Desde que foi anunciado que o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva iria indicar o próximo candidato ao Supremo Tribunal Federal (STF) na vaga que será deixada pela atual ministra Rosa Weber, que deixará o cargo devido à sua aposentadoria, grupos da esquerda, simpatizantes e até da direita entraram em uma batalha quase fratricida nas redes sociais para que seus candidatos tivessem prioridade ao cargo.
Há os que defendem a indicação de um negro. A alegação é que o Brasil precisa ter alguém que represente esse grupo social. Até a representante para a equidade racial do Governo Biden deu seu parecer sobre isso. Desirée Cormier Smith cunhou a frase "passou da hora de o STF ter uma mulher negra".
Já o comediante Gregório Duvivier entrou na disputa pedindo uma pessoa negra e do sexo feminino para a indicação. Ele sugeriu que fosse marcado um café da manhã entre Lula e possíveis nomes que merecem, e entre eles, um deveria ser o recomendado. Até esse momento, o clima estava apenas nas narrativas favoráveis e contrárias, mas quando ele indicou que havia um outdoor na cidade de Nova Délhi (capital da Índia) que cobrava Lula, isso foi o estopim para o acirramento das agressões de ambas as partes. O texto escrito em inglês e traduzido para o português dizia: "Em 132 anos, o Brasil nunca teve uma mulher negra na Suprema Corte."
Durante a 18ª edição da cúpula de chefes de Estado e governo do G20 em Nova Délhi, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva desempenhou um papel de destaque. Sua presença foi marcada por discursos enfáticos sobre questões globais, incluindo mudanças climáticas, economia global e cooperação internacional. Lula enfatizou a importância da diplomacia e do multilateralismo em um mundo cada vez mais interconectado. Sua participação no evento atraiu a atenção da imprensa internacional e reforçou o papel do Brasil como um ator relevante na arena global. Suas declarações e propostas contribuíram para as discursões sobre o tema.
Do outro lado da esquerda, há os que preferem alguém radicalmente esquerdista. Essa turma diz estar ressabiada após o primeiro indicado do presidente este ano, Cristiano Zanin, que foi seu advogado na defesa contra a perseguição da Lava Jato, ter votado desfavoravelmente às suas convicções.
Pitacos de especialistas na internet não faltam. E eu, que sou nordestino, nascido no Sertão da Bahia, também tenho a minha preferência. Lula, se não for alguém dessa região, nem se dê ao trabalho de nomear. Reivindico aqui, com a moral de quem esteve nas ruas junto com nosso povo e deu ao Partido dos Trabalhadores as votações que garantiram as eleições presidenciais.
Pode ser negro ou negra, branco ou branca, mulato ou mulata, pardo ou parda, albino ou albina, mas tem que ser nordestino ou nordestina.
Indicar um nome exclusivamente da região Nordeste do Brasil para ocupar a vaga no Supremo Tribunal Federal é uma escolha que pode trazer benefícios significativos. O Nordeste, como uma das regiões mais diversificada e culturalmente rica do país, representa uma ampla parcela da população brasileira. Ao nomear alguém dessa região, seria possível trazer uma perspectiva única para o STF, uma voz que compreende de perto os desafios e as realidades vivenciadas pelos nordestinos. Além disso, essa decisão poderia ajudar a reduzir as desigualdades regionais e a promover uma maior representatividade geográfica no mais alto tribunal do país. A inclusão de um ministro do Nordeste também poderia fomentar um entendimento mais aprofundado das questões sociais, econômicas e culturais específicas dessa região.