Já não estamos na idade média, mas a forma de aplicação de pena a condenados, e, diga-se de passagem, sem apresentação de qualquer prova que o incrimine, os carrascos da atualidade já não vestem capuzes para esconder a sua identidade. Agora usam capas pretas e são juízes, promotores e procurados que fazem a tarefa de carrascos.
Antes, está figura era usada para cumprir a determinação da justiça da época para cumprir a sentença de morte. A praça pública era o palco. Lá se reunia boa parte da população local para assistir a tão deprimente espetáculo. E como na idade média, bom mesmo era o carrasco que cumpria a sua tarefa em menor tempo, hoje o TRF4 – Tribunal Regional da 4ª Região em Porto Alegre, faz o serviço a que se presta e rapidamente irá julgar a Luiz Inácio Lula da Silva.
Só que agora a praça pública vai ser tomada por pessoas que vão defender o apenado e seus algozes estarão em salas, protegidos por seguranças e distantes dos gritos por justiça. Lula se tornou um problema para a justiça brasileira. Sem provas contra os crimes de que foi acusado, promotores e juiz buscam formulas e criam leis próprias para o condenar. E claramente declaram que não precisam de provas para o julgar, mas de convicções.
Como diz Lula em suas falas, “nunca antes no Brasil” se viu tamanha heresia praticada por membros da justiça brasileira, nem durante o período em que durou a Ditadura Militar, implantada em abril de 1964 no Brasil.
E se antes os carrascos se escondiam atrás de seus capuzes, agora todos sabem o nome deles. No dia 24 de janeiro em Porto Alegre, João Pedro Gebran, Leandro Paulsen e Victor Laus faram este papel de carrascos. Não, eles não mataram o Lula, eles o transformará em mártir. Que mesmo vivendo diariamente suplícios. Qual o verdadeiro crime do Lula? Ter retirado da miséria absoluta milhões e milhões de brasileiros que tiveram, muitos, pela primeira vez, como se alimentar pela manhã, ao meio dia e a noite. Se vão condenar o ex-presidente, que tenham a coragem de o acusar pelo crime correto.