Estudantes do Colégio Delmiro de Miranda Brito, da rede estadual de ensino, reclamam que desde sexta-feira (21) não têm conseguido frequentar as aulas, já que os transportes foram retirados devido à falta de pagamento pela prefeitura. Essa situação tem acarretado impactos graves na vida educacional desses jovens, como a perda de avaliações importantes que comprometem o desempenho escolar e causam prejuízos à trajetória acadêmica de cada um.
A ausência do transporte escolar atinge, sobretudo, os alunos da zona rural, que dependem exclusivamente desse serviço para ter acesso à educação. Muitos estão desmotivados e desesperados, como demonstram as mensagens compartilhadas em grupos, expondo a indignação e a frustração com a falta de apoio governamental. Essa falha representa um retrocesso nas políticas educacionais e amplia as desigualdades, prejudicando os mais vulneráveis.
Em resposta às cobranças feitas pelos alunos e famílias, um motorista de transporte escolar comentou: "Peço desculpas pessoal por não ter respondido antes as mensagens ontem, estávamos resolvendo a questão do pagamento." A fala evidencia os transtornos enfrentados também pelos trabalhadores da área, que ficam vulneráveis devido à má gestão.
Embora a responsabilidade primária pelo transporte dos alunos da rede estadual seja do Estado, existe um acordo em que os alunos utilizam o transporte da rede municipal, o que agrava a situação. A falta de diálogo, planejamento e execução adequada desse acordo demonstra a ineficácia da administração municipal em priorizar a educação, que deveria ser um pilar central de qualquer gestão.
É essencial frisar que a responsabilidade pela solução desse problema recai diretamente sobre o gestor municipal, prefeito Machado Barbosa. A administração deveria zelar pelo cumprimento de suas obrigações financeiras e pela continuidade dos serviços essenciais, como o transporte escolar. O descaso da gestão municipal não apenas inviabiliza o acesso à educação, mas também reflete uma falta de comprometimento com o futuro das crianças e adolescentes de Canindé de São Francisco. Cabe ao gestor imediato adotar medidas urgentes para regularizar a situação, garantindo o direito constitucional à educação.