Luis Almeida ressaltou a parceria com o Governo da Bahia, por meio do projeto da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), Pró-Semiárido, que possibilitou a ampliação das ações de Recaatingamento em 20 comunidades do Semiárido baiano, com experiências significativas tanto na recuperação de 10 mil hectares do bioma quanto na convivência entre os/as agricultores/as e o Semiárido.
“O diferencial da metodologia é o empoderamento das famílias, ter o povo presente, dentro das áreas, participando e tomando decisões. Com isso, é fortalecido nelas o entendimento de que é muito mais estratégico manter a Caatinga em pé. Recuperar a ideia de que temos uma terra próspera, farta e biodiversa”, defendeu Luis Almeida.
Segundo o agrônomo, quando o assunto é a relação do uso terra para a preservação e a conservação do bioma, garantia da segurança alimentar das famílias e a geração de renda, é preciso atentar para o uso da área, observando o tamanho adequado para a criação dos animais, para que não haja empobrecimento e sobrecarga dos bens naturais.
Ele destacou ainda a importância do assessoramento técnico contínuo implantado nas áreas em que a metodologia do Recaatingamento é aplicada, o que tem possibilitado resultados positivos, inclusive com a ampliação do uso responsável da Caatinga para atividades produtivas como a apicultura, meliponicultura e o beneficiamento de frutas. O Recaatingamento é “rememorar a Caatinga, trazê-la para o lugar dela, um lugar de vida abundante e de dignidade”, concluiu.
O projeto Pró-Semiárido é executado pela CAR, empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), cofinanciado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA).