O investimento na base de produção incluiu a instalação de uma área irrigada e uma cisterna, viabilizando a produção de mandioca. Para Suzana Silva, uma das beneficiárias, os investimentos representam um novo fôlego para a comunidade. "Foi um incentivo para as pessoas que deixaram de plantar, porque era uma região que a gente plantava muito e os que plantavam estavam desmotivados e pararam de plantar”.
Modernização da Produção
Além disso, antes, a comunidade contava com uma casa de farinha defasada, com prensa manual. Com os novos investimentos, agora dispõem de uma moderna unidade de beneficiamento, equipada com tecnologia de última geração, onde é processada a mandioca proveniente de toda a região.
A agroindústria também conta com uma cozinha comunitária, onde as mulheres da comunidade preparam diversos produtos derivados da mandioca, como sequilhos, bolos, pães e farinha, que são destinados ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e mercado local.
Maria José Barbosa ressalta a valorização da cultura da mandioca. "Essa agroindústria veio para trazer valorização à mandioca. Antes, a gente não queria plantar porque não tinha onde fazer a farinha. Nossa casa de farinha era antiga e não dava possibilidades de a gente crescer. Agora, com essa agroindústria equipada, podemos fazer a farinha e todos os produtos derivados da mandioca que se pode imaginar”.
Capacitação: Diversificação e Empoderamento
A comunidade também foi beneficiada com uma Oficina de Processamento de Derivados da Mandioca, outro marco para a comunidade, promovida pela CAR, empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Durante a capacitação, as mulheres aprenderam a criar novos produtos, como petas saborizadas, biscoitos de polvilho, empadinhas de mandioca, lasanha de mandioca, panetone com mandioca, pão de queijo com mandioca, pão de mandioca, sorvete de mandioca e mousse de mandioca.
Maria Célia destaca o impacto positivo dos investimentos da CAR na comunidade. "A CAR primeiro trouxe água para nós, para a nossa plantação de mandioca. Depois veio nossa unidade de beneficiamento, que produz fécula, farinha, goma e tapioca. Essa agroindústria está trazendo para nós mulheres mais oportunidades de produzir mais e de vender nossos produtos. Com esses equipamentos e, agora, capacitadas para produzir com variedade, a gente consegue produzir várias receitas diferentes e, com isso, a gente produz mais, pega mais encomendas, gerando renda extra para manter nossas famílias”.
Os investimentos da CAR na comunidade Sítio Ceilão não apenas modernizaram a produção de mandioca na região, mas também capacitaram a comunidade, proporcionando novas oportunidades de geração de renda e o fortalecimento socioeconômico local.
Por: Silvia Costa.