As mulheres aprenderam a fazer temperos para preparar carnes, frango, peixes, arroz e bananas chips, a partir das matérias-primas cultivadas nos seus quintais. Além das receitas, elas puderam, também, trocar experiências sobre o processo de organização coletiva e comercialização dos produtos, assim como, sobre suas histórias, desafios e a importância de fortalecer a participação das mulheres agricultoras, em especial quilombolas, nas políticas públicas destinadas ao campo.
“No pote do tempero não tem só os produtos dos quintais, tem a história de mulheres, dos seus quilombos. Tem a força e o suor dessas agricultoras, por tanto tempo excluídas e invisibilizadas”, assinalou a coordenadora local do Pró-Semiárido, Rejane Magalhães.
Ednilce Reis compartilhou com as demais mulheres o processo de formação do Sabores do Quilombo e incentivou as companheiras a não desistirem. “Já fomos alunas, hoje somos professoras. Vamos transmitir o aprendizado que nos trouxe até aqui nesse espaço de união, uma dando a mão a outra para não deixar a peteca cair”.
O grupo Gosto de Grota foi formado a pouco tempo, mas as agricultoras estão animadas com o trabalho, a exemplo de Vandeilza de Jesus que voltou para o seu quilombo após 11 anos vivendo na capital. “Minha expectativa é trazer benefícios para a comunidade, novos aprendizados e a união entre as mulheres e, a partir daí, gerar uma renda extra e mais independência para que possamos crescer”.
O Pró-Semiárido é uma ação do Governo do Estado de combate à pobreza rural, executada pela Companhia de Ação e Desenvolvimento Regional (CAR) e cofinanciada pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA).