A Coopersertão expandiu a produção de mamona com o apoio da CAR, que viabilizou a construção de uma Unidade Básica de Semente (UBS), galpão de armazenamento na UBS, estrutura de escritório e campo de semente irrigada, além da aquisição de máquinas, kits de insumos e acompanhamento técnico.
Segundo o presidente da Coopsertão, Marcelo Nascimento, a cooperativa teve contratos firmados com grandes empresas nacionais e internacionais, na safra 2023/2024, como Empresas Petrobras Biocombustíveis, Oleoplan, Binatural, Sereal, Fugas, Caramuru. “A cooperativa saiu de um contrato de vendas de 2 mil toneladas para comercializar aproximadamente 30 mil toneladas de mamona por ano. Isso significa aumento de renda para o agricultor familiar”, afirma Marcelo. Ele ressalta que o apoio da CAR e as novas tecnologias introduzidas na produção de mamona estão mudando a realidade dos produtores locais.
A Bahia, que representa 92% da produção nacional de mamona, espera um aumento de 40% na produtividade de 2024, resultado de investimentos em pesquisas, novas tecnologias e capacitação dos agricultores, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A Lei do Combustível do Futuro também reforça essa perspectiva, abrindo novos mercados para os produtos da agricultura familiar baiana. De acordo com Jeandro, o governo estadual já se comprometeu a alinhar ações para aproveitar as oportunidades criadas pela nova legislação.
Além do foco em oleaginosas como a mamona, a nova lei abre portas para outros setores da agricultura familiar, incluindo a produção de dendê e milho, que poderão integrar o contexto do biocombustível social, conforme a portaria assinada em junho pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).
A Lei do Combustível do Futuro inclui iniciativas inovadoras, como o Programa Nacional do Diesel Verde (PNDV), o Programa Nacional do Bioquerosene de Aviação (ProBioQAV), o Programa de Descarbonização do Produtor e Importador de Gás Natural e Incentivo ao Biometano, e a criação do marco legal para a captura e estocagem geológica de dióxido de carbono (CCS). Essas medidas visam reduzir as emissões de carbono e fortalecer a sustentabilidade no setor energético, alinhando o Brasil às metas globais de descarbonização. Com o cenário positivo, agricultores familiares e cooperativas da Bahia estão prontos para se engajar no futuro da bioenergia.
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