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Foto: Dimas Roque |
Ontem (02)! Às 9h30 da manhã, aconteceu a "derrubada do acampamento" — que é quando a volante invade o território dos cangaceiros e os expulsa do local. O evento, que mistura tradição e teatro, lotou a Avenida José Hemetério de Carvalho, em frente à Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Teve direito a galera correndo, espingardas de mentira fazendo "pow-pow", e até umas crianças pulando no meio da bagunça. A plateia não parava de gritar: "Volante, pega eles!" ou "Lampião, não se rende não!".
Hoje (03), continua! O grupo tá percorrendo a cidade ao som de sanfona, zabumba e triângulo, com direito a músicas que todo mundo canta junto: "Olê, mulher rendeira, olê, mulher renda! Tu me ensina a fazer renda que eu te ensino a namorar" e "Eu me chamo Virgulino, conhecido Lampião! Sou cangaceiro aprumado, de todo esse sertão...".
Falando em lenda, você conhece Maria Bonita?
A mulher mais famosa do cangaço nasceu em Paulo Afonso. Maria Bonita (nome verdadeiro: Maria Déia) entrou pro bando de Lampião em 1930, virando a primeira mulher a pegar em armas no cangaço. Ela não era só companheira dele: comandava junto, tomava decisões e virou símbolo de coragem no sertão. Dizem que ela até influenciava nas estratégias de guerra e cuidava dos feridos. Maria Bonita e Lampião formavam o "casal mais temido e respeitado" do Nordeste, até serem mortos em uma emboscada em 1938. Hoje, ela é celebrada como ícone feminista, mostrando que, mesmo no meio do tiroteio, as mulheres mandavam ver!
O grupo "Cangaceiros e a Volante" mantém essa história viva não só no Carnaval, mas o ano todo, com oficinas e palestras nas escolas. É a prova de que o sertão (e suas lendas) nunca deixam de inspirar!
Fotos: Dimas Roque.