Desde o advento do Estado como organização política de um povo, a busca do “bom governo”, calcado na coletividade e no bem comum, tem sido incessante, motivando, inclusive, as disputas pelo poder. O conceito foi cunhado por Platão (427 a. C.-347 a. C.) na Grécia Antiga, ao idealizar o Estado perfeito, fundamentado na ideia de justiça e tendo o bem como modelo.
Para Platão, o “bom governo” constituía-se no “equilíbrio” das quatro partes da virtude (“areté”): justiça, temperança, prudência e fortaleza. Sua teoria, apresentada em “A República”, foi considerada utópica por muitos, inclusive Aristóteles, mas é vista, ainda hoje, como um ideal a ser perseguido.
Também a Bíblia registra essa busca. No Livro dos Reis, por exemplo, o jovem rei Salomão, em viagem a Gabaon para agradecer, conversa com Deus, que se manifesta a ele em sonho. E o que pede Salomão, ainda que, depois, não tenha seguido? “Um coração cheio de prudência para governar teu povo, para discernir entre o bem e o mal” (1 Rs 6).
O “bom governo” é, sobretudo, o que garante direitos fundamentais, como liberdade, segurança, igualdade e, principalmente, condições de vida digna, por meio de políticas públicas, como saúde e educação. Movido pelos interesses da coletividade, ele conquista a confiança dos governados, atributo imprescindível, como constatou Confúcio (551 a. C.–479 a. C.), ao afirmar: “Um povo que não confia mais em seus governantes é, verdadeiramente, um povo perdido”.
Hoje, em meio a crises e escândalos, mais do que nunca o Brasil precisa de “bons governos”. Aqueles que, mesmo diante de enormes adversidades, se sustentam nas políticas do bem comum. É esse, com certeza, o norte que orienta o governo Fernando Pimentel para reverter o quadro caótico que encontrou no Estado.
Vários indicadores demonstram que vivemos em Minas o “bom governo”. A escuta do povo nos fóruns regionais revelou-se eficiente ferramenta na busca da “justa medida” de que falava Platão, com a população definindo as prioridades num orçamento insuficiente para atender todas as demandas.
Os resultados começam a aparecer em obras como a pavimentação da MG–760, que liga o Vale do Aço à BR–262, ou a entrega da rodovia dos Cristais, de Cordisburgo a Curvelo, assim como no anúncio da construção da ponte sobre o rio São Francisco, na MG–402, que vai levar grande desenvolvimento ao Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha. Com a obra, Pimentel realiza o sonho de JK, que prometeu um dia ligar a cidade de Brasília de Minas à nova capital federal, à qual o município mineiro cedeu o nome.
O “bom governo” se revela também nos índices da economia, como a expansão de 1,7% do PIB mineiro no segundo trimestre de 2017, muito acima da pífia média nacional, de 0,2%. Crescimento que se reflete diretamente na geração de empregos, também preponderantemente maior em Minas que no restante do país.
Sim, é possível fazer o “bom governo”. Com diálogo, equilíbrio e trabalho, ele já é uma realidade em Minas.
Por Durval Ângelo.
No Site O Tempo.