O caso reflete um padrão comum em gestões públicas problemáticas: a Comunicação é frequentemente usada como bode expiatório para desvios ou falhas administrativas. Enquanto a prefeitura atribui à ASCOM a responsabilidade por crises, ignora-se que o setor não possui estrutura mínima para operar. Em Canindé, os funcionários da Assessoria precisam usar celulares pessoais para registrar eventos oficiais, não há equipamentos profissionais, veículo institucional ou espaço adequado — problemas que, segundo críticos, são de responsabilidade direta do prefeito. A demissão de Yslla, profissional com histórico de atuação qualificada, é vista como uma manobra para transferir culpas e mascarar a falta de investimento em recursos essenciais.
Yslla junta-se agora a outros nomes que deixaram a gestão Barbosa em meio a conflitos, como a ex-secretária municipal de Educação. Em janeiro de 2025, a então gestora da pasta, Regilma Calixto, renunciou após perceber que seu papel era meramente decorativo, sem influência nas decisões estratégicas. Seu desligamento foi marcado por declarações públicas sobre a falta de diálogo e a gestão centralizadora do prefeito, apelidado ironicamente de “Machadinho” por críticos que associam seu estilo a autoritarismo e improvisação.
Yslla começou o seu trabalho no governo de Heleno Silva em 2013 em Canindé. Já naquele ano ela demostrava potencial jornalístico e buscou se aprimorar na área quando se mudou para Aracajú, cursou a faculdade de jornalismo e se formou. Foi a partir desse seu interesse profissional e com a sua capacidade que trabalhou como assessora políticas, em rádios, prefeituras e Câmaras de vereadores, agências de comunicação e como freelance. Por onde passou as informações são de que prestou um excelente trabalho. No meio jornalístico, a saída de Yslla da ASCOM/Canindé está sendo vista como mais um desastre do prefeito Machadinho.