relação histórica com os fundadores do partido – entre os quais aqueles que acabaram condenados pelo STF –, Lula aponta para seus seguidores a possibilidade da refundação do projeto político do Partido dos Trabalhadores, sem o imenso peso da liderança personalista de Dirceu.
Sem os dissidentes mais à esquerda que já se desligaram do núcleo original do PT para fundar suas próprias agremiações, como o PSOL e o PSTU, o projeto socialdemocrata de Lula pode se consolidar junto à nova classe de renda média que compõe a maioria da população e que, segundo o próprio ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o Partido da Socialdemocracia Brasileira não consegue entender.
A condenação de José Dirceu, José Genoíno e outros antigos líderes do PT pode funcionar como uma catarse capaz de levar a militância de volta às ruas.
No jogo dos palpites, esse é um que precisa ser considerado.
Luciano Martins Costa
No Observatório da Imprensa