Mas não é só no interior que o petismo faz morada. Em Salvador, hashtags como #LulaTáOn e #MaisPTMenosCrise dominam o Twitter toda manhã. Organizações sindicais e movimentos sociais reforçam a narrativa de superação, bolsa-alimentação ampliada, reajuste no salário mínimo e liberação de recursos para os municípios. No tabuleiro nacional, essa avalanche de notícias positivas ofusca denúncias que se arrastam nos tribunais, blindando a imagem do presidente junto à classe trabalhadora.
Analistas políticos avisam, ceder mérito apenas a Jerônimo seria subestimar a força do lulismo. “Há décadas, a Bahia entendeu Lula como filho da terra”, observa o cientista político Marcos Vinícius. “A aprovação é resultado de um sentimento enraizado, que transcende gestões.” Ainda assim, o bom casamento entre governo estadual e federal potencializa a propaganda oficial e fortalece estruturas de mobilização em todas as regiões.
Essa dobradinha, união de discurso e ação, tem garantido aplausos ao Planalto e tranquilidade aos palácios baianos. Resta saber se esse êxito será duradouro ou se a massa vermelha, inflamada pelas conquistas, mudará de concha ao primeiro sinal de tropeço. Por ora, Lula segue navegando em mar de aplausos na Bahia, sustentado pela maré petista que ele mesmo ajudou a erguer.