Para garantir alimentos de qualidade e nutritivos para estudantes da rede estadual de ensino, o Governo do Estado destinou R$ 410 milhões para a alimentação escolar, no ano letivo de 2024, sendo R$ 92 milhões por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
Lenira Figueiredo, diretora-geral do Núcleo Territorial de Educação (NTE), do Sudoeste Baiano, demonstrou entusiasmo pela ampliação dessa ação. "Nós somos grandes entusiastas da agricultura familiar e da boa alimentação das escolas. Acho que nossos estudantes merecem. Essa parceria em que os nossos diretores podem de fato ver o produto e fazer negócio nessa feira é muito importante e superou, em muito, as nossas expectativas, porque os agricultores atenderam ao nosso chamado e os diretores também".
Ellen Caires, diretora do Colégio Estadual José Moreira Cordeiro, do município de Cordeiros, ressaltou que esse evento foi importante para que gestores e gestoras da rede estadual de ensino pudessem conhecer outros produtos para ampliar a quantidade de produtos da agricultura familiar e melhorar a alimentação escolar. "Nós já utilizamos produtos in natura, farinha de mandioca, biscoitos, tapioca, polvilho azedo, e adquirimos direto dos produtores. Isso faz com que a alimentação escolar ganhe em qualidade".
Celene Marinho, da Associação Vila Corina, do município de Encruzilhada, falou sobre a importância dessa parceria com o Estado, no âmbito do PNAE, que viabiliza o escoamento da produção e incentiva a diversificação das culturas. Hoje, a associação produz aipim, mandioca, café, abóbora, melancia, cenoura, tomate, que antes não produzia, e passou a produzir e a entregar para as escolas. Ela ressaltou que o preço pago pelo Estado é justo.
"É um incentivo para homens e mulheres e também para os nossos jovens, filhos de agricultores e agricultoras, para continuarem o trabalho no campo. Nós somos muito importantes, porque nós, da agricultura familiar, somos responsáveis de colocar na mesa do consumidor 70% dos alimentos consumidos", enfatizou Celene.
O diretor do Colégio Estadual de Ribeirão do Lago, Higgo Lopes, ressaltou o quanto esses produtos da agricultura familiar têm feito diferença na alimentação de estudantes. "Desde 2009, com a obrigação da gente contratar 30% do mínimo da agricultura familiar, a gente viu um avanço na qualidade nutritiva da alimentação dos nossos alunos. Hoje, a gente aplica 100% do recurso na agricultura familiar e a gente vê um ganho substancial no dia a dia da escola. A gente consegue oferecer uma alimentação mais nutritiva, mais saudável e, ao mesmo tempo, a gente consegue fazer com que o agricultor também produza e tenha a garantia de que seu produto vai ser adquirido pela nossa escola".
Participaram do evento Miro Conceição, professor da Universidade Estadual do Sudoeste Baiano (UESB), a equipe da CAR no território Sudoeste, Simone Araújo, da Assessoria de Planejamento e Gestão (APG), da SDR e representantes de associações e cooperativas de diversos municípios do território Sudoeste.
Foto: Marta Medeiros.