Lula detona FMI e promete virar o jogo da economia mundial
26 de Outubro de 2025, 13:23
, por Dimas Roque
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Em Kuala Lumpur, diante de acadêmicos e líderes políticos, o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva não poupou críticas ao Fundo Monetário
Internacional. Ao receber o título de Doutor Honoris Causa em Desenvolvimento
Internacional e Sul Global pela Universidade Nacional da Malásia, Lula afirmou
que o FMI continua preso a uma lógica de submissão que penaliza países em
desenvolvimento e perpetua desigualdades históricas. Para ele, a ordem
financeira global precisa ser redesenhada com base na cooperação e não na
imposição de ajustes que sacrificam os mais pobres.
O discurso ecoou como um chamado à insubordinação diante de
um sistema que, segundo Lula, já não responde às necessidades do século XXI. O
presidente destacou que o Brasil, ao lado de outras nações do Sul Global, tem
condições de propor alternativas reais, capazes de reduzir a dependência de
organismos multilaterais dominados por potências tradicionais. A fala foi
recebida com entusiasmo por estudantes e autoridades locais, que aplaudiram de
pé a defesa de um mundo multipolar e mais justo.
Além da crítica direta ao FMI, Lula aproveitou para reforçar
a importância da COP30, que será realizada em Belém, como espaço de afirmação
do protagonismo brasileiro. Ele declarou que a conferência será “a da verdade”,
onde os países ricos terão de assumir compromissos concretos contra a crise
climática. A estratégia do presidente é clara, usar a pauta ambiental como
vitrine para mostrar que o Brasil não apenas resiste às pressões externas, mas
também lidera soluções globais.
Nos bastidores, diplomatas brasileiros avaliam que a fala de
Lula fortalece a imagem do país como voz independente e corajosa no cenário
internacional. Ao desafiar a ordem financeira estabelecida, o presidente não
apenas defendeu a soberania nacional, mas também reposicionou o Brasil como
articulador de uma nova agenda global. Para o Partido dos Trabalhadores, o
gesto simboliza a continuidade de um projeto político que sempre colocou os
interesses do povo acima das imposições externas.
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