Para subsidiar a elaboração de políticas públicas no combate à fome, o workshop “Ciência Na Mesa: um olhar sobre o papel da CT&I no combate à fome” foi realizado nesta quinta-feira (27), no Parque Tecnológico da Bahia, em Salvador. Com abertura do Quinteto de Trombones do Neojibá, o evento é organizado pela Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb), e integra as ações estratégicas em apoio ao Programa Bahia sem Fome, do Governo do Estado. O workshop reuniu pesquisadores, representantes do governo e atores do ecossistema de CT&I.
O Bahia Sem Fome tem uma atuação intersetorial, transversal e sistêmica, ultrapassando a função assistencialista, contando com a colaboração de diversos setores da sociedade civil, iniciativa privada e poderes públicos. “A Secti não tem uma atuação direta, mas tem uma ação importante para, em médio e longo prazo, resolver o problema da fome. Então, estamos envolvendo os grupos de pesquisa das universidades. Vamos investir um recurso disponível na Fapesp pra desenvolver as melhores ideias e pesquisas, para colaborar no combate à fome e à pobreza”, disse André Joazeiro, titular da Secti.
Por meio de editais, a Fapesb mantém, atualmente, institutos de Ciência, Inovação e Tecnologia do Estado da Bahia – os Incites, com atuação virtual e em rede colaborativa, que apoiam atividades de pesquisa de alto impacto científico, tecnológico e/ou social em áreas estratégicas, para solucionar problemas estaduais e o desenvolvimento regional. O workshop disponibilizou espaço para apresentações de projetos de pesquisa em áreas temáticas correlatas às ações de combate à fome, na intenção de aplicá-los em meio às estratégias do Bahia Sem Fome.
Para o diretor-geral da Fapesb, Handerson Leite, os pontos de partida de projetos de pesquisa representam uma devolutiva do setor científico à sociedade. Ele explicou que, dentre os Incites, alguns têm uma relação direta com a questão do combate à fome: da agricultura familiar, do agronegócio, da economia verde, da água, da tecnologia de alimentos e de nanotecnologia, que foram convidados para apresentar as propostas. “A ciência tem obrigação de combater a fome, porque nós - mestres e doutores - somos apenas 1% da população brasileira. Então, temos a obrigação de trabalhar juntos e combater a fome”, salientou Leite.
À tarde, a programação do evento inclui visita à Feira da Agricultura Familiar e da Economia Solidária instalada no Parque Tecnológico da Bahia, além de mesas para elaboração de políticas públicas de CT&I para o combate à fome e apresentação de outras propostas de políticas públicas do setor. Haverá ainda o lançamento do edital de chamamento para a seleção do Comitê Científico de Combate à Fome.
Por: Laís Nascimento
Foto: Mateus Pereira