ACM Neto, o último pingo do carlismo, decidiu processar Manno Góes depois de ser esculachado por dar um calote de 30 milhões de reais em direitos autorais devidos a compositores - baianos ou não - que têm suas músicas utilizadas nas campanhas e festas promovidas pela prefeitura de Salvador.
Manno, um dos maiores compositores e uma das raras vozes críticas da música baiana, chamou Neto de "anão moral" e "caloteiro". Nada de novo no front.
"Anão" é o apelido do prefeito na lista de pagamentos da Odebrecht. Ao inserir o "moral", Manno ainda lhe fez a gentileza de julgar-lhe pelo caráter, não pela estatura física - o que, sabemos, não é demérito nenhum.
Caloteiro, como todos sabem, é quem dá calote. Acho que essa parte não é preciso explicar.
O valente alcaide, pois, achou por bem processar Manno. Confia, certamente, nas frutas podres do Judiciário alinhadas à criminalização de opositores de esquerda.
Quem sai aos Magalhães, sempre degenera.
Por Leandro Fortes.