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Daniela

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14 de Junho de 2012, 21:00 , por Daniela - | No one following this article yet.

A guerra da Veja contra o retorno de Lula

16 de Setembro de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

 
Do ponto de vista político, a pauta da Veja, já devidamente abraçada pela oposição ao governo federal, parece ter um objetivo claramente definido. No momento em que Lula começa a voltar aos palanques, nas campanhas das eleições municipais, e em que o STF começará a julgar os réus do chamado “núcleo político do mensalão”, a tentativa é de colar uma coisa na outra. Colunistas políticos repercutiram amplamente supostas declarações de Marcos Valério. “Nada impede que uma denúncia seja feita contra Lula mais adiante”, sugeriu Merval Pereira, de O Globo.
A revista Veja publicou neste final de semana mais uma de suas bombásticas “denúncias” contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: “Marcos Valério envolve Lula no mensalão”, diz a publicação. Quase que imediatamente, os colunistas políticos de sempre passaram a reproduzir a “informação” da revista. Cristiana Lôbo tuitou sábado à tarde: “Está instalada a polêmica sobre entrevista de Marcos Valério à Veja. Diz que Lula sabia e que PT deu garantias de punição branda por silêncio”. Detalhe: não havia nenhuma “entrevista de Marcos Valério” na revista. E a própria Veja dizia isso: a reportagem foi “feita com base em revelações de parentes, amigos e associados”.
O jornalista Ricardo Noblat foi outro que passou a tarde de sábado repercutindo a “denúncia” da revista. Ainda no sábado veio o desmentido do advogado de Valério: “O Marcos Valério não dá entrevistas desde 2005 e confirmou para mim hoje que não deu entrevista para a Veja e também não confirma o conteúdo da matéria”, disse Marcelo Leonardo. Noblat não seu deu por vencido e, pelo twitter, reclamou dos termos do desmentido: “O advogado de Valério diz que seu cliente não confirma as informações publicadas pela Veja. Por que não disse que Valério as desmente?”. Entusiasmado, o imortal Merval Pereira (O Globo) afirmou em um artigo intitulado “Valério acusa Lula”: “os estragos políticos são devastadores, e nada impede que uma denúncia seja feita contra Lula mais adiante”. Merval não mencionou o desmentido oficial do advogado de Valério.
A tese do “domínio final do fato”
A Folha de S.Paulo correu para dar voz a José Serra que classificou as “denúncias” como graves e defendeu a abertura de investigações. Merval Pereira, fazendo às vezes de jurista, manifestou esperança na tese do “domínio final do fato”, que levou o Procurador-geral Roberto Gurgel a acusar José Dirceu como “o chefe da quadrilha do mensalão”. O jornalista de O Globo escreveu: “Alguns ministros do Supremo deixaram escapar, no início do julgamento, que pela tese do domínio final do fato, se a cadeia de comando não terminasse no ex-ministro José Dirceu, teria forçosamente que subir um patamar e atingir o ex-presidente Lula”.
Já o colunista político Fernando Rodrigues, da Folha de S.Paulo preferiu explorar as possíveis consequências políticas da matéria nas eleições municipais deste ano. Ele escreveu sábado em seu blog: “Do ponto de vista jurídico, o efeito pode ser nulo. O processo do mensalão está em fase de julgamento e não serão mais acrescentadas provas. Do ponto de vista político, a reportagem da revista Veja desta semana pode ter grande impacto na reta final das eleições municipais, sobretudo nas grandes cidades nas quais o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem interesse direto, junto com o PT, em garantir vitórias para alavancar a sigla em 2014”.
Merval: “nada impede uma nova denúncia”
Mais uma vez, o circuito da “informação” funcionou e o assunto ganhou ampla repercussão pelos “formadores de opinião” de plantão. O funcionamento desse circuito é um tanto peculiar. Denúncias com base factual muito forte, como aquelas relacionadas às ligações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com a revista Veja, são solenemente ignoradas. Qualquer denúncia publicada pela revista Carta Capital recebe o mesmo tratamento silencioso. Mas qualquer denúncia da Veja é rapidamente repercutida. Os jornalistas citados acima sequer se dão ao trabalho de dar alguma justificativa para esse comportamento seletivo. Ele parece estar inserido, para usar a tese cara a Merval Pereira no “domínio final dos fatos”. Mas essas observações, é claro, são carregadas de uma certa ingenuidade. Não há razões para supresas nem espantos quanto ao funcionamento desse mecanismo de repercussões.
O artigo de Merval Pereira não deixa nenhuma dúvida sobre o que seria esse “domínio final dos fatos”, ou melhor, quem seria: Luiz Inácio Lula da Silva. O site Brasil 247 afirmou, na tarde de domingo, em texto intitulado “Globo antecipa próxima etapa do golpe contra Lula”: “No seu artigo deste domingo, Merval Pereira toma como verdade a “entrevista” de Veja com Marcos Valério, já negada pelo publicitário, e avisa: ‘Nada impede que uma nova denúncia seja feita mais adiante’. Ou seja: com alguns companheiros condenados e outros presos, Lula terá uma espada no pescoço”. Em outra matéria (“Civita deflagra operação para colocar Lula na cadeia”), o Brasil 247 sustentou que o objetivo da Veja é transformar Lula em réu no STF e impedir que ele volte à concorrer à Presidência da República.
Cristiana Lôbo pede explicações a Noblat
No início da noite de domingo, Cristiana Lôbo pediu a Ricardo Noblat, mais uma vez pelo twitter, para que ele explicasse em que pé estava o assunto: “Passei o fim de semana em Goiânia e não entendo mais a polêmica sobre a não entrevista de M. Valério. Você pode me explicar @BlogdoNoblat?” E Noblat explicou do seguinte modo (em três tuitadas sucessivas), introduzindo uma novidade, a existência de uma suposta gravação com Marcos Valério: “Veja entrevistou Valério. O advogado dele foi contra. Combinou-se de apresentar a entrevista como conversas de Valério com outras pessoas. E assim saiu a matéria. Ocorre que o advogado de Valério desmentiu que ele tivesse dito o que a Veja publicou. Aí ficou parecendo que a Veja teria inventado coisas e atribuído a Valério. Por isso a direção da revista decide se divulga a fita”.
Do ponto de vista político, a pauta da Veja, já devidamente abraçada pela oposição ao governo Dilma, parece ter um objetivo muito claramente definido. No momento em que Lula começa a voltar aos palanques, nas campanhas das eleições municipais, e em que o STF começará a julgar os réus do chamado “núcleo político do mensalão”, a tentativa é de colar uma coisa na outra. No final da noite de domingo, o Brasil 247 publicou a seguinte síntese sobre o caso, deixando um conselho para o ex-presidente Lula: “No momento em que retorna aos palanques, Lula é alvo de uma tentativa de golpe preventivo. O recado que os opositores transmitem é: “se voltar levará chumbo”. Diante do ataque organizado, o ex-presidente só tem uma alternativa, que é lutar para não ser devorado pelos adversários”.
Marco Weissheimer
No RS Urgente



ACM Neto é afrontado por uma moradora na periferia de Salvador

16 de Setembro de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

No Brasil! Brasil!



Veja confessa: não há entrevista!

16 de Setembro de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

A “carta ao leitor” da Veja, que equivale ao editorial da revista, traz uma informação que até agora passou meio despercebida, mas que tem excitado alguns internautas – principalmente os trogloditas da direita. O publicitário Marcos Valério deu ou não uma entrevista exclusiva à publicação, confirmando a tese alardeada na reportagem de que “Lula era o chefe” do mensalão? “Valério não quis dar entrevista sobre as acusações diretas do envolvimento de Lula que ele vem fazendo”, garante o diretor da Veja, Eurípedes Alcântara.
O serviçal da famiglia Marinho pode até estar blefando, fazendo mistério. Mas tudo indica que a entrevista realmente não existiu e que a revista novamente se baseou em boatos e fofocas na linha da escandalização da política, visando vender mais exemplares e interferir na disputa política e eleitoral em curso no país. Se a entrevista existisse, ela seria publicada na íntegra. Mesmo assim, não comprovaria nada. Seria a opinião do publicitário Marcos Valério, já condenado no tribunal de exceção do chamado “mensalão do PT”.
Lula e a excitação dos golpistas 
Na “carta ao leitor”, intitulada “Lula era o chefe”, Eurípedes Alcântara faz um grande esforço para recuperar a credibilidade da Veja. O artigo é pura apologia da desgastada revista, coisa típica de um funcionário do alto escalão que tenta justificar seu salário. Para ele, a revista é um bastião da ética. “Veja se orgulha de ter desempenhado um pa­pel fundamental em mais esse processo de depuração da vida política nacional”. Ele só não explica as ligações da Veja com a quadrilha de Carlinhos Cachoeira, reveladas nas gravações da PF.
O texto também confirma o ódio doentio que a famiglia Civita nutre contra Lula – o ex-operário que chegou à Presidência da República num país que sempre foi comandado pelas elites. A mesma revista que tentou esconder as revelações do livro “A privataria tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., garante que durante o governo Lula “a podridão su­biu a rampa do Palácio do Planalto e se instalou nas imediações e até no próprio gabinete presiden­cial”. Para comprovar a sua tese golpista, ela não vacila em explorar boatos e fofocas.
“Reportagem exclusiva desta edição do editor Rodrigo Rangel, da sucursal de Brasília, feita com base em revelações de Marcos Valério a parentes, amigos e associados, reabre de forma incontornável a questão da participação do ex-presidente no mensalão. “Lula era o chefe”, vem repetindo Valério com mais frequência e amargura... Valério não quis dar entrevista sobre as acusações diretas do envolvimento de Lula que ele vem fazendo. Mas não desmentiu nada”. Pronto! Está criado o fato para justificar o fuzilamento de Lula!



Charge online - Bessinha - # 1470

16 de Setembro de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda



Veja é exemplo de manipulação nefasta para fins inconfessáveis

16 de Setembro de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Exemplos nefastos da manipulação e da falta de compromisso com a verdade dos fatos e com seus leitores.  The Sun, ao menos, 23 anos depois se desculpou por ter publicado com estardalhaço relatório falso sobre tragédia no futebol inglês.  E Veja?
Veja mais uma vez cria embuste [leia aqui e aqui os últimos embustes] para, sete anos depois, tentar levar Lula para o centro do mensalão e atacar o PT, como sempre ocorre a cada dois, entre agosto e outubro. Não é coincidência.
Desta vez o semanário dos Civita estampou na capa uma suposta afirmação de Marcos Valério sobre não ter dito nada de Lula sobre a crise de 2005, ainda.
Ocorre que o advogado de Marcos Valério afirmou ainda que seu cliente "não confirma" as informações divulgadas pela Veja, "O Marcos Valério não dá entrevistas desde 2005 e confirmou para mim hoje que não deu entrevista para a Veja e também não confirma o conteúdo da matéria". 
A revista alega que fez matéria baseada em depoimentos de amigos e familiares de Valério. 
O que impressiona é a qualidade do lixo jornalístico que esta revista se propõe a comercializar, paga por assinantes, poucos compradores nas bancas e sustentada, fortemente, por publicidade governamental, como do governo tucano de São Paulo.
A tragédia de Hillsborough e a farsa montada pela polícia e pelo The Sun
Em 1989, a Grã-Bretanha assistiu em choque às imagens angustiantes de torcedores jovens esmagados contra as grades de metal, corpos deitados no campo e espectadores usando painéis publicitários de madeira como macas improvisadas em uma tarde quente de primavera.
O relatório, divulgado após uma investigação de dois anos sobre as mortes, apontou que a polícia havia tentado culpar os torcedores do Liverpool, retratando-os como agressivos, bêbados e sem ingressos, e tentando encher um estádio já lotado.
Alguns jornais, assim como David Cameron, primeiro ministro britânico, se desculparam com o povo sobre a farsa montada pela polícia e corroborada pela imprensa.
Em 1990 foi publicado o Taylor Report, o relatório oficial do governo aos acontecimentos que resultaram na tragédia. Nele se leu que os torcedores do Liverpool eram os culpados, devido ao uso abusivo de álcool que teriam provocado tal violência.
Durante anos os torcedores do clube protestaram e rejeitaram o relatório. 
À época, o tablóide The Sun fizera, com o título ‘A Verdade’, a capa da sua edição que mostrou as conclusões do relatório manipulado.
E só em 2009, um outro, elaborado por um painel independente, refutou aquelas conclusões, alegando que o primeiro relatório foi adulterado pelo governo – então liderado por Margaret Tatcher -, para imputar a culpa para a torcida do Liverpool presente naquela ocasião.
O Daily Telegraph resumiu o que o mais recente relatório desmentiu acerca do primeiro: a polícia pesquisou os registos criminais das vítimas para impugnar a sua reputação; que 116 dos 164 relatórios de agentes foram alterados para remover comentários desfavoráveis e que nunca houve provas de que os adeptos do Liverpool estariam sob a influência de bebidas alcoólicas.
O diário The Sun demorou 23 anos para se pronunciar sobre o fato e pedir desculpas ao povo de Liverpool, apesar de em 2009 já haver fortes indícios da manipulação. O fato é que naquela região de Londres onde ocorreu a tragédia o jornal sofreu boicotes por parte dos leitores e viu sua venda despencar de cerca de 200 mil exemplares diários para cerca de 20 mil!
Veja é ainda pior que The Sun...
O que se pode observar em ambos os casos é a predisposição de setores ultraconservadores da imprensa, tanto aqui, liderados por Veja, quanto em Londres, para manipular e vender seus exemplares contendo factóides e leviandades como suprema verdade ou opinião publicada.
Durante o julgamento do mensalão Luiz Gushiken foi inocentado de todas as acusações que pesavam contra ele. Mas não se viu nenhuma chamada que apresentasse o personagem político redimido e justiçado pela sua inocência. O que ficou foram dezenas de matérias negativas quanto a sua imagem e que o marcaram desde então.
Além da má fé e da prática do jornalismo como arma política de intimidação e difamação, a Veja, há bastante tempo, engana seus leitores e causa prejuízo aos seus assinantes ao estampar mentiras e fatos que não se comprovam, construindo uma realidade muito peculiar dos fatos.
Quanto custa a sociedade sustentar uma publicação que distorce a história e entrega aos jovens pensamentos ultraconservadores e os apresenta como valores progressivos?