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Everton de Andrade

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Leitão Vesgo expressou a continuidade da estratégia pandêmica da direita e da extrema direita

29 de Janeiro de 2021, 14:22 , por Everton de Andrade - | No one following this article yet.
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Licenciado sob CC (by)

Para quem ainda tinha alguma réstia de esperança no humanismo da direita e da extrema direita brazilquistanesa, a entrevista do deputado Leitão Vesgo para uma rádio morolandense pode ter encerrado essa expectativa.

Cogitado para reassumir o Ministério da Saúde, esse eminente parlamentar idoso avisou que não pretende tomar a vacina contra a covid-19 por supostamente estar imune ao vírus, devido a ter contraído a enfermidade pandêmica no ano passado.

Empresário com formação superior, político muito respeitado na terra dos pinheirais e ex-Ministro da Saúde do Temeroso, esperava-se que Leitão estivesse melhor informado sobre os casos de reinfecção pandêmica. Na prática, parece manter-se atualizado sobre os assuntos de saúde pública através de correntes de mensagens nas redes sociais.

A seguir, o nobre deputado destacou o aspecto mais chocante: a crença numa pretensa “imunidade de rebanho” a partir da retomada das aulas presenciais e da prevalência de casos assintomáticos entre crianças, adolescentes e jovens.

O problema desse argumento é que esses grupos supostamente assintomáticos mantêm frequentes contatos com adultos, idosos e pessoas com doenças crônicas nos ambientes externos aos estabelecimentos escolares e acadêmicos, sobretudo nos domicílios. Consequentemente, a infestação virótica poderá aumentar ainda mais a quantidade de inválidos e mortos no país.

Assim, caso essa tendência de normalização das atividades escolares, acadêmicas e laborais se confirme, é possível que o país atinja a marca oficial de um milhão de mortos até o final da pandemia – o que, na realidade, poderá representar a morte de cerca de dez milhões de brazilquistaneses tanto pela covid-19, quanto pela síndrome respiratória aguda grave e demais doenças crônicas que deixaram de receber o devido atendimento médico por causa da saturação dos sistemas públicos e privados de saúde.

Diante dessas circunstâncias, como destacado em outras publicações anteriores deste blog, a única forma de tentar impedir a continuidade dessa estratégia de extermínio da população é a mobilização dos indignados e indignadas, a nível nacional e internacional.


Everton de Andrade