Enquanto a cidade de Canindé de São Francisco, em Sergipe, celebra o Carnaval com festividades, os moradores do Povoado Capim Grosso enfrentam uma realidade dramática: a escassez de água potável. Em vídeo divulgado nas redes sociais, uma moradora exibe fileiras de caixas d’água vazias na Rua Santa Luzia, símbolos da precariedade que assola a comunidade. Com indignação, ela denuncia: “O carro-pipa já foi guardado”. A crítica direciona-se ao prefeito Machado Barbosa (União Brasil), acusado de negligenciar demandas essenciais da população.
A situação expõe violações graves de direitos humanos. A água, reconhecida pela ONU como recurso vital, é inacessível para famílias que dependem do carro-pipa para consumo, higiene e atividades cotidianas. Enquanto isso, o silêncio da prefeitura diante os apelos sugere prioridades distorcidas, em que o investimento em eventos temporários supera o compromisso com infraestrutura permanente.
É urgente uma resposta das autoridades. A população exige transparência: qual o plano de ação para resolver a falta de água? Por que o serviço de abastecimento foi interrompido sem alternativa? A omissão não só fere a dignidade dos cidadãos, mas também compromete a saúde pública, especialmente de crianças e idosos, mais vulneráveis a doenças relacionadas à falta de saneamento.
Que a sociedade e órgãos fiscalizadores a pressionarem por soluções imediatas. Enquanto o Carnaval celebra a vida, o Povoado Capim Grosso luta pela sua. A água não é um privilégio: é um direito. E é tempo de o poder público honrar esse dever