Nos últimos dias, os sinais de aproximação com o governador Jerônimo Rodrigues (PT) ficaram mais evidentes. Fontes próximas ao Palácio de Ondina garantem que conversas têm sido “quentes” e objetivas, o PSD quer espaço, mas também quer participar de um projeto que mantenha a Bahia no rumo das políticas sociais e de desenvolvimento que marcaram os últimos anos. E nisso, Jerônimo tem trunfos, obras em andamento, programas de inclusão e a força de um governo que mantém alta aprovação popular.
A oposição, liderada por ACM Neto, observa de longe e sabe que, se o PSD fechar com Jerônimo, o caminho para 2026 fica muito mais íngreme. “É como tirar o oxigênio da sala”, confidenciou um aliado oposicionista, sob reserva. Afinal, o PSD não é apenas um partido, é uma rede capilarizada que chega onde outros não chegam, especialmente no interior.
Para o governador, a aliança não é apenas estratégica, mas simbólica. Representa a consolidação de um bloco político que une experiência administrativa, força eleitoral e compromisso com pautas que dialogam com a população mais vulnerável. “A Bahia precisa de unidade para continuar avançando”, disse Jerônimo em evento recente, sem citar diretamente o PSD, mas deixando no ar o recado.
Enquanto isso, Otto Alencar mantém o suspense. Não confirma, não nega, mas sorri quando perguntado. E, na política, sorriso é sinal de que o jogo está bom para quem sabe jogar.
Se o casamento for confirmado, será mais do que uma vitória de bastidores, será um golpe de mestre que pode redesenhar o mapa eleitoral da Bahia e deixar a oposição comendo poeira até a próxima curva.