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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Tue, 30 Jul 2013 17:00:34 +0000

30 de Julho de 2013, 11:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

PRESIDENTA SAI EM DEFESA DE JOAQUIM BARBOSA – ENTÃO TÁ…-Vídeo

Blog Justiceira De Esquerda (noreply@blogger.com)

martes, julio 30, 2013, 1:54 pm

POLITICA

 
 
Dilma Rousseff critica o fato de pessoas quererem “criar constrangimento” entre ela e o presidente do STF e afirma que ministro sorriu para ela, ao se referir à polêmica imagem em que ele parece a ignorar em encontro com o Papa. “Já nos encontramos duas vezes nas últimas semanas, uma delas a meu pedido e outra a pedido dele. Como presidente de poder, o Joaquim Barbosa sempre foi extremamente correto comigo. E eu tenho absoluta clareza de que ele jamais faria uma coisa dessas”
 
30 DE JULHO DE 2013 
 
247 – A sequência de imagens realizadas durante o encontro do Papa Francisco com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, no Rio de Janeiro, quase não deixa dúvidas. O ministro apertou a mão do pontífice e em seguida, virou as costas e foi embora. A presidente Dilma Rousseff, que estava a sua frente, teria sido “ignorada”. Mas tudo não passou de um mal entendido, segundo Barbosa e, agora, a própria presidente Dilma.
 
A petista saiu em defesa do presidente da Corte e atribuiu a polêmica a pessoas que quererem “criar constrangimento”. Leia a informação de Mônica Bergamo, da Folha:
 
JOAQUIM É MEU AMIGO
A presidente Dilma Rousseff sai em defesa de Joaquim Barbosa, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal). “Ele não fez nada”, afirma a petista sobre a imagem de TV que mostraria o magistrado cumprimentando o papa Francisco e passando reto por ela numa cerimônia no Rio de Janeiro, na semana passada.
 
BRIGOU COM ELE
Barbosa foi atacado em sites e mídias sociais pela suposta “arrogância” e falta de educação. “O ministro Joaquim chegou [ao local da audiência com o santo padre] e logo mandei chamá-lo para a sala em que eu estava. Ficamos duas horas conversando e vendo TV.”
 
BRIGOU COMIGO
Na hora dos cumprimentos, Dilma diz que apresentou Barbosa ao papa explicando que “esse senhor é o primeiro negro presidente do tribunal, pelos seus méritos, uma pessoa que se superou”. E emenda: “O papa se aproximou dele de forma afetiva e o ministro sorriu para mim”.
 
É INÚTIL
Dilma critica o fato de pessoas quererem “criar constrangimento” entre ela e o presidente do STF. “Já nos encontramos duas vezes nas últimas semanas, uma delas a meu pedido e outra a pedido dele. Como presidente de poder, o Joaquim Barbosa sempre foi extremamente correto comigo. E eu tenho absoluta clareza de que ele jamais faria uma coisa dessas [referindo-se à cena do papa].”
 

 


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Tue, 30 Jul 2013 16:37:53 +0000

30 de Julho de 2013, 10:37, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Onde estão os Amarildos?

DIARIO DO CENTRO DO MUNDO 30 DE JULHO DE 2013

 

Muita gente desaparece nas favelas pacificadas do Rio.

A família do pedreiro desaparecido

A família do pedreiro desaparecido

O texto abaixo foi publicado no site Unisinos. Os autores são Martha Neiva Moreira, Rogério Daflon e Camila Nobrega.

O assessor Guilherme Pimentel, da Comissão de Direitos Humanos, foi convocado no último dia 17 a ir a uma manifestação de moradores da Rocinha. Eles tinham fechado a estrada Lagoa-Barra na altura da comunidade.

O protesto vinha em forma de pergunta: Cadê o Amarildo?

O clima era de tensão e revolta. Na véspera, alertada por residentes da favela de São Conrado, a comissão já informara o desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza à Polícia Civil, à Coordenação das UPPs.

- É preocupante essa história de um cidadão desaparecer, logo depois de ter sido levado para averiguação na polícia na sede da UPP da Rocinha. Isso demonstra a fragilidade da democracia em algumas áreas da cidade – disse Guilherme.

Ele informou que a família depusera, dois dias antes, na Comissão de Direitos Humanos da Alerj na presença do delegado que investiga o caso, Orlando Zaccone.

O pedreiro foi visto pela última vez na noite do dia 14 de julho, após uma operação da Polícia Militar para prender 30 pessoas da comunidade suspeitas de participação no tráfico local.

Testemunhas dizem que ele entrou na sede da UPP, mas não saiu. A entrada foi filmada, mas na saída, de acordo com a polícia, as câmeras não estavam funcionando. Para o delegado Orlando Zaccone, os protestos são legítimos.

- Eles mostram que não existe vida mais importante que outra – disse Zaccone.

O caso deve ir para a Delegacia de Homicídios nos próximos dias.

A Comissão de Direitos Humanos da Alerj, com a presença do deputado Marcelo Freixo, do PSOL, reuniu-se com cúpula de segurança pública, para fazer um pedido simples: uma resposta mais densa sobre o desaparecimento de Amarildo.

Nela, estiveram presentes o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, a chefe da Polícia Civil Martha Rocha e o major Paulo Henrique, da UPP da Rocinha. Mas até agora não houve nenhuma resposta convincente.

O primeiro caso de morte de um morador de uma favela pacificada de que se tem notícia ocorreu em 12 de junho de 2011, dia dos namorados, no Pavão-Pavãozinho.

André Ferreira, de 19 anos, saiu apressado para uma festa onde a namorada, grávida de 9 meses, o esperava. No caminho, foi abordado por policiais e, logo depois, foi encontrado nas ruas da comunidade ferido por tiros.

À época, a polícia classificou o caso como um “auto de resistência”, em menção a uma possível reação brusca do jovem à abordagem. A perícia concluiu, no entanto, que o jovem foi ferido pelas costas.

André Ferreira, 19 anos, foi para uma festa onde a namorada o esperava, mas jamais chegou ao destino

André Ferreira, 19 anos, foi para uma festa onde a namorada o esperava, mas jamais chegou ao destino

No mesmo dia, moradores que assistiram à cena foram às ruas protestar. Os policiais envolvidos ainda respondem em liberdade por processo referente ao caso.

Após o ocorrido, a mãe de André, Deise Carvalho, tornou-se uma das principais militantes contra a violência policial na comunidade.

A morte de André estarreceu moradores e também pessoas que trabalhavam na favela. Segundo relatos de pessoas que não quiseram se identificar, a comunidade tem uma relação difícil com a UPP instalada lá e já houve outros casos de abuso policial.

Embora André tenha sido o primeiro caso, não foi o único. Segundo informações da Rede contra a Violência, no morro do Fogueteiro, no Catumbi, também em junho de 2011, a comunidade delatou o assassinato do mecânico Jackson Lessa dos Santos e do adolescente Thales Pereira Ribeiro. Policiais seriam os principais suspeitos da ação.

Os moradores protestaram, mas não houve respostas. Na Fallet, ocupada pela mesma UPP do Fogueteiro, uma menina de 10 anos foi baleada na perna durante uma operação policial pouco tempo depois.

E em março de 2012 um morador de 22 anos foi alvejado por um PM que teria agido, segundo moradores, por ciúmes da namorada que mora na comunidade.

No Complexo do Alemão, o jovem Abraão Maximiano, de 15 anos, teria sido executado, sem que tenha havido investigação.

A Rede contra Violência ressalta que esses são casos que se tornaram públicos. A maior parte das famílias não chega a fazer denúncias por medo.

Não apenas conflitos com policiais terminaram em morte nas comunidades pacificadas. Um caso que se tornou conhecido entre os moradores do Morro dos Macacos, em Vila Isabel, na Zona Norte, é o do comerciante, fundador e presidente da Associação Comercial dos Macacos, Flávio Duarte de Melo, de 40 anos.

Ele foi assassinado em setembro de 2012, dentro de sua padaria. Ele era considerado um colaborador da UPP e havia sido chamado, pouco tempo antes, para ser mestre de cerimônia de um casamento comunitário organizado pela unidade pacificadora.

Para moradores do local, a morte foi uma resposta do tráfico ao envolvimento de Flávio com os policiais, que não encontraram suspeitos.

Menos de 48 horas depois, Gilmar Campos, amigo de Russo, também foi executado. Os dois casos foram divulgados na imprensa, mas a investigação não solucionou nenhum dos dois.

Para além destes casos, há outras violações policiais em favelas pacificadas. Uma pessoa que trabalha em uma instituição no morro do Andaraí e preferiu não se identificar contou à reportagem que o comando da UPP no local têm ações de intolerância religiosa.

Ao proibir músicas a partir das 22h em determinada região, o objetivo principal seria coibir os rituais realizados em terreiros da favela.

- As mortes são os fatos que mais assustam, claro. Mas até que se chegue a esse extremo, há uma série de violações de diversas naturezas acontecendo nas favelas – contou a fonte.

No Santa Marta, uma das principais reivindicações dos moradores que foram às ruas em passeata realizada no início deste mês foi a liberação do uso da quadra da própria comunidade. A UPP coordena o uso do local e coibiu eventos realizados pelos moradores. Em outras comunidades há denúncias de que policiais entram em casas de moradores para acabar com festas, proibindo sons de funk e outras músicas.

Antes que haja agressões, há princípios da dignidade humana feridos. Por mais que se saiba da dificuldade de coibir a violência nas comunidades cariocas e a atividade dos traficantes, não há justificativa para tais ações frente aos moradores.

Em visita ao Complexo de Manguinhos, no Rio, o papa Francisco disse que o esforço de pacificação tem que ser acompanhado de justiça social.

Em visita à favela de Manguinhos, Francisco falou em justiça social, mas os moradores não sabem o que é isso

Em visita à favela de Manguinhos, Francisco falou em justiça social, mas os moradores não sabem o que é isso

No entanto, para os moradores da região esta realidade parece não existir nem em sonho. Há três meses a equipe do Fórum Social de Manguinhos se reúne com grupos do complexo de favelas para saber, entre outras informações, como eles imaginam que seja uma comunidade segura. Mas não consegue extrair qualquer impressão.

Segundo Fransérgio Goulart, uma das lideranças dali, por falta de parâmetros, a população local sequer vislumbra este cenário.

Os anos de opressão e insegurança, explica ele, embaçam a visão de quem nunca teve paz. A violação de direitos, traduzida pela truculência policial e abandono por parte do poder público, naturalizou uma situação de exceção em Manguinhos, que se reproduz em outras favelas da cidade, mesmo depois da implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).

- Nos debates com moradores que estamos realizando para produzir uma cartilha reunindo os direitos do cidadão que mora em favela, não conseguimos ter uma resposta deles de como seria uma favela segura. Simplesmente não conseguem vislumbrar sequer que uma rua iluminada possa trazer segurança. Nem em sonho parece possível imaginar uma favela mais segura – disse Fransérgio.

Por isso mesmo o sumiço recente do pedreiro Amarildo na Rocinha não causou espanto a Fransergio nem há outras lideranças de favelas que a equipe do Canal Ibase ouviu. Pelo contrário, eles reafirmaram que viver em território pacificado hoje é sinônimo de ter que lidar, diariamente, com violação de direitos por parte da polícia.

- Não me causou espanto – e acho que a ninguém que mora em favela – a história do Amarildo. Este não foi o primeiro caso suspeito em comunidades com UPP. Logo que foi implantada no Borel (2010), um rapaz foi parado em uma blitz dos policiais da UPP e ninguém mais soube dele. Foi visto pela última vez com os policiais. O Estado garantiu que os policiais de UPP seriam diferentes, mas o que vemos é que o treinamento é o mesmo de sempre. A polícia não mudou – contou Mônica Francisco, da Rede de Mulheres do Borel e do grupo Arteiras.

No Borel, como ela explica, a polícia parece não ter uma norma de conduta pois até crianças estão sendo revistadas, ferindo o artigo 18 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que estabelece que “é dever de todos zelar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório e constrangedor”.

Já cedo, por volta das sete da manhã, os moradores que estão levando filhos para a escola ou descendo para o trabalho se deparam com revistas de policiais. Nem idosos costumam ser poupados.

- É uma rotina de desrespeito com os moradores que o comportamento da polícia impõe. Outro dia, meu marido e filho estavam descendo do ônibus no ponto em frente à favela. Logo que saíram, tinha um policial fazendo revista de todos, de forma truculenta – observou Mônica.

A lista de arbitrariedades no Borel não para por aí. No morro, é a UPP que tem o controle do mototáxi. Os moradores se perguntam por que o transporte tem que ser controlado pela força policial.

Em Manguinhos a realidade não é diferente. Segundo Fransérgio Goulart, na favela persiste o toque de recolher não-oficial, às 23h, todos os dias, indicando que a presença de policiais da UPP ainda não deu tranquilidade à população para transformar uma rotina imposta durante anos pelo tráfico.

Para fazer qualquer atividade cultural, é preciso pedir autorização do comandante da UPP.

A juventude é que mais sofre com as revistas arbitrárias e achaques em Manguinhos. Tanto é que passaram a só andar em grupo pelas ruas da comunidade como medida de proteção. Não faltam casos, segundo Fransérgio, de garotos que perderam seus CD players porque estavam ouvindo funk e policiais desligaram na marra e levaram o aparelho. Ele contou que o abuso é tamanho que policiais entram arbitrariamente na casa das pessoas sem pedir licença.

- Outro dia, próximo da minha casa, um grupo de policiais entrou na residência de uma vizinha porque queria saber o que o filho dela, que dormia, fazia da vida. O rapaz acordou e mostrou a carteira profissional. Era soldado do Exército. A polícia foi embora. Mas e se ele não fosse soldado ou não tivesse carteira de trabalho? O que aconteceria com este rapaz, arbitrariamente escolhido para uma revista pelos policiais?

Os anos de opressão do tráfico e agora a vivência de situações desrespeitosas geram, na população das favelas cariocas, a sensação de medo.

Nas últimas semanas, os debates sobre o assunto se tornaram ainda mais acalorados nas favelas cariocas, em função dos protestos que tomaram as ruas do Rio de Janeiro.

Pela primeira vez, moradores estão encontrando apoio para denunciar a situação de opressão imposta pelas UPPs. Um twitaço realizado esta semana deixou a pergunta “cadê o amarildo” entre os trending topics – os tópicos mais recorrentes, segundo lista do próprio Twitter – no Brasil.

O caso teve repercussão no país inteiro e ganhou adeptos pelo mundo. Pela internet, a pergunta pelo paradeiro do morador já apareceu em pelo menos outras seis linguas.

Amarildo se tornou um símbolo de um cotidiano onde os amarildos proliferam. Onde estão todos eles? E para onde o Rio de Janeiro caminha nessa ótica de pacificação – sim, e com seus benefícios -, mas calcada na repressão?

É o que milhares de pessoas perguntam há mais de um mês nas ruas.

Sem resposta.

 
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Postado em » Brasil

Sobre o autor: Diario do Centro do Mundo

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Tue, 30 Jul 2013 16:36:54 +0000

30 de Julho de 2013, 10:36, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

 

Record fala com funcionária da Receita condenada por sumir com processo da Globo

KIKO NOGUEIRA 30 DE JULHO DE 2013

 
 
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Sobre o autor: Kiko NogueiraVeja todos os posts do autor Kiko Nogueira
Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.

Twitter -


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Tue, 30 Jul 2013 16:34:15 +0000

30 de Julho de 2013, 10:34, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Investigação do Propinoduto Tucano avança, apesar de blindagem da mídia corrupta

Coxinha (noreply@blogger.com)

martes, julio 30, 2013, 1:17 pm

POLITICA

 
Apesar da blindagem da mídia, caso Siemens avança 
 
Ministério Público Estadual entra na investigação sobre propina e superfaturamento de obras no metrô e nos trens metropolitanos de São Paulo, denunciados pela empresa alemã, que integra o cartel; órgão pedirá às Justiças suíça e alemã cópias de depoimentos e de documentos bancários com indícios de supostos pagamentos feitos por executivos a “agentes públicos” que trabalharam no governo do Estado; enquanto isso, com exceção da revista Istoé, que deu detalhes do caso, a imprensa em geral blinda autoridades tucanas envolvidas; em meio à má fase do Brasil, empresa demite seu presidente-executivo, Peter Loescher.
 
Brasil 247 – Apesar da blindagem geral da imprensa, o caso Siemens acaba de ganhar um impulso. O Ministério Público Estadual entrou na investigação que trata de propina e superfaturamento de obras no Metrô e na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), denunciados pela multinacional alemã, que integra o cartel. O órgão pedirá às Justiças suíça e alemã cópias de depoimentos e de documentos bancários com indícios de supostos pagamentos feitos por executivos a “agentes públicos” que trabalharam no governo do Estado.
 
Quatro promotores paulistas se encontraram, na semana passada, com seis advogados da empresa. Já se sabe da existência de depoimentos de executivos em que são relatados pagamentos a dirigentes das duas empresas de transporte sobre trilhos do Estado. O objetivo, agora, é investigar a denúncia de pagamentos de propina a autoridades do governo paulista durante os 20 anos de administração do PSDB, passando pelas gestões de Mário Covas (1995-2001), Geraldo Alckmin (2001-2006) e José Serra (2007-2010).
 
Também há suspeita do crime de lavagem de dinheiro. Nos depoimentos dos ex-executivos da multinacional, que fizeram em maio um acordo de leniência – quando o delator fica isento de punições – para delatar a existência de um cartel em São Paulo e em Brasília, foi denunciada a participação de 15 empresas, em um caso que está sendo investigado pela Procuradoria Geral da República.
 
De acordo com reportagens divulgadas nas duas últimas edições da revista Istoé, que teve acesso a documentos sobre as declarações de executivos da Siemens, houve a participação tanto de servidores públicos como de autoridades do governo, que também teriam sido beneficiados. “De acordo com testemunhos oferecidos ao Cade e ao Ministério Público, esse contrato rendeu uma comissão de 7,5% a políticos do PSDB e dirigentes da estatal”, diz o texto, que aponta que os cofres paulistas foram lesados em ao menos R$ 425 milhões com o superfaturamento das obras.
 
Blindagem da mídia
 
O caso Siemens foi divulgado primeiramente pela Folha de S.Paulo, que apesar do furo, praticamente não voltou ao assunto nos dias que se seguiram. Nesta segunda-feira 29, o jornal publicou uma segunda reportagem, informando que a Siemens admitia devolver o dinheiro das licitações pelas quais foi beneficiada. No texto, porém, não constava a participação de nenhum dos governos tucanos. O deputado petista Ricardo Berzoini comentou o fato: “Nunca vi nada igual!! Rabo preso com o PSDB??”. Os jornais concorrentes também não têm dado espaço para a investigação.
 
Presidente é demitido
 
Em meio à má fase pela qual passa a empresa no Brasil, o presidente-executivo da Siemens, Peter Loescher, terá sua demissão oficializada durante reunião do conselho nesta quarta-feira 31. O homem-forte deixa a direção do grupo alemão depois de ter emitido um alerta cortando sua meta de margem de lucro para 2014, o que arrastou o preço das ações da Siemens. O executivo interpretou erroneamente o desenvolvimento da demanda nos principais mercados do grupo. A demissão pode arrastar também o presidente do Conselho de Administração, Gerhard Cromme.

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Tue, 30 Jul 2013 16:33:31 +0000

30 de Julho de 2013, 10:33, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

MAIS INJUSTIÇAS E ILEGALIDADES – A exemplo do que ocorre na Polícia Civil, SSP vai acelerar processo de expulsão de maus membros da PM

Flit Paralisante

martes, julio 30, 2013, 1:17 pm

POLITICA

30/07/2013 05:55

Governo quer expulsar PM do mal em 6 meses

 

PLÍNIO DELPHINO
pliniod@diariosp.com.br

 

 

A  Secretaria da Segurança Pública pretende acelerar o processo de expulsão de maus policiais dentro da Polícia Militar. Hoje, em média, o procedimento leva cerca de dois anos. As alterações, que começaram a ser listadas entre o titular da pasta, Fernando Grella Vieira, e o comandante-geral da PM de São Paulo, Benedito Roberto Meira, pretendem derrubar o prazo para   até oito meses ainda em 2013. A meta é concluir o processo em seis meses.

Os trâmites administrativos para viabilizar a mudança na Corregedoria da PM começaram a ser realizados. Entretanto, há necessidade de mudança na Lei Orgânica da Polícia Militar e, segundo o governo estadual, é preciso o aval da Assembleia Legislativa de São Paulo. No primeiro semestre deste ano foram exonerados 204 policiais militares. No ano passado, foram 365 casos, um PM excluído por dia. De janeiro de 2007 até junho deste ano a Polícia Militar prendeu 1.837 policiais suspeitos e demitiu 1.747.

Grella evita criticar o  rigor da Corregedoria da PM, entretanto insistiu na necessidade de haver  mais celeridade no processo de expulsão de maus policiais para a melhoria dos quadros. Em 2002, a Lei Orgânica da Polícia Civil foi alterada para a implementação do Via Rápid. Segundo a secretaria, a Polícia Civil leva em média seis meses para realizar um processo de expulsão.

Em 2009, o então secretário, Antonio Ferreira Pinto, subordinou a Corregedoria da Polícia Civil ao seu gabinete (até então, o órgão fiscalizador era ligado ao delegado geral de polícia). Coincidência ou não, o número de expulsões triplicou.

O atual secretário quer, além da celeridade, uma melhor forma de prevenção nos quadros, tanto da Polícia Civil, quanto da PM. Nesse mês, após a prisão de 13 policiais civis suspeitos de envolvimento com o tráfico de entorpecentes em Campinas, no interior do estado, Grella Vieira anunciou mudanças na estrutura da Corregedoria da Polícia Civil.

O plantão para atendimento de denúncias passou a funcionar 24 horas por  dia, com equipes noturnas com até dez policiais. A corregedoria também vai criar um perfil padrão do policial transgressor a partir de um cadastro com as informações dos policiais criminosos e aqueles que praticam faltas funcionais.

Casos graves demandaram ação rápida e mudança
A Corregedoria da Polícia Militar levou aproximadamente um ano para investigar e indiciar, na semana passada,  um oficial, dois sargentos e 11 praças por envolvimento em abuso sexual, tortura e lesão corporal dolosa. O caso grave aconteceu em São José dos Campos. A maioria dos acusados  é lotada na Rota (tropa de elite da PM) e atuava, à época, para apoiar a polícia local, visto que os PMs da cidade realizavam a desocupação da área conhecida como Pinheirinho. Os policiais da Rota são acusados de abusar de duas moças e empalar um jovem com cabo de vassoura, além de dar choques em dois rapazes.  A corregedoria da PC  prendeu 13 policiais (a maioria do Denarc, departamento de combate ao narcotrárfico), acusados de envolvimento com a quadrilha de Wanderson de Paula Lima, o Andinho.

Como foi a mudança  na Polícia Civil
Um caso emblemático ocorrido em dezembro de 2001 – também envolvendo acusações de tortura, concussão e abuso de autoridade – demandou do governo mudanças.  Em 2002, alterou-se a Lei Orgânica da Polícia Civil para a criação do programa batizado de Via Rápida.

874
policiais civis e peritos foram demitidos desde 2007

Muitos recursos e morosidade
A nova lei para expulsão na Polícia Civil foi elogiada por juristas, principalmente por diminuir o número de recursos a serem impetrados pela defesa do acusado.  O excesso de recursos  era considerado um dos problemas para a morosidade dos processos, o que gerava sensação de impunidade.

Menos testemunhas, punição mais rápida
Antes era possível que o acusado apresentasse até oito testemunhas. O número foi reduzido para três. As audiências administrativas reduziram o prazo para conclusão de três anos para seis meses. Sindicâncias passaram a apurar faltas leves e, processos, casos mais graves.

Entrevista
Fernando Grella Vieira_
Secretário da Segurança

Menos burocracia para tirar gente  ruim dos quadros

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira, disse que pretende tornar mais rápida a demissão de maus policiais militares dos quadros da corporação. Ele quer providenciar meios para que a corregedoria da PM finalize seus processos de maneira mais ágil, sem esbarrar na burocracia do regimento interno.

DIÁRIO _ O senhor fez alterações internas na Corregedoria da Polícia Civil após o caso envolvendo policiais do Denarc. E na PM, o senhor deve mudar algo também?
Fernando Grella Vieira_ Sim. Pretendemos mudar algumas coisas no processo de apuração contra PMs pela corregedoria. Acreditamos no rigor, mas é preciso dar mais celeridade nos processos de expulsão.

O que está sendo realizado para que isso ocorra?
Eu estou em contato direto com o comandante geral da Polícia Militar, o coronel Benedito Roberto Meira. Já iniciamos as tratativas para mudanças administrativas que vão fazer funcionar o Via Rápida na Polícia Militar também.

Para quando está programada essa mudança?
A parte administrativa deve ser concluída  neste ano. Continuaremos respeitando o amplo direito de defesa. Saliento que o processo será mais rápido respeitando a ampla defesa.

Investigações da Corregedoria da Polícia Militar

Procedimentos internos avaliam condutas de PMs

No flagrante
Em 10 de novembro de 2012, cinco PMs participaram de uma ação que culminou com a morte do servente Paulo Batista do Nascimento, de 25 anos, no Campo Limpo, Zona Sul.  Eles foram afastados e passam por investigação sob suspeita de execução.  A ação foi filmada e a vítima, dominada, apareceu morta em seguida.

Vídeo compromete
A ouvidoria das Polícias de SP recebeu vídeo mostrando três policiais militares, em 2011, espancando um rapaz na calçada de uma rua que, segundo o denunciante, está localizada no município de Registro, no interior de São Paulo. Os PMs foram identificados e afastados para apuração do caso.

PMs explosivos
Um policial militar e dois guardas metropolitanos foram presos em flagrante em dezembro de 2012, acusados de integrar a quadrilha do explosivo, que detonava caixas eletrônicos na região de Campinas. A Polícia Civil havia detectado presença de vários PMs nesse tipo de crime durante Operação Caixa Preta.


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