Paraguaios se levantam contra golpe de Estado
20 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaA sociedade paraguaia está recorrendo a todos os meios, inclusive as redes sociais, como o Facebook, para tentar barrar o que eles consideram um golpe de Estado contra a presidência de Fernando Lugo.
Segundo informam a resistência paraguaia, que se levanta contra o pedido de impeachment de Lugo no Congresso, esta é a vigésima quarta vez que a maioria colorada e oviedista tenta derrubar o presidente democraticamente eleito.
Depois da operação Gilmar, a Operação Toffoli pelo Globo
20 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaPrimeiro, a operação que emprenhou Gilmar Mendes pelo ouvido - levando-o à explosão inconsequente e à antecipação do julgamento do "mensalão". Agora, a Operação Toffolli, visando constranger o Procurador Geral e provocar o impedimento de Tofolli para o julgamento. Em ambos os casos, O Globo.
O "mensalão" merece um julgamento severo e técnico. Mas a interferência da mídia no processo ultrapassa qualquer limite de bom senso. Comporta-se como o poder maior da República, de fato.
A lista em questão é aberta a todos os procuradores e contem todos os tipos de emails e comentários. Alguns deles referem-se diretamente à coluna Radar, da Veja, como veículo de estratégia midiática de Carlinhos Cachoeira, por exemplo. Em outras áreas, espaço para bate papos. Ao todo, mais de 200 emails por dia.
O que o jornal faz é selecionar parte dos comentários - que representa pensamento de ALGUNS procuradores -, e apresentar como se fosse a opinião DOS procuradores. Muito embora haja um sentimento contrário à presença de Toffoli, é evidente uma enorme forçada de barra.
Há motivos para questionar a presença de Tofoli, como motivos mais que evidentes para questionar a isenção de Gilmar Mendes. Mas o viés do noticiário mostra uma compulsão de interferir no julgamento que atropela normas básicas de direito.
Luis Nassif
No Advivo
Mensalão: procuradores querem Toffoli fora do julgamento
Grupo mandou a Gurgel motivos que tornariam ministro impedido de julgar caso
Júnia Gama
BRASÍLIA - Procuradores da República estão pressionando o procurador-geral, Roberto Gurgel, para que peça o impedimento do ministro José Antônio Dias Toffoli no julgamento do mensalão. O grupo já preparou uma sustentação teórica defendendo que Toffoli deve ser declarado impedido e manda recados para que Gurgel interceda. Os procuradores manifestam incômodo com a atitude do procurador-geral no caso, porque avaliam que ele deveria ter atuado nesse sentido, já que a permanência de Toffoli, na avaliação deles, pode prejudicar o julgamento.
O GLOBO teve acesso a e-mails trocados pelos procuradores em um sistema de rede interna do Ministério Público. Nas mensagens, procuradores enumeram fatos jurídicos para sustentar o impedimento de Toffoli.
Para uma procuradora ouvida pelo GLOBO, apesar do que já saiu na imprensa, Toffoli parece não se constranger. Essa integrante do MPF diz que Gurgel tem ciência dessa discussão entre os colegas, porque participa da rede de e-mails que discute os mais variados assuntos.
— Esperamos que ele atenda o nosso pedido de provocar a suspeição do ministro neste julgamento — disse a procuradora da República, que pediu para não ser identificada.
Entre os pontos destacados pelos procuradores está a atuação de Toffoli como advogado do PT à época em que ocorreram os primeiros fatos denunciados — os empréstimos feitos por Marcos Valério para saldar dívidas do PT. Depois de ser advogado do partido, Toffoli foi subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, em uma sala contígua à do então ministro José Dirceu, hoje réu no processo.
O terceiro fator de suspeição seria a atuação da namorada do ministro, a advogada Roberta Rangel, na defesa de réus do processo do mensalão. Os procuradores apontam "vastas provas da ligação visceral de Toffoli com José Dirceu e outros réus também integrantes da cúpula".
"De todos os ministros indicados por Lula para o Supremo, Toffoli é o que tem mais proximidade política e ideológica com o presidente e o partido. Sua carreira confunde-se com a trajetória de militante petista. Essa simbiose é, ao fundo e ao cabo, a única justificativa para encaminhá-lo ao Supremo", diz uma das mensagens.
— É preciso uma decisão rápida sobre a participação do ministro Dias Toffoli no julgamento do mensalão, para que sejam afastadas as sombras de especulações de se tratar de um julgamento político. Em prol da boa técnica de um julgamento isento, esse é um tema sobre o qual o Supremo Tribunal Federal precisa ostensivamente decidir — afirma o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Alexandre Camanho.
Toffoli tem dito que não decidirá agora se vai ou não se declarar impedido. Gurgel não comentou as cobranças dos colegas.
Tourinho manda soltar braço direito do bicheiro Cachoeira
20 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaDesembargador Tourinho Neto, que concedeu habeas corpus ao contraventor, mandou soltar Gleyb Ferreira da Cruz, apontado como auxiliar do esquema de jogos ilegais; segundo o desembargador, mesmo ilegais, os jogos de azar são “largamente aceitos” pela sociedade
O desembargador Fernando Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF1), mandou soltar nest quarta-feira (20) Gleyb Ferreira da Cruz, suposto braço direito do esquema criminoso liderado por Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Gleyb está preso desde 29 de fevereiro como resultado da Operação Monte Carlo, que apurou esquema de corrupção e exploração ilegal de jogos no Centro-Oeste.
Gleyb é apontado nas investigações como laranja de empreendimentos de Cachoeira. Ele também aparece em interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal como o elo entre o empresário e o delegado da Polícia Federal Deuselino Valadares, acusado de ser sócio de Cachoeira em uma empresa de segurança.
Na decisão em que manda soltar Gleyb, o desembargador relativizou a suposta atividade ilegal do grupo. Segundo Tourinho, mesmo ilegais, os jogos de azar são “largamente aceitos” pela sociedade. Tourinho disse que o estado de Goiás editou duas leis que autorizavam a exploração de jogos de azar e que só em 2007 o STF derrubou a prática. “Veja-se que muitos setores da sociedade defendem a legalização dos jogos de azar, visto que a prática é largamente aceita pela sociedade em geral, ainda que seja ilegal”, ressalta em trecho da decisão.
Tourinho também entende não existe crime de formação de quadrilha para pessoas que exploram jogos de azar, lembrando que o principal crime imputado a Gleyb é justamente o da contravenção. Segundo apurações da Polícia Federal, o auxilar de Cachoeira era “laranja” em empreendimentos do empresário e era considerado seu braço direito.
Apesar de ter conseguido habeas corpus no TRF, Gleyb da Cruz não poderá ser solto porque é alvo de outro mandado de prisão, segundo confirmou o Ministério Público do Distrito Federal. Ele é acusado de participar de esquema de fraude na área de transporte público no Distrito Federal. É a mesma situação vivida por Cachoeira, que continua preso em Brasília após ter conseguido alvará de soltura da Justiça Federal.
Desencontros
20 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaMe desencontrei algumas vezes com ele. Quando cheguei no Rio em 1962 — sem emprego, sem dinheiro, sem perspectivas, mas com amigos — a Clarice Lispector se ofereceu para marcar um encontro meu com ele. Talvez houvesse algo para mim na agência em que ele trabalhava — ou dirigia, não me lembro mais. Também não me lembro se cheguei a falar com ele por telefone. Acho que não, e que nunca sequer ouvi a voz do Ivan Lessa. De qualquer maneira, o encontro não aconteceu.
Depois, na minha convivência esporádica com o Millor, o Jaguar, o Ziraldo, o Tarso e outros na época do “Pasquim”, por alguma razão o Ivan nunca apareceu. Estava sempre para chegar ou tinha acabado de sair. Anos mais tarde um grupo foi convidado a ir a Portugal — Millor, os Caruso, Aroeira, eu e outros — para uma exposição de cartuns, se não me falha de novo a memória. Estávamos hospedados num hotel de Estoril e foi anunciado que o Ivan Lessa, que vivia em Londres, estava na terra, onde vivia sua mãe, e iria se encontrar conosco no hotel.
Finalmente, pensei. O mito vai virar gente e eu vou poder conhecê-lo e dizer como o admiro. Mas me convocaram para uma entrevista ou coisa parecida em Lisboa justamente na hora da visita dele. Foi nosso último desencontro. Agora não tem jeito. Fiquei só com o mito.
CHEGA
O Ivan Lessa pouco depois do Millor... Este está sendo, definitivamente, um ano mal-humorado.
REALPOLITIKAGEM
“Realpolitik” é um termo conveniente para desculpar o baixo oportunismo, contradições ideológicas e calhordice em geral. O termo nasceu na Alemanha e tem uma longa história, sendo invocado sempre que um acordo ou um arranjo politico agride o bom-senso ou a moral. Há uma graduação na “realpolitik” que vai do tolerável (uma acomodação com o vizinho do lado para assegurar a paz no prédio, mesmo tendo que aceitar o cachorro) ao indefensável (o pacto Stalin/Hitler no começo da Segunda Guerra Mundial, por exemplo). É difícil saber onde colocar o pacto Lula/Maluf nessa escala. O hipotético acordo com o vizinho é um sacrifício pelo entendimento e o Stalin estava tentando ganhar tempo até ter um exército. No acordo com o Maluf trocou-se uma história e uma coerência por um minuto e pouco a mais de espaço para o candidato do PT na TV. Ó Lula!
Luís Fernando Veríssimo
Advogado de Demóstenes confirma viagens com o bicheiro
20 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaO Ministério da Justiça enviou à Comissão Parlamentar de Inquérito dados que mostram que o senador e sua mulher, Flávia, viajaram pelo menos duas vezes para os Estados Unidos ao lado de Cachoeira
O Ministério da Justiça enviou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira dados que mostram que o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) e sua mulher, Flávia, viajaram pelo menos duas vezes para os Estados Unidos ao lado do bicheiro.
O advogado do senador, Antonio Carlos Almeida Castro, confirmou a informação. Em janeiro de 2011, os dois viajaram ao lado de outras 20 pessoas para participar do aniversário de um empresário goiano em Miami.
Castro alega, no entanto, que na segunda viagem relatada à CPI, ocorrida em fevereiro deste ano, o senador não estava presente, apenas sua mulher, "por ser amiga de Andressa Mendonça, esposa do bicheiro". Para a defesa, não há nada de ilegal nas viagens. "Eles tinham uma relação pessoal", disse.
No 247