Somente o Parque Tecnológico receberá R$ 9 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Os recursos serão destinados à construção do Centro de Inovação e Tecnologias Estratégicas, que vai atender demandas da indústria relacionadas à biotecnologia e pesquisas na área da Inteligência Artificial. Além disso, vai viabilizar a implementação do Programa de Interiorização do Parque Tecnológico e a criação da Estação Maker da Indústria Criativa.
Ele destacou ainda que, com Luciana Santos, já são 15 ministros visitando a Bahia nestes primeiros cinco meses de gestão, para anunciar investimentos em diversas áreas. “Estamos falando de até R$ 60 milhões vindos do Governo Federal. E, hoje, a ministra traz não só um alento para o orçamento do setor, mas também a responsabilidade, enquanto gestores, de fortalecermos um diálogo com o segmento produtivo, com as indústrias, com o agronegócio e a agricultura familiar. Assim como com os segmentos sociais, comunidades quilombolas, de matriz africana e com os povos originários”, acrescentou o governador.
Segundo a ministra, o desafio é fazer com que os recursos cheguem aos institutos de Ciência e Tecnologia, às universidades, aos estados e municípios. “A assimetria regional é muito grande. É tudo concentrado no Sul e no Sudeste. Com essas ações e investimentos, a gente equilibra soluções necessárias para o país todo, ainda mais para os estados mais sofridos, como os do semiárido”.
Parques vocacionados
Sobre a interiorização dos parques tecnológicos, o secretário André Joazeiro explicou que os primeiros serão implementados a partir da vocação de cada região. Em um segundo momento, haverá a implantação em pólos menores. “Em Camaçari, será a transição energética, que é o nosso maior projeto, hoje com captação de R$ 1,5 bilhão de investimentos só da Acelen. Em Barreiras, agricultura. Em Conquista, será saúde, pois a região tem universidades e um pólo médico bastante importante. Em Ilhéus e Itabuna, será tecnologia da informação e comunicação. Em Entre Rios, parque tecnológico de cidades inteligentes”.
Qualificação profissional
A ministra Luciana Santos também anunciou a implementação de programas de qualificação profissional na área de Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC), em parceria com a Softex. A estimativa é de que o programa receba R$ 15 milhões em investimentos. “Serão três programas, com o objetivo de ampliar o acesso e as oportunidades de ingresso nas carreiras tecnológicas. Um deles voltado para o fortalecimento do setor no Sul da Bahia”, afirmou.
Saúde e desastres naturais
Foi anunciada também a liberação de R$ 1 milhão em recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) no âmbito do edital de Doenças Negligenciadas, para avaliação de um biomarcador e para o desenvolvimento de um teste diagnóstico de baixo custo para Doença de Chagas. Ainda foi assinado um acordo entre o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e o Governo da Bahia, para fortalecer as ações de prevenção, monitoramento e alertas de desastres naturais. “Todos esses investimentos têm o objetivo de ampliar o acesso da população aos benefícios da ciência e tecnologia, gerando bem-estar e qualidade de vida para as brasileiras e os brasileiros”, afirmou Luciana.
Ela acrescentou que pretende fortalecer as parcerias com estados e municípios. Na Bahia, o MCTI deve apoiar dois projetos da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), para criar um Centro Público de Economia Solidária e um Centro Vocacional Tecnológico para games e aplicativos. O objetivo é atrair jovens em situação de vulnerabilidade social e oferecer uma oportunidade de emprego e renda.
Após o evento, a ministra Luciana Santos seguiu para o Parque Tecnológico junto com o secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, André Joazeiro. Eles se reuniram com os representantes da comunidade acadêmica, como os reitores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).
Por: Raul Rodrigues.