Google pode ser multado em mais de US$ 6 bi na Europa por concorrência desleal
19 de Abril de 2015, 22:36O maior buscador da internet, o Google, está sendo acusado pela União Europeia de abusar de sua posição dominante no mercado de buscas. De acordo com o informações desta quarta-feira (15), a atitude do Google poderá gerar a companhia uma multa de até US$ 6,6 bilhões. A decisão será anunciada ainda hoje por Margrethe Vestager, comissária de defesa da concorrência da UE, após uma reunião semanal dos 28 comissários da União Europeia.
Este pode ser um dos maiores casos de antitruste ligados a uma empresa de tecnologia no continente europeu. A Microsoft já foi processada e recebeu multa de 2,2 bilhões de euros na última década. A Intel também foi punida com uma multa superior a US$ 1 bilhão. Contudo, nenhum dos casos teve tamanha proporção como este envolvendo a empresa de Mountain View, que, além de poder ter que pagar a multa, também pode ser forçada a mudar suas práticas comerciais para dar aos concorrentes menores, como o Yelp, mais espaço no segmento.
Antitruste é uma lei que se destina a punir práticas anticompetitivas que usam o poder de mercado para restringir a produção e aumentar preços, de modo a não atrair novos competidores ou eliminar a concorrência.
A investigação acontece em meio a uma onda de oposição política na Europa contra o domínio de empresas de tecnologia dos Estados Unidos. Desde que a investigação teve início, em 2010, o Google fez três propostas para solucionar o caso. Há pouco mais de um ano, a companhia americana ofereceu maior visibilidade a produtos e serviços concorrentes em seu site, poder de decisão aos provedores sobre o tipo de conteúdo que desejam utilizar e facilitar aos anunciantes a transferência de campanhas publicitárias para rivais.
Representantes do Google se recusaram a comentar sobre qualquer ação das autoridades europeias. Mas, em um memorando interno aos empregados, a empresa informou que espera que a comissão apresente uma declaração de objeções sobre como a empresa exibe resultados de pesquisa, especialmente para fazer compras. Também é esperado que as autoridades abram uma investigação sobre o Android, sistema móvel da empresa.
“Nós temos um caso muito forte, com bons argumentos, especialmente quando se trata de serviços de melhor qualidade para os usuários e aumento da concorrência”, disse a nota. “Ao todo, os consumidores têm uma grande quantidade de escolha – e eles a estão exercendo”.
Ainda não está claro quais acusações Vestager irá incluir contra o Google, mas a pressão exercida sobre a empresa na Europa é apenas um dos problemas regulatórios que gigantes da tecnologia como a Amazon, Facebook e Apple estão enfrentando no continente. As autoridades antitruste da Europa já abriram investigações sobre a baixa tributação que tanto a Apple como a Amazon recebem. Além disso, há o questionamento sobre se o Facebook está protegendo com segurança os dados de milhões de pessoas online.
Legisladores europeus afirmaram que tais investigações não são especificamente destinadas a empresas americanas de tecnologia, apesar de muitos executivos do setor concluírem que são destinadas a ajudar empresas de tecnologia europeias, que até agora têm sido incapazes de competir com seus concorrentes americanos.
A investigação contra o Google já se arrasta há quase cinco anos na Comissão Europeia, sem acusações formais ou uma solução negociada. O principal foco da investigação é que o Google abusou de sua grande participação no mercado de buscas para favorecer seus próprios produtos. O motor de busca é mais dominante na Europa do que nos Estados Unidos, onde concorrentes como o Bing da Microsoft têm uma quota de mercado mais ampla.
Apesar disso tudo, ainda é possível que a empresa norte-americana resolva a questão e se livre da multa de mais de US$ 6 bilhões. Seja qual for a decisão tomada, analistas afirmam que o negócio terá um impacto maior sobre o negócio do que em tentativas anteriores. “Todos devem ter igualdade de tratamento”, disse Thomas Vinje, advogado da FairSearch Europa, que representa os rivais do Google.
Para Fredrick Federley, membro sueco do Parlamento Europeu, porém, o verdadeiro desafio da Europa é desenvolver empresas digitais de sucesso. “Em vez de encontrarmos maneiras de punir empresas americanas, devemos nos perguntar por que há tão poucos concorrentes caseiros para tais empresas.”
Com informações de Re/Code e The New York Times e Canaltech.
Pesquisadores afirmam ser possível ter pequenas antenas em microchips
19 de Abril de 2015, 22:32Antenas ainda precisam ser relativamente grandes. Precisam ter tamanho suficiente para criar e trabalhar com ondas eletromagnéticas para se comunicarem com precisão. Porém, essa limitação pode mudar muito em breve: uma pesquisa publicada na Physical Review Letters indica a possibilidade de construir uma nova geração de minúsculas antenas, tão pequenas que podem ser acopladas a chips de smartphones e dispositivos vestíveis.
A inovação teria base na teoria de que as ondas eletromagnéticas não são geradas apenas pela aceleração de eletrônicos, mas também por algo denominado “quebra de simetria”. O campo elétrico, que normalmente é simétrico, neste caso não seria: quando as cargas não estão em movimento, a simetria fica intacta, o que deixa de acontecer quando elas se mexem. Essa disrupção aparentemente cria ondas eletromagnéticas, que poderiam ser conduzidas por diminutas antenas.
A teoria eletromagnética é relativamente velha e não tem um modelo matemático muito bem definido, por isso, segundo o autor do texto, Dr. Dhiraj Sinha, não há como explicar como ou por que um material que não deixa elétrons se moverem pode atuar como uma antena. “Este é um mistério que intriga cientistas e engenheiros há mais de 60 anos”, diz.
Ao usar filmes de material piezoelétrico, que reagem e vibram quando uma voltagem é aplicada, os pesquisadores encontraram certas frequências que poderiam atuar como antenas. “Se você quer usar esses materiais para transmitir energia, então precisa quebrar a simetria, bem como acelerar os elétrons. Esta é a peça do quebra-cabeça que está faltando na teoria eletromagnética”, explica o professor Gehan Amaratunga, do Departamento de Engenharia de Cambridge.
Essas descobertas estão apenas começando, entretanto, abrem várias novos caminhos sobre o uso das pequenas antenas. “Não estou sugerindo que chegamos a uma grande teoria unificada, mas esses resultados vão auxiluiar a compreensão de como o eletromagnetismo e a mecânica quântica se cruzam e se unem. Isso abre toda uma gama de possibilidades para explorar”, complementa Amaratunga.
Com informações de Engadget e Canaltech.
Cyanogen vai utilizar aplicativos da Microsoft em suas versões do Android
19 de Abril de 2015, 22:29Recentemente, a Cyanogen arrecadou US$ 80 milhões entre investidores como Twitter, Telefônica, Qualcomm, Rupert Murdoch, Index Ventures, Access Industries, entre outros. Na ocasião, a Microsoft não participou da rodada de financiamentos, pois rumores diziam que as duas empresas estavam perto de formalizar uma parceria muito mais ampla. Finalmente isso foi confirmado.
Nesta quinta-feira (16), a Cyanogen confirmou que vai integrar os aplicativos de consumo e serviço da Microsoft em seu sistema operacional. Bing, Skype, OneDrive, OneNote, Outlook e Microsoft Office virão na versão personalizada do Android da empresa ainda este ano. Como parte dessa parceria, a gigante do software se comprometeu a criar “integrações nativas” para o Cyanogen OS.
Recentemente, a Microsoft lançou diversos aplicativos para Android e anunciou parcerias com mais de 10 fabricantes de hardware para embutir sua pasta chamada “Microsoft Apps”, recheada de apps da empresa, em alguns dispositivos Android que devem ser lançados no final deste ano. O Samsung Galaxy S6, por exemplo, virá com a pasta fixada em sua tela inicial.
“Esta empolgante parceria com a Microsoft nos permitirá trazer novos tipos de serviços integrados para usuários móveis em diversos mercados ao redor do mundo”, disse Kirt McMaster, CEO da Cyanogen. A Microsoft disse que vai continuar oferecendo recursos relacionados à produtividade e comunicação para o Windows e está feliz em oferecer os mesmos “poderosos serviços” aos usuários do Cyanogen.
Esse é mais um movimento que faz parte da recente estratégia de Redmond para abraçar outras plataformas. Atualmente, a empresa norte-americana possui mais de 100 aplicativos disponíveis para Android e iOS.
TSE fará consulta pública sobre testes em urnas eletrônicas
19 de Abril de 2015, 22:26O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quer saber a opinião da população sobre testes nas urnas eletrônicas, o principal meio de votação e apuração no Brasil.
Foi aprovado por unanimidade nesta terça-feira (14), pelo Plenário da Corte, uma medida que garante que o público possa entrar no site do TSE e opinar sobre a obrigatoriedade e regularidade de testes feitos nas urnas eletrônicas.
A ideia da proposta é institucionalizar os testes públicos de segurança nas urnas, tornando isso uma prática obrigatória e periódica. Além disso, os eleitores também poderão dar sua opinião sobre o que é ou não a área de atuação do TSE – uma vez que eleições são eventos complexos e cheios de detalhes para planejar e executar. O PSDB pediu uma audiência pública, mas o TSE propôs como alternativa a publicação da minuta (nome formal do projeto) na internet, possibilitando que todos os partidos políticos e outros órgãos interessados, como a Ordem dos Advogados do Brasil e o Ministério Público, tivessem acesso irrestrito à proposta.
Segundo o presidente do Tribunal, Dias Toffoli, é importante que o tema seja regulamentado o quanto antes para que haja tempo hábil para planejar, organizar e realizar os próximos testes ainda este ano, antes das eleições municipais de 2016.
“Na impossibilidade de se convocar audiência pública de imediato, proponho que se transforme a deliberação em diligência e a diligência que eu proponho é a publicação da minuta na internet, no sítio oficial do TSE (…) para que (todos) possam encaminhar sugestões”, concluiu Toffoli. Segundo o ministro, a intenção é que a análise da proposta seja retomada no próximo dia 28.
A proposta
Os testes públicos de segurança têm como objetivo localizar e corrigir possíveis falhas nas urnas, principalmente no que diz respeito à integridade e anonimato dos votos. Quem sugeriu tornar esses testes periódicos e obrigatórios foi o ministro Gilmar Mendes, vice-presidente do TSE. Se a minuta for aprovada, os testes se tornarão parte integrante do processo eleitoral brasileiro e deverão ocorrer antes de cada eleição, preferencialmente no segundo semestre do ano anterior à votação.
Mais informações podem ser encontradas no site do Tribunal Superior Eleitoral.
Com informações de Convergência Digital e Canaltech.
Google formaliza os óculos de realidade virtual feitos de papelão
19 de Abril de 2015, 22:22Começou quase que como uma piada, mas acabou se tornando uma grande alternativa e, por que não, um bom negócio para o Google. A ideia de construir óculos de realidade virtual feitos de papelão para acoplar o celular ganhou as manchetes de todo o mundo e deu origem a um verdadeiro mercado de variações e versões diferentes, voltados para públicos, aparelhos e utilizações diversas. E a gigante das buscas acaba de oficializar toda essa produção artesanal, criando o selo “Works With Cardboard”.
A ideia, aqui, é facilitar a vida de usuários, fabricantes e desenvolvedores na hora de trabalhar com tais equipamentos. Para os primeiros, o selo que será distribuído aos desenvolvedores garante que seus softwares funcionem com todos os óculos oficializados, além de mostrar que eles contam com ferramentas de compatibilidade para garantir que tudo corra bem com os mais variados modelos.
Enquanto isso, os produtores desse tipo de solução caseira passam a contar com uma ferramenta que facilita a adaptação. Cada um deles, por exemplo, pode inserir informações sobre a distância focal da lente usada e o método de controle, recebendo um QR Code que, quando escaneado pelo utilizador, adapta os apps ao “aparelho” que ele tem em mãos, tudo de forma rápida e simples.
A iniciativa foi bem recebida pelos desenvolvedores de software, mas ao mesmo tempo, significa que eles terão um pouco mais de trabalho na hora de produzir aplicações para o Cardboard. Agora, para que eles recebam a certificação e permaneçam com ela, será obrigatório que os apps funcionem com todos os modelos oficializados, de forma a garantir a maior abrangência possível, justamente o grande mote por trás do projeto.
Para facilitar esse trabalho, o Google promete lançar uma série de documentos com instruções e regras a serem seguidas, além de atualizar o SDK do Cardboard para que ele indique quando algo está fora dos padrões. Além disso, a ideia é sugerir alterações a serem feitas de forma automática, pelo próprio kit de desenvolvimento, de forma a reduzir a carga de trabalho sobre os produtores independentes, por exemplo.
De acordo com declarações anteriores, a ideia do projeto é justamente garantir que o mundo da realidade virtual seja aberto e esteja disponível para todos. Ao liberar esquemas e instruções para que usuários criem seus próprios óculos e utilizem os celulares que já possuem, o Google deseja abrir as portas dessa tendência para além dos dispositivos caros e fechados que devem chegar pelas mãos de empresas como Sony e Facebook, por exemplo.
Alguns podem dizer, porém, que essa padronização pode ser um passo atrás nesse sentido, já que impõe regras criadas pelo próprio Google sobre uma tecnologia que, em sua concepção, deveria ser livre. Em defesa, a empresa poderia alegar que a ideia é basicamente a mesma do Android – um sistema livre a todos, mas que tem um segmento “mainstream” focado para atingir o maior número possível de usuários.
Com informações de Google, Slash Gear e Canaltech.