Esse avanço foi impulsionado principalmente pelo aumento da demanda em áreas ligadas ao consumo cotidiano, como transportes, hospedagem e serviços voltados às famílias. A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) destacou que o dinamismo observado reflete uma melhora na disposição das empresas em investir e ampliar ofertas, mesmo diante de um cenário nacional marcado por incertezas. Em setembro, o setor já havia registrado alta de 3,5%, o que reforça a tendência positiva.
Apesar da boa notícia, o quadro não é homogêneo. Na comparação com outubro de 2024, o setor apresentou retração de 2,8%, evidenciando que a recuperação ainda é frágil e depende de fatores como estabilidade econômica e estímulo ao consumo. Transportes e serviços prestados às famílias foram os segmentos que mais sentiram os impactos da queda, segundo o levantamento do IBGE.
Para especialistas, o crescimento recente deve ser visto como um sinal de resiliência, mas não como garantia de estabilidade. A Bahia ocupa apenas a 12ª posição entre os estados brasileiros em desempenho no setor de serviços, atrás de regiões como Acre e Piauí, que registraram avanços muito mais expressivos. Ainda assim, o resultado baiano é considerado relevante por demonstrar capacidade de reação em meio às dificuldades.
O cenário atual sugere que o setor de serviços pode se tornar um motor importante para a economia baiana nos próximos meses, especialmente se houver continuidade na confiança empresarial e estímulo ao consumo interno. O que se vê é uma Bahia que, mesmo entre altos e baixos, tenta transformar números em esperança concreta para trabalhadores, empreendedores e consumidores que dependem diariamente da vitalidade desse setor.
