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Foto: Matheus Landim |
Para a psicóloga Íris Paiva, que participa pela primeira vez da marcha, uma oportunidade de discutir equidade nos espaços profissionais e de poder. “Vendo a violência, vendo a distinção em relação ao homem até mesmo na nossa categoria [profissional], a gente percebe que existe um preconceito: é mulher, não pode. Tem a questão da idade, né? Da dificuldade de se encaixar nos espaços profissionais. Então eu tô aqui hoje para poder representar a minha categoria, representar a mulher e ser a mulher que eu sou”, dividiu.
Com o tema “Mulheres vivas, livres e sem medo”, o ato contou com centenas de mulheres e com a participação de movimentos sociais como o Movimento Negro Unificado (MNU), a Marcha Mundial das Mulheres e de organizações como a TamoJuntas, fundada por Laina Crisóstomo, que participa há mais de 10 anos da Marcha 8M, e atua na assistência jurídica de mulheres vítimas de violência.
“A marcha é, justamente, esse espaço de muitas mulheres, de movimentos populares, de associações de bairro, entendendo a importância de ocupar as ruas, lutando por seus direitos. Esse ano tem um tema muito importante para nós, né? Mulheres pelo fim do feminicídio, pelo direito à cidade, pelo bem-viver. A gente ainda tem que dizer para os homens que se terminar a relação, não pode matar a mulher. Por isso, estamos nas ruas pela vida de todas as mulheres, para dizer que a gente precisa seguir lutando pelas próximas gerações”, analisou.
A caminhada integrou a programação da Bahia na data, reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, que simboliza a luta histórica das mulheres por direitos sociais. Inicialmente voltada às melhores condições de trabalho, direito ao voto e à igualdade de oportunidades, hoje os movimentos de mulheres também pautam, neste dia, o combate ao machismo e à violência de gênero.
Por: Milena Fahel.