Estudantes de 105 escolas, em 17 municípios, ligados ao Núcleo Territorial de Feira de Santana (NTE 19) e de 22 escolas, de 6 município, ligados ao NTE de Paulo Afonso (NTE 24) estão participando, nesta terça-feira, da terceira edição do Encontro Territorial de Líderes de Classe, que é promovido pela Secretaria da Educação com o objetivo de ampliar as discussões sobre formas de liderança, proporcionar trocas de experiências e a construção de projetos e ações para uma cultura de participação e atuação nas unidades escolares.
Em Feira de Santana, o encontro acontece no Colégio Modelo, com o envolvimento de 276 líderes de classe. Já em Paulo Afonso, a atividade reúne 100 líderes de classe, inclusive de duas escolas indígenas, no Memorial da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (CHESF), no centro da cidade. O tema central do encontro é “Juventudes que transformam: resistência e ancestralidade”, mas os estudantes também abordam, por meio de palestras, oficinas e dinâmicas de grupo, questões comopolíticas de inclusão e a valorização e o respeito às diversidades de gênero e étnico-racial.
O líder de classe, Jairo de Jesus Conceição, 19, 1º ano, da Escola Estadual Indígena Angelo Pereira Xavier, na Terra Indígena Pankararé, no município de Glória (444 km de Salvador), está participando do encontro em Paulo Afonso e diz que a experiência será socializada com os seus colegas. “É a primeira vez que exerço o papel de líder de classe e estou aproveitando para aprender com os mais experientes aqui no encontro, como buscar melhorias para a minha turma, para a minha escola e para fazer valer a escolha dos meus colegas”.
Karen Beatriz Lima, 22, 4º ano, do curso técnico de nível médio em Informática, do Centro Territorial de Educação Profissional de Itaparica (CETEP), em Paulo Afonso, fala sobre o papel da liderança estudantil. “O líder é a voz da turma na escola. Às vezes é trabalhoso, temos que ser firmes e responsáveis, mas eu tenho a confiança e o apoio dos meus colegas. As decisões são tomadas em conjunto”, comenta.
Em Feira de Santana, os 276 líderes de classe dialogam sobre os planos de ação e atividades realizadas nos contextos escolares. Emily Cruz, 14, 9º ano, do Colégio Estadual Hilda Carneiro, fala que o encontro proporciona um aprendizado coletivo. “Estamos trocando muitas experiências. É a partir desta oportunidade, que podemos conhecer o exercício do outro e discutir ações de melhorias para as nossas unidades”, pontua.
Segundo o estudante, Irion Martins, 15, 1º, do Centro Integrado de Educação Assis Chateaubriand, a função do líder vai além das salas de aula. “A juventude tem este poder: o poder de transformar. Com isso, nós conseguimos alcançar nosso objetivo que é ter uma escola melhor, mais igual e com respeito às diversidades”.
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