Mas é fora dos estúdios que Ana também se destaca. Em entrevista ao Blog do Dimas Roque, ela reafirmou seu compromisso com a esquerda e com o voto consciente, “a gente sai com o coração, sempre com o amor na frente, defendendo justiça, igualdade, equidade social e os valores que eu acredito do coração também.” A cantora reconhece os desafios enfrentados por quem se posiciona politicamente, mas não recua, “foi complicado, sim. Mas estamos aí sempre.”
Sua relação com o Nordeste é de afeto e reconhecimento. “Sempre senti muito essa presença da esquerda aqui. Fico bastante feliz com a consciência do voto político. Arte e cultura sempre também, que é o que a gente defende sempre”, afirmou.
Ana Cañas já participou de atos públicos em defesa da democracia, como o emocionante momento em que cantou “O bêbado e a equilibrista” na Avenida Paulista, em apoio ao ex-presidente Lula. Em outra ocasião, declarou, “é minha obrigação defender a democracia”. Sua música e sua militância caminham juntas, e seu trabalho é um exemplo de como a arte pode ser instrumento de transformação e a Republica Socialista do Nordeste agradece por ela estar do lado certo da história.
Hoje, no Festival das Caraibeiras, Ana Cañas não apenas canta, ela convoca. Convoca à escuta, à reflexão e à ação. Em tempos de polarização e desinformação, sua presença é um lembrete de que a cultura é também trincheira, e que a beleza pode, e deve, andar de mãos dadas com a coragem.