Baseado nos eixos CRESCER, DISTRIBUIR, INOVAR E COMPETIR, o Plano de Desenvolvimento Integrado da Bahia - PDI 2035 foi discutido hoje, 06/11, entre governo, universidades, sindicatos, indústria, comércio, líderes religiosos de matriz africana e representantes de pessoas com deficiência, em Salvador.
Pensar a Bahia até o ano de 2035 com estratégias que contemplem os diversos segmentos da sociedade é o grande desafio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), Secretaria de Planejamento (Seplan) e CODES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) em parceria com as demais secretarias de governo, cujo objetivo é romper um histórico de 40 anos abaixo de 50% da renda per capita nacional.
Descentralizar a economia da capital e região metropolitana, redistribuir a renda e os empregos para o interior são alguns dos desafios que devem ser superados. “Substituir as importações por produtos produzidos aqui na Bahia e rastrear toda a cadeia produtiva dos principais setores que alavancam o PIB do Estado são alguns dos exemplos que irão compor este ciclo de estudos deste planejamento à longo prazo, explica Maria Lúcia Falcón”, superintendente de Políticas Púbicas da SDE.
Estes primeiros debates vão nortear os trabalhos que trarão à pauta, questões cruciais para o crescimento sustentável do estado nas áreas social, econômica e política. “O Codes elaborou um calendário de seminários temáticos, que começam em novembro e terminam em dezembro com os temas Infraestrutura, Formação, Ciência e Tecnologia, Mundo Rural e Recursos Hídricos, Segurança Pública e Direitos Humanos e Petróleo e Gás”, explicou o coordenador Jonas Paulo. Os encontros deste ano estão previstos para acontecer nos municípios de Juazeiro, Barreiras, Irecê, Alagoinhas, Feira de Santana, Guanambi, Vitória da Conquista, Itabuna, Eunapólis e Salvador.
Esta série de diálogos com todas as esferas da sociedade permite que se construa um plano em que todos os atores sintam-se inseridos. “A FIEB apóia qualquer ação que traga a sociedade para discutir o seu futuro, assim como as possibilidades, as potencialidades, as limitações e a forma de superá-las. Certamente teremos um plano dinâmico e adaptável à realidade”, afirma Vladson Menezes, diretor da FIEB.
O coordenador da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Bahia (FETRAF-BAHIA/CUT), Rosival Leite, espera que o PDI ajude a desenvolver ações com os pequenos agricultores e os enxergue como um vetor de desenvolvimento para o Estado.
Alguns estados brasileiros já possuem seus planos de desenvolvimento à longo prazo como Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Piauí e Rio de Janeiro.