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Governo de SP contrata Microsoft para gestão de dados de segurança pública

19 de Abril de 2014, 6:10 , por Desconhecido - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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inclusao-digital

A Secretaria da Segurança Pública do estado de São Paulo anunciou nesta semana um acordo, no total de R$ 9,7 milhões, com a Microsoft. A empresa vai implantar no estado seu sistema de coleta, cruzamento e análise de informações sobre segurança.

O programa, parte da modernização da inteligência da polícia paulista, batizado de Detecta, fará o monitoramento criminal do estado de São Paulo. A polícia de Nova York, que já usa a tecnologia, também participa do acordo.

“É a primeira vez que esse modelo de sistema, com alarme e monitoramento inteligente, sai dos Estados Unidos e vamos implantá-lo aqui em São Paulo. Esperamos que ele esteja operando em 120 dias. É um software extremamente inteligente que integra informações, buscas, alarmes, ou seja, uma ferramenta importantíssima para o combate ao crime”, frisou o governador Geraldo Alckmin durante coletiva de imprensa.

A ferramenta faz a indexação de grandes quantidades de informação policial e associações automáticas entre esses dados. As informações coletadas podem ser características de um suspeito coletadas por câmeras de monitoramento ou a forma como um crime foi praticado. Dados desse tipo, normalmente apresentados isoladamente, serão associados quando forem semelhantes.

“Técnicos do governo visitaram três países (Inglaterra, Holanda e Estados Unidos), mas o sistema de Nova York foi o que mais se aproximou, em termos tecnológicos, das necessidades do Estado de São Paulo”, afirmou o secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira.

Além disso, o Detecta permitirá que informações de diversos bancos de dados sejam filtradas de uma forma pré-estabelecida para que seja emitido um alerta sobre crimes. De acordo com a secretaria, a esoclha pelo sistema da Microsoft também se deu pela velocidade de implantação e resultados. Em resposta à ARede, a assessoria de imprensa informou que “os softwares livres demandam muito tempo para desenvolvimento de um sistema e não foi localizada nenhuma solução pronta”.

Esses dados serão automaticamente relacionados e apresentados para o usuário, que pode ser um policial de patrulhamento, um investigador ou o responsável pelo planejamento dos recursos de segurança pública em um determinado local.

Os primeiros resultados desta nova etapa do Detecta estão previstos para quatro meses a partir do início do funcionamento do sistema de monitoramento. Nos próximos três meses, serão realizadas três ações em paralelo: adaptação do sistema para as normas brasileiras, com tradução e troca para unidades utilizadas – de milhas para km, por exemplo; treinamento dos primeiros usuários do sistema; implantação do sistema.

No quarto mês, os alertas para 10 mil padrões de crimes que foram desenvolvidos em Nova York serão adaptados para as necessidades da polícia paulista. No restante do contrato de dez meses, a Microsoft será responsável por desenvolver novos alertas e regras do sistema de acordo com a experiência que estará em desenvolvimento em São Paulo.

O contrato prevê a transferência da propriedade intelectual – compartilhada com a Microsoft – de todas as aplicações que forem desenvolvidas em São Paulo para o sistema de monitoramento inteligente. Com isso, São Paulo poderá continuar o aprimoramento da ferramenta ao trocar experiências com Nova York ou outra cidade que também use o sistema.

O código-fonte da aplicação será de propriedade do Estado de São Paulo. “São Paulo não só vai aprender a manipular o sistema, como a desenvolver novas funções nele e terá a propriedade compartilhada com a Microsoft de todas as aplicações desenvolvidas no Estado, sem restrição de tempo”, afirma a Secretaria.

Segundo a Secretaria, a ferramenta une as tecnologias de Big Data, que armazena e processa grandes quantidades de informações, e business intelligence, que permite processar informações para finalidades determinadas previamente, como no caso dos alarmes. O órgão afirma que os dados serão tratados sempre de forma confidencial, e que a Microsoft não terá como acessá-los sem autorização ou conhecimento do governo.

“A Secretaria da Segurança Pública não negocia a confidencialidade de seus dados. As informações ficarão nos servidores isolados da internet e serão gerenciados pela Prodesp. A Microsoft será responsável pelo treinamento, desenvolvimento e adaptações das funções do sistema, sem armazenar dados de São Paulo. Como o código-fonte dessa aplicação será de propriedade do Estado de São Paulo, o sistema poderá ser auditado a qualquer momento”, diz em comunicado.

O nome original do sistema é DAS (Domain Awareness System ou Sistema de Domínio da Consciência, em livre tradução) e permite uma função tecnológica chamada de Consciência Situacional, que é esse acesso e cruzamento de informações para facilitar aos policiais o entendimento das situações que estão lidando.

Também conforme a Seretaria, a Prodesp vai gerenciar os servidores onde roda o sistema, que não terão acesso à internet para que os dados sejam protegidos.

O acesso à nova ferramenta do Detecta poderá ser feito por meio de computadores, notebooks, tablets e smartphones a partir do Copom (Centro de Operações da Polícia Militar), do Cepol (Centro de Comunicações e Operações da Polícia Civil) e do Ciisp (Centro Integrado de Inteligência de Segurança Pública do Estado de São Paulo), garante a Secretaria.

Depois de finalizado o acordo com a Microsoft, o governo paulista poderá contratar outra empresa ou usar a própria equipe para gerir a ferramenta, uma vez que deterá o código-fonte e conhecimento técnico para usar o sistema.

Fonte: ARede


Fonte: http://www.revista.espiritolivre.org/governo-de-sp-contrata-microsoft-para-gestao-de-dados-de-seguranca-publica

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