Fri, 02 Aug 2013 10:27:15 +0000
2 de Agosto de 2013, 4:27 - sem comentários ainda
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Thu, 01 Aug 2013 23:16:19 +0000
1 de Agosto de 2013, 17:16 - sem comentários ainda01/08/13
A crônica de uma derrota anunciada
Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:
Não construiu um projeto de Estado, como prova a falta de discernimento com que indicou os ministros do Supremo Tribunal Federal. Não investiu suficientemente em projetos estruturantes de mobilidade urbana. A redução do IPI dos automóveis foi realizada sem um contraponto urbanista para evitar o congestionamento das grandes cidades.
Entretanto, talvez não tenha havido fracasso maior no governo do que a sua estratégia de comunicação. Ontem, a presidenta participou de um evento em São Paulo no qual anunciou o investimento de R$ 8 bilhões do governo federal na cidade de São Paulo.
Ótimo! Excelente oportunidade para construir um discurso revigorante, com planos de futuro, inspirando esperança e espírito empreendedor nas pessoas. Só que não.
Ao invés disso, a presidente faz um longo louvaminha do governo, citando tediosamente dados do IDH, que vão até 2010!
O passado, mais uma vez, assumiu o lugar do futuro.
Toda segunda-feira, temos o Café com a Presidenta, no rádio… Quem escuta? Talvez donas de casa no interior do Amapá. Mas não são as pessoas que vivem nas cidades médias e grandes, ou seja, 70% da população brasileira.
As manifestações de rua, que por pouco não enveredam para um grande movimento de repúdio ao governo federal, parece não ter acordado o sono dos comunicadores da presidência da república. O ridiculamente anacrônico Café com a Presidenta, que ninguém escuta, continua sendo o único canal de comunicação da presidenta. Por que não trocar para vídeo, e disseminá-lo viralmente pelas redes sociais? Nós a elegemos, Dilma, para que você nos represente politicamente, com galhardia e coragem, não para se esconder em programas transmitidos apenas em áreas rurais.
Estamos às vésperas de um processo eleitoral, e a presidenta não tem uma conta de twitter. Se tivesse uma, poderia acumular seguidores e construir uma arma política para se defender dos ataques que fatalmente virão em 2014.
Mais uma vez, a guerra ficará nas mãos de blogueiros e internautas, qual um novo exército de 300 espartanos, a lutar contra 5 milhões de persas midiáticos.
Sou um blogueiro de esquerda, e estou predestinado a apoiar Dilma em 2014 porque entendo que a alternativa, Aécio Neves, representa um retrocesso terrível para o país. Por isso mesmo, estou absolutamente chocado com a incompetência da comunicação do governo federal.
Não falo isso para arrumar um emprego no governo, como acusarão meus detratores. Quero continuar sendo um blogueiro independente, operando no setor privado, dono da minha opinião e do meu nariz.
Tudo que eu quero é que o governo federal esteja ao nosso lado na luta ideológica contra as forças do atraso que, aliadas ao imperialismo, querem manter o Brasil submisso a um destino de periferia pobre do mundo.
O governo do PT prefere torrar bilhões com marketing tradicional do João Santana do que contratar meia dúzia de garotos para escrever tweets e posts no facebook.
O governo não exerce a luta política, não argumenta. Tornou-se um elefante parado no meio da savana, levando flechadas. Os caciques do PT no legislativo não querem lutar com medo de represálias. Tornaram-se um bando de covardes.
O PSDB, no poder, vai enterrar todas as investigações sobre a privataria tucana, o Banestado, Cachoeira, sonegação da Globo, e encetar um ataque violento contra os podres do PT, desde o vereador que usou dinheiro público para comprar um sanduíche fora da cidade até as coisas grandes. A estratégia petista de permanecer sempre na defensiva, e inclusive entregar alguns reféns aos leões (Dirceu, Genoíno, Cunha e Pizzolato), para evitar um confronto mais direto, será implodida por seus adversários quando estes subirem a rampa. De 2015 em diante, o bicho papão vai pegar do mesmo jeito.
É uma pena.
Se nem a explosão das bombas, e os gritos de milhões de pessoas à sua porta, conseguiu acordar o governo, é porque talvez ele já esteja morto.
Bem, espero que não. De qualquer forma, seremos obrigados a lutar para ressuscitá-lo, como Lázaro.
Dilma, acorde. Mude seu ministério. Mude sua comunicação. Venha pra rua. Venha lutar. Desse jeito, você e seu partido vão perder a guerra.
O mais grave: vão perder pelo pior dos defeitos numa pessoa e num governo, a covardia. A covardia não atrai. Mesmo valentões descerebrados ou mal intencionados, como Joaquim Barbosa, conseguem despertar a simpatia de um setor, porque vêem nele sinais de coragem e intrepidez.
Os representantes do PT, e principalmente a presidenta, se quiserem atrair gente, precisam demonstrar mais arrojo, mais colhões, maisautoestima.
Hoje temos uma questão central, por exemplo. A sonegação da Rede Globo nos permite oferecer ao gigante das ruas um inimigo à sua altura. Um poderio imenso, disseminado e dissimulado. A Globo controla a política porque, em quase todos os estados brasileiros, sobretudo os mais pobres, as famílias que dominam a política local detêm concessão pública para retransmitir a Globo, o SBT, a Band…
Seria interessante que a presidenta aproveitasse a oportunidade para seengajar em nossa luta em prol de uma mídia mais democrática e mais justa.
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Thu, 01 Aug 2013 23:15:40 +0000
1 de Agosto de 2013, 17:15 - sem comentários aindaquinta-feira, 1 de agosto de 2013
Aliada de Eduardo Ccmpos é condenada por improbidade administrativa
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Thu, 01 Aug 2013 23:13:21 +0000
1 de Agosto de 2013, 17:13 - sem comentários aindaRio
Hoje às 19h59 - Atualizada hoje às 20h00Todos os passos de Amarildo serão reconstituídos, garante Beltrame
PUBLICIDADEO secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, chegou à Delegacia de Homicídios (DH) da Polícia Civil nesta quinta-feira, para acompanhar as investigações a respeito do desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza. Beltrame classificou o sumiço de Amarildo como um fato grave, e quer respostas imediatas sobre o caso. Segundo ele, novos depoimentos serão tomados, e todo o caso será reconstituído.
“Existem várias suspeitas. A investigação parte de várias hipóteses. Todo o fato será reconstituído para que essa situação seja totalmente exaurida. Todos os caminhos serão refeitos”, afirmou Beltrame, ao chegar à delegacia.
Amarildo desapareceu na noite do dia 16 de julho, depois de ter sido levado para uma base da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da favela da Rocinha por policiais militares. Ele foi considerado suspeito, ao ser confundido com um traficante da favela. Desde então, o pedreiro não foi mais visto. O caso foi encaminhado nesta quinta-feira para a Delegacia de Homicídios, situada na Barra da Tijuca.
Beltrame ressaltou que vai acompanhar de perto as investigações, e evitou fazer acusações diretas aos policiais suspeitos. Ele ponderou que não medirá esforços para punir os culpados, caso algo seja comprovado. “Não podemos trabalhar com especulações. Se houver provas, doa a quem doer, haverá punições”, observou.
O fato de câmeras de segurança da UPP terem aparecido com defeito, e o GPS de viaturas da PM não ter funcionado, será profundamente investigado, garantiu o secretário. Em relação a um possível do comandante da UPP da Rocinha, major Édson dos Santos, Beltrame preferiu a cautela. “Houve uma reunião hoje com os moradores, e todos elogiaram o comportamento do major Édson. Temos que ter cautela, critérios. Não podemos agir em cima de especulações”, comentou.
Para o secretário, é preciso que haja um esclarecimento sobre o fato, principalmente para os familiares do pedreiro. Admitindo que há problemas, ele defendeu o projeto das UPPs, implementado no Rio desde 2008. “Muitas coisas têm que ser melhoradas. A UPP não é a solução de todos os problemas, acertos têm que ser feitos, mas há aspectos mais positivos do que negativos”, afirmou.
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Thu, 01 Aug 2013 23:11:20 +0000
1 de Agosto de 2013, 17:11 - sem comentários aindaquinta-feira, 1 de agosto de 2013
Feitiço contra feiticeiros no STF
Às vésperas da retomada do julgamento da Ação Penal 470, quando o STF irá examinar os recursos dos 25 condenados, o ambiente no tribunal é descrito da seguinte forma por Felipe Recondo e Debora Bergamasco, repórteres do Estado de S. Paulo, com transito entre os ministros:
“(…) há ministros que se mostram ‘arrependidos de seus votos’ por admitirem que algumas falhas apontadas pelos advogados de defesa fazem sentido. O problema (…) é que esses mesmos ministros não veem nenhuma brecha para um recuo neste momento. O dilema entre os que acham que foram duros demais nas sentenças é encontrar um meio termo entre rever parte do voto sem correr o risco de sofrer desgaste com a opinião pública.”
Após quatro meses de espetáculo pela TV, a notícia é que alguns ministros do STF estão com medo. Não sabem como “encontrar um meio termo entre rever parte de seu voto sem correr o risco de sofrer desgaste com a opinião pública.”
É preocupante e escandaloso.
Não faltam motivos muito razoáveis para um exame atento de recursos. Sabe-se hoje que provas que poderiam ajudar os réus não foram exibidas ao plenário em tempo certo. Alguns acusados foram condenados pela nova lei de combate à corrupção, que sequer estava em vigor quando os fatos ocorreram – o que é um despropósito jurídico. Em nome de uma jurisprudência lançada à última hora num tribunal brasileiro, considerou-se que era razoável “flexibilizar as provas” para confirmar condenações, atropelando o direito à ampla defesa, indispensável em Direito. Centenas de supressões realizadas pelos ministros no momento em que colocavam seus votos no papel, longe das câmaras de TV, mostram que há diferença entre o que se disse e o que se escreveu.
O próprio Joaquim Barbosa suprimiu silenciosamente uma denúncia de propina que formulou de viva voz, informação errada que ajudou a reforçar a condenação de um dos réus, sendo acolhida e reapresentada por outros ministros.
Eu pergunto se é justo, razoável – e mesmo decente – sufocar esse debate. Claro que não é.
É perigoso e antidemocrático, embora seja possível encher a boca e dizer que tudo o que os réus pretendem é ganhar tempo, fazer chicana. Numa palavra, garantir a própria impunidade.
Na verdade estamos assistindo ao processo em que o feitiço se volta contra o feiticeiro. E aí é preciso perguntar pelo papel daquelas instituições responsáveis pela comunicação entre os poderes públicos e a sociedade – os jornais, revistas, a TV.
O tratamento parcial dos meios de comunicação, que jamais se deram ao trabalho de fazer um exame isento de provas e argumentos da acusação e da defesa, ajudou a criar um clima de agressividade e intolerância contra toda dissidência e toda pergunta inconveniente.
Os réus foram criminalizados previamente, como parte de uma campanha geral para criminalizar o regime democrático depois que nos últimos anos ele passou a ser utilizado pelos mais pobres, pelos eternamente excluídos, pelos que pareciam danados pela Terra, para conseguir alguns benefícios – modestos, mas reais — que sempre foram negados e eram vistos como utopia e sonho infantil.
(A prova de que se queria criminalizar o sistema, e não corrigir seus defeitos, foi confirmada pelo esforço recente para sufocar toda iniciativa de reforma política, vamos combinar.)
No mundo inteiro, os tribunais de exceção consistem, justamente, num espetáculo onde a mobilização é usada para condicionar a decisão dos ministros.
“Morte aos cães!”, berravam os promotores dos processos de Moscou, empregados por Stalin para eliminar adversários e dissidentes.
Em 1792, no Terror da Revolução Francesa, os acusados eram condenados sumariamente e guilhotinados em seguida, abrindo uma etapa histórica conhecida como Termidor, que levou à redução de direitos democráticos e restauração da monarquia.
No Brasil de 2013, a pergunta é se os ministros vão se render ao medo.
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