O vazamento da música de Adele para o novo Bond chacoalha Londres
2 de Outubro de 2012, 21:00 - sem comentários ainda![]() |
Adele |
Londres está ansiosa. A Inglaterra está ansiosa. A Europa está ansiosa. O mundo está ansioso.
Tudo isso por causa do vazamento, hoje, de um trecho da música que Adele fez para Skyfall, o próximo James Bond.
As vitrines da Harrods amanheceram decoradas com o tema de 007 – kitsch grau máximo, como tudo naquela loja.
Vou tentar compartilhar com vocês. Não sei se vou conseguir. Muita gente está postando a música no Youtube, e os vídeos vão sendo retirados pelos zeladores dos direitos autorais. Vou tentar, de toda forma. No pé deste artigo, colocarei o vídeo que estou vendo agora. Se ele tiver removido, basta pesquisar no Youtube – Adele Skyfall – que algum vídeo haverá de estar no ar.
A música é a cara de Adele. É uma canção gorducha, quero dizer. Melódica, doce, com ar de anos 60, o que é bem apropriado quando se trata de um Bond. James Bond.
Adele é a Amy Winehouse que, em vez de beber e se drogar, comeu doce ou muita gordura, talvez as duas coisas juntas com mais carboidrato. O talento é parecido: um ecletismo que permitiu a ambas cantar e, mais que isso, compor.
As duas se inspiraram no passado, no soul americano, nas divas negras que alisavam os cabelos, punham vestidos justos e enfeitiçavam até brancos racistas com o corpo escultural e a voz única, nascida de quem sofreu preconceitos e humilhações raciais por muito tempo.
A diferença é que Amy, tatuada, despenteada, descontrolada, representou o lado desleixado e autodestrutivo das grandes cantoras do passado, como Billie Holiday, morta jovem e na miséria de tanto se drogar. Amy, ao menos para mim, é mais cansativa. Sua voz às vezes soa como a de um carneiro faminto.
Adele não. Ela se veste com apuro, está sempre maquiada, seu rosto é rosado nas bochechas balofas.
Adele, se fosse mais magra, poderia ser até uma Bond girl. Amy só poderia ser Lisbeth Salander no cinema.
Ouvi a música três vezes. É o bastante. Não vou baixar. E não vou ver o filme, porque James Bond é chato pra caramba – nem Sean Connery conseguiu salvar.
Paulo NogueiraNo Diário do Centro do Mundo
Os últimos movimentos dos eleitores paulistanos
2 de Outubro de 2012, 21:00 - sem comentários aindaAs últimas pesquisas e trackings mostram os seguintes movimentos:
1. Há uma perda acentuada de votos de Russomano, que tende a se aproximar de Fernando Haddad e José Serra.
2. Esses votos não estão beneficiando especificamente um candidato, mas se distribuindo por todos.
3. Há um crescimento maior de Gabriel Chalita, mas não a ponto de disputar o segundo lugar.
4. Haddad continua à frente de Serra, mas por poucos corpos. Analistas mais próximos a João Santana continuam apostando na tendência de alta de Haddad e de queda de Serra. O último tracking do PT apontou dois pontos de vantagem de Haddad - dentro do empate técnico.
Luis NassifNo Advivo
Dilma veio meter o bico em SP. Chora, Serra!
2 de Outubro de 2012, 21:00 - sem comentários ainda“Haddad é um realizador de sonhos”, diz Dilma
A presidenta Dilma participou nesta segunda-feira do Grande Comício de Fernando Haddad, mostrando seu apoio ao candidato do PT. Foi o maior evento da campanha nas ruas, que tomou a Praça Brasil, em Itaquera, na zona leste. Dilma dividiu o palco com Haddad, a mulher dele, Ana Estela, o presidente Lula, a ministra Marta Suplicy (da Cultura), a candidata a vice Nádia Campeão, o ministro Aloizio Mercadante (da Educação), o senador Eduardo Suplicy, além de outras lideranças do PT.
Dilma começou respondendo a ataques de adversários. “Estou metendo meu bico aqui. São Paulo é um lugar onde moram milhões de brasileiros. Não tem como dirigir o Brasil sem meter o bico em São Paulo.” E alertou: “Quem vive falando mal dos outros, a gente deve ficar de olho aberto. São intolerantes, não respeitam os outros. Esse pessoal não é o nosso pessoal. O nosso é como o presidente Lula, que lutou e defendeu os pobres. Lutou e defendeu o Brasil”.
Depois, Dilma destacou a gestão de Haddad no Ministério da Educação. “Eu vim aqui prestar um testemunho. Fernando Haddad é um companheiro de fé. Ele provou isso na prática. As pessoas que não tinham esperança passaram a ter. A filha da faxineira virou doutora. Ele fez com que cada um consiga o que é mais importante: realizar seus sonhos. Esse é o Fernando Haddad, um realizador de sonhos.”
Segundo Dilma, com Haddad, “São Paulo crescerá, se desenvolverá, mas, sobretudo será uma cidade muito mais humana”.
A presidenta também ressaltou o histórico legado do presidente Lula. “Se tem um homem neste país que fez a diferença, esse homem se chama Luiz Inácio Lula da Silva. Um homem que o mundo inteiro respeita. Está no coração de todos os brasileiros, porque merece. Ele mudou o nosso país. Tenho muito orgulho de suceder o Lula. Ele deixou uma herança bendita. E não há quem mude o fato de que ele fez o melhor governo que nós podíamos ter nesse país. Ninguém vai tirar de nós essa herança.”
Dilma também deu seu próprio exemplo na eleição presidencial. “Assim como o presidente Lula me ajudou a ser presidenta do Brasil, eu venho aqui ajudar o Haddad. Um homem decente, honesto, trabalhador.”
Já Haddad falou de seus projetos para a cidade e disse que é hora de os eleitores saírem às ruas e batalharem por uma nova São Paulo. “Vamos usar o tempo para conversar com nosso vizinho, nosso colega de trabalho, nosso parente. Sobretudo com aquela pessoa que está indecisa, explicando a diferença entre o nosso plano de governo e a ausência de propostas dos outros candidatos. Temos agora que convencer os indecisos a vir para o nosso lado, a votar 13 no domingo.”
O candidato contou como vai funcionar seus principais planos nas áreas da saúde, da educação, do emprego e do transporte. “O Bilhete Único Mensal não substitui o da Marta, que vai continuar funcionando normalmente. Você não é só trabalhador, você é cidadão. Você tem direito ao esporte, ao lazer, à cultura. Vocês vão agora poder circular pela cidade com liberdade. Esta cidade tem muita riqueza, muita cultura, muita coisa para descobrir. Queremos que você circule por ela, para aproveitá-la ao máximo.”
Lula também pediu à militância que saia às ruas nesta reta final. “Nós temos amanhã, quarta, quinta, sexta e ainda sábado para trabalhar. No dia 7 de outubro, a gente não tem apenas que trabalhar e votar, mas pedir para os nossos vizinhos que votem no Fernando Haddad.”
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Em Itaquera, onde se constrói o estádio do Corinthians para abrir a Copa |
Lula: "Foi uma honra ser contemporâneo e conviver com Hobsbawm"
2 de Outubro de 2012, 21:00 - sem comentários ainda![]() | ||
Lula e Hobsbawm, durante encontro em abril do ano passado Ottoni Fernandes/Instituto Lula |
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou nesta segunda-feira (1º) uma mensagem a Marlene Schwartz, viúva do historiador Eric Hobsbawm, que morreu nesta segunda-feira em Londres, aos 95 anos. Um dos intelectuais mais influentes da segunda metade do século 20, Eric Hobsbawm elogiou e incentivou publicamente o governo Lula em várias ocasiões. Para o ex-presidente, o historiador foi “um dos mais lúcidos, brilhantes e corajosos intelectuais do século 20”.
Leia abaixo a mensagem na íntegra:
São Paulo, 1° de outubro de 2012
Prezada Senhora Marlene Schwartz
Acabo de receber, com profunda tristeza, a notícia do falecimento do seu marido, o querido amigo Eric Hobsbawm, um dos mais lúcidos, brilhantes e corajosos intelectuais do século 20.
Desde que o conheci pessoalmente, muitos anos atrás, recebi de Eric, como ele preferia que eu o tratasse, incontáveis manifestações de estímulo à implantação de políticas que incorporassem os trabalhadores aos benefícios e à riqueza produzidos pelo conjunto da sociedade brasileira.
Ao longo da última década, li com um sentimento de orgulho as entrevistas em que ele atribuía ao nosso governo a responsabilidade por “mudar o equilíbrio do mundo e levar os países em desenvolvimento para o centro da política internacional”.
Quatro meses atrás, poucos dias antes de completar 95 anos, Eric Hobsbawm enviou-me, por um amigo comum, uma carinhosa mensagem. “Diga ao Lula para seguir lutando pelo Brasil”, disse ele, “mas não se esquecer jamais da sofrida África”. A partir de agora meu comprometimento com os irmãos africanos passará a ser, também, uma homenagem à memória de seu marido.
Mais que um privilégio, foi uma honra ser contemporâneo e ter convivido com Eric Hobsbawm.
Receba e, por favor, transmita aos filhos, netos e bisnetos dele as minhas homenagens.
Luiz Inácio Lula da Silva
Prezada Senhora Marlene Schwartz
Acabo de receber, com profunda tristeza, a notícia do falecimento do seu marido, o querido amigo Eric Hobsbawm, um dos mais lúcidos, brilhantes e corajosos intelectuais do século 20.
Desde que o conheci pessoalmente, muitos anos atrás, recebi de Eric, como ele preferia que eu o tratasse, incontáveis manifestações de estímulo à implantação de políticas que incorporassem os trabalhadores aos benefícios e à riqueza produzidos pelo conjunto da sociedade brasileira.
Ao longo da última década, li com um sentimento de orgulho as entrevistas em que ele atribuía ao nosso governo a responsabilidade por “mudar o equilíbrio do mundo e levar os países em desenvolvimento para o centro da política internacional”.
Quatro meses atrás, poucos dias antes de completar 95 anos, Eric Hobsbawm enviou-me, por um amigo comum, uma carinhosa mensagem. “Diga ao Lula para seguir lutando pelo Brasil”, disse ele, “mas não se esquecer jamais da sofrida África”. A partir de agora meu comprometimento com os irmãos africanos passará a ser, também, uma homenagem à memória de seu marido.
Mais que um privilégio, foi uma honra ser contemporâneo e ter convivido com Eric Hobsbawm.
Receba e, por favor, transmita aos filhos, netos e bisnetos dele as minhas homenagens.
Luiz Inácio Lula da Silva