No local, são cultivados diversos alimentos, como cebolinha, hortelã, couve, manjericão, alface, quiabo, abóbora, pepino, cenoura e pimentão, utilizando a técnica de canteiros circulares em formato de mandala. Essa prática, apresentada no sistema PAIS, otimiza o uso do espaço, promove a diversificação da produção e valoriza a cultura agrícola tradicional. Essa combinação resulta em uma produção de alimentos mais eficiente, além de contribuir para a preservação ambiental e fortalecer a agricultura familiar.
Adilson Pereira, presidente da Associação dos Pequenos Produtores da Região de Ponto Seco, relata que a comunidade está produzindo tanto para consumo próprio quanto para comercialização. “Possuímos quatro sistemas e comercializamos cerca de 800 quilos de coentro e mais de 500 quilos de cebolinha, por mês. Temos uma produção continuada. Agora estamos fazendo um sistema orgânico para melhorar a produção”.
Outro beneficiário do Sistema PAIS é Enilton da Conceição. Ele também comenta sobre os benefícios que a técnica trouxe para a comunidade. "Foi um sistema que trouxe diversos benefícios para a nossa comunidade, como o plantio de hortaliças, que antes tínhamos que comprar. Com esse sistema, geramos renda para as famílias, produzimos o suficiente para o nosso consumo e já comercializamos para cidades vizinhas".
As famílias de Ponto Seco também contam com um galinheiro e iniciaram a produção de ovos. No sistema PAIS, o galinheiro desempenha um papel essencial na sustentabilidade e integração dos elementos agroecológicos. As galinhas são criadas de forma livre, com acesso a áreas externas, confiantes para o controle natural de pragas. Suas fezes são utilizadas como adubo orgânico, melhorando a fertilidade do solo.
Além disso, os ovos podem ser consumidos ou comercializados, gerando renda adicional. O galinheiro também promove o equilíbrio ecológico ao auxiliar no controle biológico de pragas. Essa integração fortalece a sustentabilidade e a produção de alimentos saudáveis no sistema PAIS.
Foto: Geraldo Carvalho.