Desde que assumiu o Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem tratado os precatórios do Fundef como prioridade política e moral. “Não é favor, é justiça”, declarou em evento recente. A frase virou mantra entre sindicatos e educadores, que agora celebram não apenas o dinheiro, mas o gesto político de valorização da categoria.
Na Bahia, onde a educação pública enfrenta desafios crônicos, o impacto é duplo, econômico e simbólico. Com o pagamento, milhares de famílias respiram aliviadas, quitam dívidas, investem em formação e recuperam parte do que lhes foi negado por anos. Mas há também quem veja na medida um movimento estratégico para consolidar apoio entre servidores públicos, base histórica do lulismo.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) comemorou a liberação, mas cobrou agilidade nas próximas parcelas e maior transparência nos critérios de distribuição. “É uma vitória, mas ainda temos muito a fiscalizar”, afirmou Rui Oliveira, coordenador-geral da entidade.
Enquanto isso, nas redes sociais, o clima é de festa. Professores postam comprovantes, fazem vídeos de agradecimento e até memes com Lula vestido de super-herói. A hashtag #PrecatórioNaConta já circula como símbolo de uma conquista que mistura política, justiça e emoção.
Se antes o Fundef era sinônimo de esquecimento, hoje virou manchete, e com direito a escândalo positivo. Porque quando o dinheiro público volta para quem constrói o país com giz e coragem, não é exagero dizer, é chuva de dinheiro, sim. E que molhe mais vezes quem planta futuro.