Hackers possivelmente de origem chinesa teriam se infiltrado em computadores dos ministérios das relações exteriores de cinco países da Europa antes da reunião do G20, realizada em setembro deste ano. A informação foi divulgada pelos pesquisadores de segurança da FireEye, que mantiveram em sigilo o nome dos países atingidos.
Os pesquisadores da empresa de segurança fizeram uma avaliação da campanha de ataque, apelidada de Ke3chang, e ganharam acesso temporário a um dos servidores CnC (command-and-control) usado pelo grupo de hackers. Depois de ter invadido os computadores dos alvos, os hackers se moveram por redes internas infectando outros sistemas, diz o relatório da FireEye.
Os pesquisadores perderam o acesso ao servidor CnC que estavam monitorando antes dos atacantes começarem a extrair informações sensíveis dos computadores invadidos, uma fase operacional chamada de “data exfiltration”, mas acreditam que essa era a meta final dos atacantes.
“Acreditamos que os atacantes do Ke3chang estão operando a partir da China e tem estado ativos desde 2010″, escrevem os pesquisadores no relatório. Os atacantes usaram 23 diferentes servidores CnC e a FireEye teve acesso a um deles durante uma semana. Nesse período, os pesquisadores identificaram pelo menos 21 computadores comprometidos conectados ao servidor.
A campanha de ataque começou em agosto de 2013 e usou como isca uma série de e-mails de phishing contendo um anexo malicioso chamado US_military_options_in_Syria.zip. O anexo continha um arquivo executável que, quando aberto, instalava um programa do tipo backdoor que permitiu aos atacantes fazer o upload ou download de arquivos e controlar os sistemas comprometidos.
Os pesquisadores da FireEye acreditam que o uso de um tema ligado à Síria no ataque e o período em que foi desencadeado (um pouco antes do encontro G20 Summit em São Petersburgo) não foi coincidência. A reunião do G20 foi dominada por discussões sobre a guerra civil na Síria e uma potencial intervenção militar americana seguida do uso de armas químicas no conflito.
Ao longo dos anos, os mesmos atacantes alvejaram organizações ligadas a diversas atividades, desde aeroespacial, energia, governo, alta technologia, serviços de consultoria, química, manufatura e mineração, em diferentes campanhas. O número de vítimas no entanto não foi grande, o que sugere que o grupo seja muito seletivo no tipo de informação que está buscando.
Fonte: IDGnow
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