Enquanto aliados do governo celebraram o gesto como sinal de maturidade diplomática, a oposição tentou transformar o episódio em motivo de ironia, explorando falas de Trump sobre Jair Bolsonaro. Mas os números revelam que a narrativa positiva prevaleceu com 44,4% das menções classificadas como favoráveis a Lula, contra 41,3% negativas, de acordo com o mesmo monitoramento. Esse equilíbrio, em um ambiente tradicionalmente hostil, foi interpretado como vitória simbólica para o presidente brasileiro.

O impacto não se limitou ao campo político. A repercussão digital projetou Lula como figura capaz de dialogar com diferentes polos de poder, reforçando a estratégia de apresentar o Brasil como mediador em disputas internacionais. Analistas destacam que, ao se colocar como voz independente, Lula conseguiu transformar um encontro cercado de desconfiança em oportunidade para reposicionar o país no cenário global.

A disputa narrativa nas redes sociais mostrou que, mesmo diante de ataques coordenados, a imagem de Lula resiste e se fortalece. O presidente conseguiu capitalizar o momento, convertendo críticas em combustível para reafirmar sua liderança. Em tempos em que a política se decide também no campo digital, o episódio deixou claro que Lula não apenas sobrevive à guerra de narrativas, mas consegue impor sua versão dos fatos como a mais convincente.