O poder das rádios no interior segue sendo um fator decisivo. Em cidades pequenas, onde o acesso à internet ainda é limitado, as emissoras locais entram diariamente nos lares e moldam opiniões. Esse alcance direto faz das rádios um instrumento político de enorme influência, capaz de definir a percepção do eleitorado sobre governo e oposição. A força desse meio tradicional contrasta com a avalanche de fake news que circula nas redes, mostrando que a batalha pela informação não se restringe ao ambiente digital.
Na queda de braço entre direita e esquerda, quem saiu fortalecido foi Jerônimo Rodrigues. O governador ampliou sua presença nas redes sociais, conquistando engajamento positivo ao se posicionar contra a desinformação e ao defender políticas públicas voltadas para trabalhadores e comunidades. Enquanto opositores como ACM Neto tentavam desgastar sua imagem com acusações sobre o sistema prisional, Jerônimo conseguiu transformar ataques em vitrine, consolidando apoio e ampliando sua base digital.
O debate sobre comunicação também se entrelaçou com o decreto de indulto natalino assinado pelo presidente Lula. A medida beneficiou presos em condições humanitárias, mas excluiu nomes ligados à tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023, como Jair Bolsonaro, Anderson Torres e Silvinei Vasques. A exclusão desses personagens reforçou a mensagem de que crimes contra a democracia não terão perdão, e a decisão repercutiu fortemente nas redes, onde a direita tentou distorcer os fatos, mas encontrou resistência organizada.
O saldo desses dois dias foi claro, a televisão e as rádios mantiveram sua relevância como fontes de informação confiável, enquanto as redes sociais se tornaram campo de batalha entre a mentira e a verdade. A direita apostou no caos, mas quem ganhou visibilidade e narrativa foi Jerônimo Rodrigues, que soube usar as plataformas digitais para se posicionar como defensor da democracia e da comunicação transparente.
