O menino, apesar de sua tenra idade, tinha uma companhia incomum - uma cachorra vira-lata. A cachorra, embora fosse apenas um animal, tinha se tornado a mãe substituta do menino na ausência de sua mãe. Ela cuidava dele, protegia-o e, o mais surpreendente de tudo, amamentava-o.
Em um dia particularmente quente, os vizinhos, preocupados com o silêncio que vinha da casa, decidiram verificar. Ao entrarem na casa, encontraram o menino embaixo da cama, mamando na teta da cachorra. A cena era ao mesmo tempo comovente e assustadora. A cachorra, percebendo a presença de estranhos, rosnou e latiu, protegendo o menino.
Os vizinhos, assustados e sem saber o que fazer, chamaram a mãe do menino. Quando ela chegou, ficou chocada ao ver estranhos em sua casa e seu filho embaixo da cama. Mas quando soube o que estava acontecendo, ela não conseguia acreditar. Foi só quando seu filho confirmou que ela aceitou a verdade.
A história do menino e da cachorra se tornou uma lenda na pequena cidade de Paulo Afonso. Embora a situação fosse incomum e até mesmo perturbadora para alguns, para o menino e a cachorra, era apenas uma manifestação de amor e sobrevivência. E assim, em uma pequena casa em Paulo Afonso, a mãe era a cachorra daquela criança na ausência da verdadeira mãe.