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Everton de Andrade

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Os bozistas apostam na burrice do povo

23 de Fevereiro de 2022, 23:58 , por Everton de Andrade - | No one following this article yet.
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Licenciado sob CC (by)

Após cerca de um milhão de mortes provocadas por doenças desde o início da pandemia e aproximadamente 19 milhões de pessoas famintas no país, o Brazilquistão chega ao ano das eleições presidenciais com o pivô dessas tragédias em segundo lugar nas pesquisas de intenção de votos.

Talvez uma explicação plausível para essa intenção de votos seja o caráter religioso adotado por muitos fãs do Bozo, os quais provavelmente abdicaram de consultar diversificadas fontes de informação para buscarem notícias exclusivamente nas fontes recomendadas pela família Bozo.

Desse modo, a seita bozista se comporta como se participasse do quadro do Mestre, protagonizado pelo saudoso e inesquecível comediante Ronald Golias durante a década de 1990, no programa “A Praça é Nossa” – a pastora da goiabeira parece comportar-se como a seguidora mais fanática e histérica do grupo para se consagrar como “a funcionária do mandato”...

Por outro lado, além da elevada quantidade de mortes por doenças e do agravamento da fome, o mandato bozista também caracteriza-se por atender aos anseios dos bilionários, do agronegócio, pela devastação ambiental, pelo armamento da população e pela prática de preços em setores estratégicos priorizando-se os interesses privados, inclusive o petrolífero.

Desse modo, embora as condições de sobrevivência da maioria da população tenham piorado nos últimos anos, os bozistas apelam para um discurso de tom religioso para se manterem no poder e repelirem os oponentes, com muita gente acreditando nesse tipo de lorota...

Sob uma perspectiva mais ampla, há boas pré-candidaturas à Presidência as quais podem acabar com a bipolaridade expressa nas pesquisas eleitorais. Para isso, é mister esclarecer que o primeiro turno existe para as pessoas escolherem as opções que mais lhes agradam, as candidaturas com as quais mais se identificam. Ninguém é obrigado a votar no primeiro turno conforme as preferências dos empresários de comunicação e dos institutos de pesquisa.

Portanto, durante essa primeira etapa do pleito eleitoral, cabe ao eleitorado pesquisar os planos de governo e demais informações que julgue relevantes para a definição do voto aos cargos eletivos.

Caso o Bozo se qualifique para disputar o segundo turno, é importante destacar que a principal estratégia de comunicação da equipe dele é desqualificar o adversário das mais diversas formas, incluindo o amplo disparo de matérias pseudojornalísticas capazes de provocar o ódio ao oponente. E essas informações chegam ao domínio do público por parte de pessoas próximas do vínculo pessoal de cada um, ao compartilharem e ampliarem a reputação da suposta notícia comovedora e horrenda.

Com essa estratégia, busca-se aumentar a rejeição ao outro concorrente do segundo turno, forçando os eleitores a votarem no Bozo ou a se absterem do pleito, mediante o voto em branco, nulo ou simplesmente deixarem de votar. Consequentemente, a proporção dos votos certamente bozistas aumenta, com maiores chances do Messias ser reeleito.

Diante dessas circunstâncias, a população brazilquistanesa precisa se atentar às armadilhas que os bozistas e o empresariado tentam colocar ao tentarem incutir a ideia de um “Fla-Flu” desde o início das eleições, optar por diferentes candidaturas no primeiro turno e excluir da segunda fase eleitoral esse atual grupo político mandatário de extrema direita que prejudica a maioria das pessoas.


Everton de Andrade