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Dimas Roque

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Um Baile de Máscaras no Palácio de Ondina

September 8, 2025 7:59 , by Dimas Roque - | No one following this article yet.
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O ar no Palácio de Ondina não está apenas quente pelo sol de setembro. Está borbulhando. Enquanto as câmeras capturam sorrisos e apertos de mão, nos bastidores, o xadrez da sucessão de 2026 está sendo jogado com a delicadeza de um açougueiro. O cargo de vice-governador, que por vezes parece uma sombra, se tornou o centro das atenções, e o que está em jogo não é apenas um lugar na chapa, mas o futuro da hegemonia do Partido dos Trabalhadores na Bahia.

A disputa, que parece silenciosa para os desavisados, é na verdade um grito surdo que ecoa nos corredores da Assembleia Legislativa. O governador Jerônimo Rodrigues, com a calma que lhe é peculiar, observa a movimentação. E essa aparente tranquilidade é sua maior arma. Diferente de outros líderes que se deixam levar pela pressão, Jerônimo tem a paciência de um artesão. Ele entende que o tempo é um aliado e que, neste momento, o jogo é mais sobre a lealdade do que sobre a ambição.

Do lado de cá, a fila de pretendentes cresce a cada dia. Há os aliados de primeira hora, aqueles que estavam ao lado do governador nas trincheiras das campanhas passadas. Há os novos e promissores, que surgiram como estrelas em ascensão, e há também os que, com ares de veteranos, se posicionam como salvadores da pátria. Todos querem o lugar, a caneta e o poder de ditar os rumos do estado. Mas Jerônimo e o PT sabem que a escolha da vice-governança é o pilar da sua permanência no poder.

A escolha de Jerônimo será um recado. Um recado para os aliados, para a oposição e para a população baiana. O nome que for ungido terá a difícil tarefa de unir forças e fortalecer a base do governo, que, apesar de sólida, enfrenta os desafios naturais de qualquer gestão. Não se trata apenas de quem tem mais votos ou de quem é mais popular nas redes sociais. A escolha será sobre quem tem a capacidade de governar, de dialogar e de manter a chama da esperança acesa no coração dos baianos.

O PT, ciente da responsabilidade, age com cautela. A palavra de ordem é unidade. O partido sabe que qualquer racha pode abrir uma porta para a oposição. E, por isso, a escolha do vice será um gesto de conciliação, de união de forças e de reafirmação do projeto político que tem transformado a Bahia nos últimos anos. A disputa pelo cargo é, na verdade, um rito de passagem, um teste de fogo que o PT e o governador Jerônimo Rodrigues estão enfrentando com a maestria de quem já domina a arte de governar.

O baile de máscaras no Palácio de Ondina continua, e o suspense só aumenta. Mas, no final das contas, o que realmente importa não é quem dança com quem, mas sim quem sairá da festa com o anel de vice-governador e a responsabilidade de ajudar a guiar a Bahia para o futuro.


Source: http://www.dimasroque.com.br/2025/09/um-baile-de-mascaras-no-palacio-de.html

Dimas Roque

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