Seu Antônio Ferreira, morador da cidade de Nossa Senhora da Glória, expressou sua revolta com o abandono por parte “dessa gente” que, segundo ele, “vem aqui, pegam nossos votos e só beneficiam as cidades onde moram”. Ele se referia, de forma indignada, às emendas parlamentares que os deputados têm direito de destinar, mas que frequentemente são enviadas para localidades onde possuem parentes eleitos como prefeitos ou onde residem, deixando o Sertão sem acesso a esses recursos.
“Ou o Sertão se une para eleger políticos que vivem, moram e defendem nosso povo, ou continuaremos sendo usados e descartados como bagaço de cana”, alertou Ferreira, em tom profético.
A mobilização dos sertanejos reflete um desejo crescente de mudança e de maior representatividade política. Eles clamam por líderes que conheçam de perto os desafios da região e que estejam dispostos a lutar por investimentos em infraestrutura, saúde, educação e desenvolvimento econômico para o Sertão. A mensagem é clara: o Sertão não quer mais ser esquecido.