Com capacidade para processar até cinco toneladas por dia, a unidade promete impactar positivamente a renda de 107 famílias associadas, além de outras famílias da região de Paulo Afonso e Glória.
Segundo Isaque Alves Feitosa, representante da Associação, a expectativa para esse período é das melhores. “Estamos produzindo e comercializando seis produtos oriundos da tilápia, entre congelados e frescos, atendendo mercados locais e expandindo para a Região Metropolitana de Salvador. A expectativa para essa Semana Santa é de fechar até 60 toneladas, um marco para nossa comunidade e para o mercado regional de peixes".
Outra unidade de destaque é a agroindústria de beneficiamento de pescados de Ingazeira, em Tapiramutá. Lá, além das obras e instalações, foi entregue um kit de piscicultura e implantado um Sistema de Recirculação em Aquicultura (RAS). A unidade visa atender à demanda da comunidade local, gerida pela Associação Beneficente dos Pequenos Produtores Rurais da Ingazeira.
Antônio Barbosa, presidente da Associação, ressalta a importância do projeto para a região. "Esse projeto tem uma importância muito grande, não só para o povoado, mas para o município em geral. Estamos fornecendo peixe para todo o município de Tapiramutá, para os mercados e feira livre. A expectativa para essa Semana Santa é de chegar a cinco mil quilos de peixe, o que antes não era possível. Agora, graças a esse projeto, estamos alcançando o sucesso e proporcionando uma renda constante para nossa comunidade".
Além da implantação das agroindústrias, a CAR, empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), investe em infraestrutura para a adequação da produção à demanda do mercado e também para viabilizar a comercialização.
Essas iniciativas refletem a estratégia de política pública adotada pelo Estado da Bahia para estimular os produtores da agricultura familiar, integrando-os ao mercado consumidor e promovendo o desenvolvimento rural. Com esses investimentos, a Bahia não apenas fortalece a produção de peixes, mas também promove o desenvolvimento econômico e social de comunidades rurais, criando novas oportunidades de trabalho e garantindo segurança alimentar para a população. A aquicultura e pesca artesanal não são apenas atividades econômicas, mas também símbolos de resiliência e tradição, enriquecendo a cultura e a gastronomia do estado.
Por: Silvia Costa.
Foto: Associação dos Pequenos Criadores de Peixe da Lagoa do Junco.